Os estudos de Piaget

A didática é um campo de estudo em busca do conhecimento necessário para a compreensão da prática pedagógica e da elaboração de formas adequadas, compreendendo os conhecimentos científicos para servir de base aos futuros professores, no qual poderão atuar nas diversas situações práticas de ensino, melhorando a qualidade de ensino e da aprendizagem.

Com base nas leituras me identifiquei com a Abordagem Cognitivista, no qual o conhecimento é o produto de interação entre homem e mundo. O professor realiza atividades desafiadoras para o pensamento do aluno e gera conflitos cognitivos que permitem a participação integral, ajudando na busca de novas respostas. Cada aluno constrói seu próprio aprendizado, cabe ao professor criar situações e propiciar condições nas quais estabeleçam reciprocidade intelectual e cooperação. Essa abordagem requer uma pedagogia que desafie o aluno para que este, vá em busca do conhecimento havendo mudança, transformação e alteração do sujeito e da realidade que está sendo compreendida.

Os estudos de Piaget, Ferreiro e Teberosky mostram que outras propostas de ensino funcionam, mas não desenvolvem o aluno cognitivamente e a proposta construtivista pretende sanar essa necessidade. A grande vantagem deste método é que o aluno é o principal agente da aprendizagem, gerando um maior interesse por parte dele, e o professor sente uma maior necessidade de se manter atualizado. Segundo Piaget, a escola deveria começar ensinando a criança a observar. Para o professor como profissional, é imprescindível manter a dignidade do seu papel como agente que interfere na situação educativa, transmitindo às novas gerações os conteúdos culturalmente valiosos que permitirão aos alunos compreender, interpretar e transformar o mundo em que vivem.

Para Piaget, “a principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe”. Diante desta afirmação de Piaget fica fácil compreender que a escola deve oferecer oportunidades para que as crianças e jovens possam aprender a decidir coletivamente, a vivenciar e a experimentar a validade do diálogo crítico como mediador dos conflitos, a construir, em grupo, acordos temporários ou mais duradouros, a lidar com a diferença e a divergência. Para formar futuros cidadãos, é importante educar pela democracia e criar espaços de decisão, de vivência, de princípios éticos, de solidariedade, de justiça, de diálogo, etc..

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FERREIRO, E. e TEBEROSKY. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1986.

PIAGET, Jean. A Formação do Símbolo na Criança: imitação, jogo e sonho, imagem e representação. 3. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.

SCHULTS, Sydney Ellen & SCHULTZ, Duane; História da Psicologia Moderna, ED. Cultrix, 1992

SITES

http://www.pedagogiaaopedaletra.com.br/posts/abordagens-didaticas-e-pedagogicas/