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Ovino E Caprino Manejo Sanitário

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Por:   •  7/11/2013  •  2.466 Palavras (10 Páginas)  •  1.701 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

A importância da saúde do rebanho relaciona-se à produção, pois é preciso que os animais estejam sadios para que possam expressar todo o seu potencial genético e responder as técnicas de manejo utilizadas e neste caso, nas espécies caprina e ovina às doenças parasitárias assumem especial destaque.

O manejo sanitário consiste num conjunto de atividades veterinárias

regularmente planejadas e direcionadas para a prevenção e manutenção da

saúde dos rebanhos. Quando se objetiva prevenir a ação dos agentes

patogênicos sobre os animais, utiliza-se as medidas de higiene e de profilaxia

sanitária (limpeza e higienização das instalações zootécnicas, desinfecção

umbilical do recém-nascido, ingestão precoce do colostro). Por sua vez, quando

se pretende manter os animais aptos a resistir à ação dos patógenos, são

utilizadas as medidas de profilaxia médica (vacinação, vermifugação e banho

carrapaticida).

2 MEDIDAS SANITÁRIAS GERAIS

2.1 HIGIENE DAS INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS

A limpeza e desinfecção das instalações são práticas que devem ser rotineiras na propriedade, pois, são essenciais para preservar a saúde dos animais, prevenir, controlar e eliminar doenças no rebanho. Devido à importância desse procedimento na propriedade, no artigo desse mês iremos discutir os principais pontos relacionados com a eficácia da higiene das instalações utilizadas para caprinos e ovinos.

A periodicidade com que deve ser feita a limpeza e a desinfecção irá depender do número de animais; das condições ambientais (períodos chuvosos ou secos); do tipo de piso (chão batido, cimento, ripado elevado, entre outros); do sistema de exploração e do tipo de instalações utilizadas na propriedade. Para os apriscos, baias maternidades (local onde ocorrem os partos), baias enfermarias (onde ficam animais doentes) e locais onde são alojados os cabritos e cordeiros, a recomendação é a limpeza diária por meio de varredura.

A limpeza em geral e retirada das fezes do aprisco, das baias ou locais que as cabras e ovelhas prenhas permanecem durante o dia ou apenas para passar à noite, deverá ser realizada diariamente ou pelo menos a cada dois dias.

É necessária uma atenção especial com a higienização (limpeza e desinfecção) das baias depois da ocorrência de alguma enfermidade, ou antes, do início dos partos. A limpeza e desinfecção das instalações devem ser executadas corretamente para apresentarem adequada eficácia. Além disso, a remoção da matéria orgânica é essencial para que o desinfetante apresente boa eficácia.

Quando há cama, devem ser retiradas as porções sujas (com fezes e acúmulo de restos de alimento) e úmidas diariamente. Já a frequência de troca completa da cama irá depender de fatores como tipo do material, número de animais, entre outros.

A limpeza da instalação consiste na remoção de toda a sujidade (fezes, restos de alimentos, insetos, teias de aranha, etc.) presente no piso, paredes (divisórias), teto, cochos, bebedouros e saleiros. De acordo com o método e os equipamentos utilizados, a limpeza pode ser classificada em seca, úmida e molhada.

O ideal é sempre iniciar com a limpeza seca que consiste na remoção mecânica das sujidades por varredura ou raspagem com auxilio de vassoura, pá, rodo ou espátula.

2.2 QUARENTENA

Os animais adquiridos de outras fazendas ou regiões deverão ser mantidos em observação por um período de 30 a 60 dias, em uma instalação isolada das demais, denominada quarentenário, antes de serem incorporados ao rebanho.

Essa medida visa a garantir ao criador um conhecimento do estado sanitário dos animais, ou seja, certificar-se de que os mesmos são ou não portadores de doenças. A quarentena, aliada à aquisição de animais de criatórios idôneos, de elevado status de saúde e acompanhados de certificados negativos baseado em exames laboratoriais, reveste-se de grande importância por minimizar os riscos de introdução de doenças no rebanho.

2.3 ISOLAMENTO

Cada unidade produtiva deve ter uma pequena instalação em área cercada, afastada das demais ou do centro de manejo, para onde deve ser conduzido e permanecer isolado todo animal suspeito ou doente durante o período de observação, tratamento e recuperação.

Este local deverá ser frequente e rigorosamente desinfetado com solução de creolina a 10%, vassoura de fogo, ou uma demão de cal virgem nas paredes e piso.

2.4 DESCARTE

É um procedimento utilizado para retirar do rebanho animais com doenças crônicas como linfadenite caseosa reincidente, podermatite e mastite crônica; portadores de zoonoses, a exemplo da raiva, brucelose entre outras doenças transmissíveis ao homem, ou aqueles que tenham doenças que causem grandes perdas econômicas, como a artrite encefalite caprinas a vírus (CAEV).Incluem-se também os animais com defeitos, velhos e improdutivos.

O descarte pode ser feito mediante abate (a carne do animal poderá ser consumida) ou sacrifício (a carne do animal não serve para o consumo humano). Eliminar ou reduzir fontes de infecção é um de seus objetivos.

2.5 OUTRAS MEDIDAS

Assegurar a qualidade dos alimentos desde sua origem seja produção própria ou comprada, desde a colheita, carregamento, transporte, processamento, armazenamento até o fornecimento aos animais, evitando umidade, fermentação e o contato de moscas, aves, roedores, gatos, cães e outros animais para limitar riscos de contaminações. O uso de cama de frango ou outros produtos de origem animal como alimento está proibido.

Proteger as fontes de água do acesso de aves e outros animais. Sempre que possível, certificar-se da qualidade da água, mediante análise microbiológica e de sua composição química (minerais). Para a descontaminação utiliza-se o cloro.

Higienização adequada das pessoas envolvidas com o manejo da criação, e limitar seu tráfego (ida e volta) para outras fazendas, principalmente quando estas possuem animais doentes.

É indicado que essa limpeza seja diária ou no máximo a cada dois dias para evitar o acúmulo de matéria orgânica e que esta sujidade

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