Orientação Escolar

A educação eficiente, de qualidade e capaz, demanda esforço e participação coletiva de todos os segmentos das unidades de trabalho da comunidade escolar. Somente a partir do momento em que tivermos o envolvimento de todos no processo educativo conseguiremos solucionar os inúmeros problemas que assolam a educação; a participação da comunidade escolar na tomada de decisões, na proposição de planos de ação e sua implementação e avaliação dos mesmos, então obteremos resultados plausíveis e concretos no conjunto educacional.

Deste modo, além do relevante papel do docente enquanto instigador do conhecimento, temos o Orientador Educacional que agirá como um mediador entre práticas pedagógicas efetivas e de qualidade por parte do profissional, como auxiliador do professor nas dificuldades e problemas no processo ensino-aprendizagem, na relação aluno-aluno e nas inúmeras relações existentes dentro do educandário.

Segundo CARVALHO (1979), “todo orientador educacional é um educador”, ou seja, a função da educação é a mesma da orientação, levar ao educando desenvolver suas potencialidades, sendo autêntico e crítico em suas ideias e tomada de decisões. Portanto, a função do orientador educacional só tem sentido quando sua finalidade é a realização do ser individual, desenvolvido no coletivo. Cabe à ele então assessorar os professores na integração das disciplinas, na formulação de habilidades didático-pedagógicas a serem desenvolvidas com os alunos, integrar a relação aluno-escola, bem como uma ação integrada entre professores e coordenação pedagógica com vistas à melhorias no rendimento escolar. Portanto, quando ocorre dificuldades de aprendizagem e/ou de relacionamento entre os alunos cabe tanto aos educadores quanto ao orientador investigar, acompanhar e encaminhar todos os envolvidos, de forma a conscientizar valores humanos e respeito entre semelhantes. É necessário mobilizar o coletivo escolar para que todos tenham consciência dos fatos ocorridos e que possam repudiá-los de forma a que os envolvidos tenham consciência e reflitam sobre sua prática e quais as consequências advindas de tais atos não toleráveis ao bom convívio social.

A partir do momento em que práticas não toleráveis ocorrerem no educandário, cabe ao orientador educacional conhecer e entender a manifestação de violência entre alunos a fim de auxiliar tanto os envolvidos como os familiares e o corpo docente a prevenir este tipo de agressão dentro da escola; auxiliar o docente no diálogo com seus alunos, na elucidação do problema ocorrido e amparar projetos e ações que venham conscientizar toda a comunidade escolar do quão prejudicial ao ser humano são tais atitudes. Outro sim, é de extremo valor a participação efetiva da família e o desenvolvimento afetivo, pois somente numa ação conjunta é que a escola pode cumprir seu papel social e atingir soluções concretas.

A dimensão pedagógica da educação. A supervisão escolar, conforme Mendes, tem por objetivo auxiliar o docente no desenvolvimento das práticas pedagógicas e no aprimoramento pessoal, melhoria de desempenho profissional através da oferta de formação continuada que atenda os anseios do professor, ou que pelo menos o auxilie na busca de soluções. Portanto, a função do corpo pedagógico é dar suporte ao professor articulando o Projeto Político Pedagógico de maneira que esse