Ovo Misterioso

DISCIPLINA DE GESTÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO – 2014

Prof. Mário Luiz Neves de Azevedo

Profa Natalina F. Mezzari Lopes

KLERI SEIBEL

Sistema Educacional Brasileiro

Um sistema resulta da interação entre as partes, é uma educação sistematizada, que se deve construir em uma atividade intencional comum. A existência do sistema deve preencher três requisitos: a intencionalidade, o conjunto e a coerência.

Genuíno Bordignon (1989) diz que a falta de articulação alimenta as desigualdades e incentiva o "espírito patrimonialista”. Todos quererem atender a "sua" rede como se os sistemas ou redes não fossem coisas públicas, mas patrimônio de um governo: “a visão patrimonialista das redes públicas de ensino complica as relações intergovernamentais, hoje carregadas de críticas mútuas, e, por outro lado, não permite um planejamento articulado e coerente dos serviços educacionais, resultando atomização e/ou duplicação das ações”.

Saviani (2005) diz que o sistema existente no Brasil não atende aos requisitos básicos.

Segundo o que determina a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) a educação no Brasil deve ser gerida e organizada separadamente por cada nível de governo. O Governo Federal, os Estados, o Distrito Federal e os municípios devem gerir e organizar seus respectivos sistemas de ensino. Cada um desses sistemas educacionais públicos é responsável por sua própria manutenção, que gere fundos, bem como os mecanismos e fontes de recursos financeiros.

A escola possui seu espaço de autonomia, pois é ela a responsável por elaborar e executar sua proposta pedagógica, administrar seu pessoal e recursos materiais e financeiros, entre outros vários.

Uma ação importante que podemos citar é o SISUTEC, onde instituições públicas e privadas de educação profissional e tecnológica e universidades oferecem vagas gratuitas em cursos técnicos para quem concluiu o ensino médio e realizou o Enem, dando oportunidades assim a quem não teria.

Organização da Educação Básica

A educação básica mudou bastante no final do séc XX. Com a Constituição Federal de 1988, a educação pública passou a ser gerida na perspectiva da Gestão Democrática. No inicio do governo de Getúlio Vargas cresceu o interesse pelas questões educacionais, pois era necessária a formação de cidadãos-trabalhadores para impulsionar o processo de modernização do país fundamentado na política da substituição das importações no lugar da monocultura latifundiária cafeeira. O segundo momento desse governo não trouxe muitas mudanças, foram aprovadas as propostas de obrigatoriedade, gratuidade do ensino primário, ampliação das competências da União por meio do conselho Nacional de Educação sem desrespeitar a autonomia dos estados e municípios. No terceiro período o Estado Novo foi marcado pela centralização do poder decisório do Estado.

Depois do golpe militar de 1964 o país retomou o processo de industrialização e urbanização. Quanto à educação, o Brasil viveu um longo processo de elaboração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, terminando com a aprovação da Lei n 9.394/96, que trouxe mudanças significativas para a organização do sistema escolar.

Ao se tratar de concepções de organização e gestão escolar existem três modalidades: a técnico-científica, a autogestionária, e a democrático-participativa Libâneo (2001).

A autogestionária se baseia na responsabilidade coletiva, ausência de direção centralizada e com a participação direta e igual de todos os membros da instituição. A técnico-científica, que serviu de base para a organização do sistema educacional brasileiro, focava na hierarquia de cargos e funções visando à racionalização do trabalho e à eficiência dos serviços escolares. A democrático-participativa baseia-se na relação orgânica entre direção e participação do pessoal da escola. Acentua-se a importância da busca de objetivos comuns assumidos por todos.

Atualmente a escola pública é conduzida na perspectiva democrático-participativa. A forma como a escola se organiza e se estrutura possui caráter pedagógico, depende da relação da escola com a sociedade no diz respeito à sua conservação ou transformação, ou seja, as experiências de cada um pode ajudar a melhorar o âmbito de educação e pessoal.

Numa sociedade democrática as instituições devem ser regidas pela igualdade, liberdade, participação e justiça, portanto, é coerente que a instituição responsável pela educação das crianças e jovens, construa-se a partir de valores e práticas democráticas, portanto, em uma escola direcionada pelo princípio democrático as relações de trabalho podem ser construídas com a participação de todos no processo de tomada de decisões, sendo uma importante ferramenta no desenvolvimento das relações democráticas e solidárias. O processo democrático se realiza e se sustenta mediante a ação educativa orientada para a ordem democrática e realizando-se através desta mesma ordem; ou seja, através de uma escola que eduque para a convivência democrática através de valores e práticas, também, democráticas.

A Gestão do Trabalho Pedagógico em Espaços Escolares e não Escolares

Segundo Libâneo (1992) o pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias da prática educativa, direta ou indiretamente ligadas à