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O que é Didactics?

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Por:   •  15/9/2014  •  Tese  •  1.785 Palavras (8 Páginas)  •  341 Visualizações

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UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO

Didática – Profª Rosangela Ramos

O que é Didática?

• Didática é a disciplina pedagógica de caráter prático e normativo que tem como objetivo específico a técnica de incentivar e orientar eficazmente os alunos na sua aprendizagem;

• Em relação ao seu conteúdo, é o conjunto sistemático de princípios e normas, recursos e procedimentos específicos para orientar os alunos na aprendizagem das matérias programadas, tendo em vista seus objetivos educativos.

• A sua principal função é como fazer o educando aprender.

Qual o papel da Didática?

Segundo CANDAU, 2005, o papel da Didática é a formação do educador.

A Didática precisa ser vivida com a prática educativa no dia-a-dia em sala de aula. Entretanto, ela precisa respeitar suas dimensões:

• Humanas: vontade de todos que estão envolvidos no processo ensino-aprendizagem.

• Técnica: a organização intencional, formal e sistêmica que mobilize o processo educativo.

• Político-Social: Discute o currículo tanto em relação à população quanto à ligação da parte técnica com a humana.

O que é Aprendizagem?

A aprendizagem é um processo de aquisição e assimilação consciente de novos padrões e novas formas de perceber, ser, pensar e agir.

O indivíduo só demonstra que aprende quando ele é capaz de reelaborar de maneira diferente o que lhe foi apresentado, ou seja, capaz de conceituar e abstrair.

Tipos de Aprendizagem:

• Motora ou Motriz: consiste na aprendizagem que envolve as habilidades motoras como: aprender a andar, dirigir, cortar etc.;

• Cognitiva: está ligada às habilidades mentais, intelectuais, a aquisição de informações, ou seja, tudo aquilo que depende do uso da memória;

• Afetiva ou Emocional: diz respeito aos sentimentos e emoções, relacionados aos valores.

Para que o ensino-aprendizagem seja alcançado por todos os alunos, é necessário que o professor motive os alunos, oferecendo um ambiente adequado para que ocorra o ensino-aprendizagem.

Cabe ao professor entender que cada aluno é um ser único, com características próprias.

As Teorias Pedagógicas e suas contribuições:

Teoria de Vygotsky

Para Vygotsky (1993), a internalização de um sistema de signos produzidos culturalmente provoca transformações na consciência do homem individual sobre a realidade, ou seja, o homem assimila valores culturais de seu ambiente, e, ao mesmo tempo, desenvolve uma consciência crítica sobre os mesmos. Vygotsky acredita que o reflexo do mundo interno é a constante variável, imprescindível ao desenvolvimento do indivíduo. Ele tem a preocupação de buscar a compreensão do sujeito “interativo”, pois acredita que a constituição do indivíduo funda-se a partir das relações intra e interpessoais.

Vygotsky considera que é na relação dialógica entre sujeitos que o indivíduo descobre na palavra a possibilidade infinita de expandir a fala contextualizada para além de seus limites.

Vygotsky não prioriza o pensamento em detrimento à linguagem, pois sua análise parte de inter-relação entre ambos.

Teoria de Piaget

Para Piaget, o sujeito constrói conhecimento interagindo com o meio, mas, paradoxalmente (contrário ao senso comum), este “meio” não inclui a cultura nem a história social dos homens, apenas é assinalada pelas estruturas do organismo que se acomodam às novas exigências do ambiente, mostrando, assim, um comportamento adaptado a cada nova situação. Portanto, Piaget acredita que é pelo interior mesmo do organismo que se dá a articulação entre as estruturas do sujeito e as da realidade física. Segundo Piaget, o ser humano constrói conhecimento em interação com o meio social e natural, ou seja, é pela interação sujeito/objeto do conhecimento, juntamente pela análise dos tipos de estruturas necessárias, que o sujeito se apodera destes objetos. Ele opõe-se à idéia de que a linguagem, em geral, seja responsável pelo pensamento. Para ele, a imagem mental nada mais é do que a imitação interiorizada, portanto a ação gera a representação.

Após a análise entre Piaget e Vygotsky, conclui-se que Piaget vê o sujeito fundamentalmente epistêmico, portanto cognitivo, enquanto Vygotsky vê o sujeito fundamentalmente social, que se constitui na história e na cultura; o desenvolvimento da criança é o processo pelo qual ela se apropria da experiência acumulada pelo gênero humano no decurso da história social.

O ponto comum entre eles é que ambos se opõem ao associacionismo empirista e ao idealismo racionalista. Isto significa que os dois autores contestam a exposição de conceitos de forma objetiva, em que o professor se considera como centro do processo, cuja função do aluno é de apenas assimilar, de forma eficiente, os conteúdos transmitidos.

Divergências entre Piaget e Vygotsky

Piaget nunca se preocupa com o “como fazer”, portanto não pode falar em métodos ou técnicas piagetianas. Para ele existe a dualidade entre pensamento e linguagem.

Para Vygotsky não podemos separar a relação pensamento/linguagem.

Consideramos que Vygotsky tenha ultrapassado Piaget no modo de conceber o desenvolvimento humano, isso porque para Piaget o desenvolvimento do pensamento é a adaptação do indivíduo ao meio físico e social, enquanto para Vygotsky o desenvolvimento do pensamento é um processo essencialmente dialético, em que o sujeito transforma e é transformado pela realidade física, social e cultural onde se encontra. Para Piaget, o que está em jogo é a construção do conhecimento científico, em que o indivíduo se constrói em relação na relação sujeito-objeto. Para Vygostky, o que está em jogo é a construção do conhecimento social, reconhecendo a interferência do sujeito e a dimensão social. Ele propõe a zona de desenvolvimento proximal para explicar o processo de aprendizagem

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