Os Impactos Da Insatisfação No Trabalho Sobre As Organizações
Exames: Os Impactos Da Insatisfação No Trabalho Sobre As Organizações. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Carlasousa • 6/6/2014 • 1.543 Palavras (7 Páginas) • 801 Visualizações
A insatisfação no trabalho acarreta uma série de comportamentos indesejáveis e geradores de impactos negativos sobre as organizações
Antes as pessoas eram vistas apenas como recursos, hoje são reconhecidas como as principais fontes de crescimento e desenvolvimento organizacional. Deve-se, portanto, considerar fatores comportamentais do indivíduo que podem comprometer seu desempenho e interferir em seus resultados.
A insatisfação no trabalho acarreta uma série de comportamentos indesejáveis e geradores de impactos negativos sobre as organizações. Este artigo ressalta a necessidade de rever a valorização daquele que é o mais precioso recurso das organizações e trouxe a compreensão de que o investimento nas pessoas proporciona, sobretudo, sucesso organizacional e vantagem competitiva
1. Consequências da insatisfação no trabalho
A insatisfação no trabalho pode estar ligada a vários fatores, sejam eles externos ou internos. Os fatores internos estão ligados ao ambiente de trabalho, a equipe, ao chefe, as condições físicas do local de trabalho, ao salário, a possibilidade de crescimento profissional e outros; já os fatores externos, são referentes a saúde psíquica do trabalhador, relacionamento interpessoal e familiar, os quais influem no desempenho do colaborador.
A insatisfação profissional provoca uma série de prejuízos à organização, como: maiores taxas de absenteísmo, rotatividade e a diminuição do desempenho e da produtividade dos colaboradores. Um indivíduo que não tem suas necessidades atendidas, não terá satisfação necessária para desempenhar as suas atividades com qualidade no trabalho.
1.1 Absenteísmo
A ausência dos empregados provoca certas distorções quando se referem ao volume e disponibilidade da força de trabalho, e consequentemente trás prejuízo à empresa. Segundo Chiavenato (1999), cada redução nos índices de absenteísmo pode trazer razoável economia para a organização.
Por isso, é muito importante que a organização consiga diminuir o alto índice de absenteísmo e isso através de programas de controle da ausência, onde os funcionários assíduos são recompensados. Entretanto, para que essas recompensas sejam motivadoras, é necessário observar, em que nível da hierarquia das necessidades o indivíduo está, baseando a premiação na satisfação das necessidades deste nível.
1.2 Rotatividade
O baixo nível de satisfação no trabalho está associado a taxas mais altas de rotatividade de pessoal, em consequência desta insatisfação, os empregados tendem a buscar novas alternativas e deixam seus empregadores. Além dos custos elevados, a reputação da empresa pode ser afetada diante da sociedade.
De acordo com Chiavenato (1999), a rotatividade não é uma causa, mas o efeito de algumas variáveis. Dentre as variáveis internas, podem ser consideradas: a remuneração oferecida, o modelo gerencial, as oportunidades oferecidas, as condições físicas e psicológicas do trabalho, a estrutura e a cultura organizacional.
A empresa conseguirá reter por um período maior funcionários mais satisfeitos e motivados, e poderá utilizar da redução dos custos de rotatividade para investir em melhores condições de trabalho.
1.3 Diminuição do desempenho e da produtividade
O desempenho é uma manifestação do comportamento humano nas organizações, podendo também ser motivado pelo próprio indivíduo ou pela situação ou ambiente em que ele se encontra, de acordo com Maximiano (1995).
O funcionário desmotivado e insatisfeito apresenta comportamentos indesejáveis, principalmente em relação ao seu desempenho. Os objetivos da organização deixam de ser prioridade, ele perde qualidade na execução de suas atividades e sua produtividade diminui consideravelmente. Essas atitudes podem gerar grandes impactos negativos na organização, principalmente, quando esse funcionário lida diretamente com o cliente. A tendência é que ele se acomode e não se preocupe em gerar resultados para organização.
Muitos gestores não dão a devida importância a essas atitudes, mas o crescimento da empresa pode ser dificultado e até mesmo impedido por esses fatores. Por isso, é necessária a criação de um ambiente de expectativas de crescimento profissional, motivando e alinhando o colaborador aos objetivos da empresa. Quanto maior é a valorização, integração e motivação dos colaboradores, maior é a produtividade oferecida por todos eles, conforme Hunter (2006).
Segundo Spector (2003), a satisfação no trabalho leva a um maior esforço que resulta em desempenho, logo, o desempenho gera recompensas que origina a satisfação no trabalho.
2. Fatores determinantes da satisfação no trabalho
Para Bergamini (2008) é de grande interesse conhecer quais os fatores que deveriam ser considerados como os principais determinantes da satisfação no trabalho. Ele acredita que a substituição da remuneração pelo relacionamento interpessoal é um fator importante de satisfação. Por este motivo, a organização deve incentivar o convívio social dos trabalhadores.
Já Oliveira (2006) diz que o trabalhador gasta energia para produzir algo em troca de uma remuneração digna pelo trabalho executado, que é representado pelo salário. Tendo esse dado, conclui-se que o salário, o dinheiro e os benefícios são os meios que o trabalhador possui para conseguir seus bens fundamentais, satisfazendo assim, suas necessidades.
A satisfação com o trabalho trata-se de uma atitude geral de uma pessoa em relação ao que realiza. Robbins (2002) lembra que esse trabalho não se refere apenas a tarefa exercida pelo empregado e sim a todo o ambiente que o cerca, tais como: colegas e superiores, obediência às regras e políticas organizacionais, alcance de padrões de desempenho e a aceitação de condições de trabalho, entre outros.
A satisfação do funcionário com seu trabalho é um somatório de diferentes elementos. Um destes elementos é chamado pelo autor de procedimentos justos. Esses procedimentos de justiça estão relacionados com as ações do chefe, com os procedimentos da empresa, com a política de remuneração oferecida. Caso o empregado perceba que esses processos são justos dentro da empresa, isso fará com que ele confie na organização.
O autor ressalta que funcionários satisfeitos estão mais propensos a falar bem da organização, a ajudar os demais em relação ao trabalho e a ir além de suas atribuições regulares.
Os melhores resultados surgem a partir do investimento na satisfação dos trabalhadores, e isso
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