Origem do Controle
Tese: Origem do Controle. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lucristinat • 2/11/2014 • Tese • 1.508 Palavras (7 Páginas) • 359 Visualizações
CAPITULO 1
1- Origem da Controladoria
Historicamente, informes contábeis têm sido utilizados a milhares de anos como é possível verificar em registros encontrados em blocos de pedras de antigas civilizações. Há quinhentos anos, um frei veneziano, Fra Pacioli, descreveu os fundamentos da hoje conhecida partida dobrada como bastante eficiente. Essa necessidade de registrar transações comerciais existe desde o mercado de trocas. Em contra partida a necessidade de registros internos é bem mais recente. Antes do século XIX, a maioria, para não dizer, todas as transações de trocas que aconteciam entre empresários e indivíduos não fazia parte das empresas. Os proprietários arrecadavam apenas valores maiores dos que gastos com mão-de-obra e matéria-prima.
Devido a revolução industrial, tornou-se interessante para os empresários investir um pouco do seu capital em produção com a finalidade de obter uma maior eficiência de seus investimentos. Foi possível visualizar e entender que investimentos a longo prazo seriam mais vantajosos do que, por exemplo, custos maiores com contratações esporádicas.
Tendo como exemplo de indústrias que acertaram com a utilização de sistemas de informações as tecelagens, as ferrovias e as companhias siderúrgicas. Com os crescimentos desses segmentos houve uma demanda por novas formas de informações que auxiliasse no gerenciamento. Essa demanda passava agora a ser imprescindível para a obtenção de preços de vendas.
No inicio os indicadores de contabilidade gerencial eram simples, porem atendiam bem as necessidades dos proprietários, pois concentravam – se nos custos de transformação de matéria prima em produtos acabados.
Em meados do século XIX os grandes avanços na comunicação e transporte como a invenção do telegrafo e maiores extensões de estradas de ferro foram possíveis expandir os negócios. Agora as organizações hierárquicas podiam coordenar a compra de matéria – prima e distribuir seus produtos por áreas maiores. Porem essa expansão não seria possível se não houvesse um aumento na quantidade e qualidade das informações gerenciais que eram de grande relevância para a coordenação das atividades de logística com maior efetividade além de fornecer informações aos gerentes mais desinteressados.
Outros avanços tecnológicos, nos sistemas de informações gerenciais, se deram com a união com os movimentos da administração cientifica que se iniciou nas companias metalúrgicas nas duas ultimas décadas do século XIX.
Os criadores da administração cientifica visavam melhorar a eficiência da utilização da mão de obra e matéria-prima porem esses padrões eram facilmente transformado em padrões de custo de mão-de -obra e matéria – prima.
Em 1925 toda as praticas de contabilidade gerencial conhecida até hoje já estava formada: cálculo de custos de mão-de-obra, matéria-prima e despesas gerais; orçamentos de caixa, receitas e capital; orçamentos flexíveis, previsões de vendas, custos padrões, análises de variância, preços de transferência e indicadores de desempenho divisional. Essas praticas evoluíram para atender as necessidades de controle dos gerentes e informações, cada vez mais diversificadas e complexas. Porem o ritmo das inovações deu uma parada talvez por falta de incentivo de novos sistemas gerenciais inovadores uma vez que os existentes se revelaram de grande efetividade.
Mesmo sem grandes novidades nas formas organizacionais houve uma grande pluralidade de produtos que continuavam a crescer nas décadas seguintes a 1920. Dessa maneira a necessidade de controles efetivos dos processos deveria ter forçado novas exigências para os sistemas de contabilidade gerencial. A insuficiência de evolução de tais sistemas para acompanhar a evolução das tecnologias acarreta problemas tais como: custos dos produtos distorcidos, informações de processos atrasados e altamente agregadas e informações de desempenho de curto prazo sem visar à melhora ou piora da posição econômica da organização.
Essa imobilidade pode ter se dado ao fato da grande demanda por demonstrações externas no século XX. Com os títulos das organizações nas mãos dos publico a demanda por demonstrativos auditados aumentou. De certo que os gerentes poderiam segregar seus sistemas de gerenciamento dos relatórios financeiro apresentados ao publico porem a tecnologia existente em 1920 teria impedido tais sistemas análogos. Nessa época também era mais difícil a resposta em tempo real como nos dias de hoje e dessa forma mais difícil a resposta de tais levantamentos.
Nas décadas seguintes com a expansão de linhas de produtos, mudança de tecnologias de produção, redução do ciclo de vida dos produtos, a competitividade que se tornava cada vez mais globalizada e principalmente com a fenômeno de avanços na tecnologia da informação era de se presumir que os gerentes repensassem na decisão de não investir em um melhor sistema de contabilidade gerencial mais eficaz e oportuno.
Em suma, sistema de contabilidade gerencial é o inicio do que conhecemos hoje como Controladoria que foi criada para sanar inúmeras falhas na produção das empresas.
1.2 - O surgimento da controladoria no Brasil
No Brasil, a controladoria passou a ser implantada logo após a Segunda Guerra Mundial, devido ao considerável aumento dos investimentos estrangeiros e com a entrada de empresas, principalmente americanas, no país. Essas empresas usam o termo controller, profissional a Controladoria, como um gestor de controles para a geração de informações. (SIQUEIRA; SOLTELINHO, 2001, p. 66)
De acordo com Siqueira e Soltelinho (2001) houve um crescimento da busca por profissionais deste ramo entre o período de 1960 a 1999. Dessa pesquisa é importante ressaltar o crescimento de 96% nas contratações e posterior estabilização a partir dos anos 80, o que demonstra a grande ascensão desta função e posterior estabilização, verificando a consolidação dos profissionais, com a diminuição de sua rotatividade.
1.3 - Fluxo de Capitais no Brasil na Década de 60
Há fortes
...