PERFIL SOCIOECONÔMICO DAS MÃES QUE ACOMPANHAM FILHOS COM DOENÇA CRÔNICA NA CRECHE LAR CORDEIRINHO DE DEUS

ENTRO UNIVERSITÁRIO DO ESTADO DO PARÁ

ÁREA DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS, BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

CURSO DE FISIOTERAPIA

INTERAÇÃO COMUNITÁRIA III

Ariane Souza

Evellin Teixeira

Francisco Juarez

Janaina Narumi

Laura Gonçalves

Nayara do Rosário

Rosana Olivia

Ruthlene Freitas

PERFIL SOCIOECONÔMICO DAS MÃES QUE ACOMPANHAM FILHOS COM DOENÇA CRÔNICA NA CRECHE LAR CORDEIRINHO DE DEUS NO ANO DE 2011

Belém-PA

2011

Ariane Souza

Evellin Teixeira

Francisco Juarez

Janaina Narumi

Laura Gonçalves

Nayara do Rosário

Rosana Olivia

Ruthlene Freitas

PERFIL SOCIOECONÔMICO DAS MÃES QUE ACOMPANHAM FILHOS COM DOENÇA CRÔNICA NA CRECHE LAR CORDEIRINHO DE DEUS NO ANO DE 2011

Trabalho apresentado como pré-requisito para avaliação do 2° bimestre, na disciplina de Interação Comunitária III, orientado pela professora Rita Cotta.

Belém-PA

2011

INTRODUÇÃO

Impossível será contestar um dos mais puros atos de amor que uma mãe dispensa ao(a) filho(a) com doença crônica que se submete a tratamento fora de seu domicílio exigindo acompanhamento médico regularmente.

O propósito deste trabalho é precipuamente e sem dúvida, obter dados relativos ao perfil socioeconômico de mães acompanhantes de filhos com doenças crônicas de diferentes municípios do Estado do Pará, no ano de 2011, as quais estadiam na Creche Lar Cordeirinho de Deus, situada no bairro de São Brás na cidade de Belém.

Para identificação do objetivo proposto, tornou-se necessário aplicação de instrumento focalizando o contexto social e econômico dessa mãe, o qual proporcionou observar pontos relativos a instrução, idade, renda familiar, fonte de renda e números de dependentes dessa renda através de mensuração de gráficos, os quais serão apresentados no decorrer do trabalho, onde mostrarão os resultados da pesquisa.

OBJETIVOS

* Geral:

* Traçar o perfil socioeconômico das mães que acompanham os filhos com doença crônica na Creche Lar Cordeirinho de Deus.

* Especifico:

* Identificar a fonte de renda das mães que acompanham os filhos com doença crônica na Creche Lar Cordeirinho de Deus.

* Analisar os indicadores sociais relacionados às mães que acompanham seus filhos em tratamento fora domicilio.

REFERENCIAL TEÓRICO

Cuidar de uma criança com doença crônica não é uma tarefa fácil podendo ser, por vezes, dolorosa para seus pais e, principalmente para a mãe, em muitos momentos, estes irão necessitar de apoio de diversas naturezas, seja material, emocional, de informação, afetivo e social (VIEIRA, 2002).

Por sua vez, o cuidador familiar em muitos casos é a mãe. De acordo com Oliveira e Collet (1999) "as mães reconhecem a importância em permanecer com o filho num período de estresse como a do tratamento e/ou hospitalização". As mães em geral, se vêem internadas com a criança e geralmente têm que permanecer o dia todo no hospital, ficar longe de seus lares, afastadas dos outros filhos, não podendo permanecer no trabalho. Há cansaço, desestruturação familiar e máxima atenção voltada para a criança doente, sendo que muitas das vezes suas necessidades básicas não são priorizadas.

Uma das mudanças decorrente das doenças crônicas no núcleo familiar refere-se ao trabalho da mãe fora de casa. A mulher que divide os papéis de mãe e trabalhadora deixa o trabalho para o segundo plano ou até mesmo para o último, ao se defrontar com a necessidade de cuidar de um filho doente. Sua atuação no lar impede o exercício de atividades externas a ele e, como mulher e mãe, à frente do cuidado do filho doente, acaba não tendo como dividir seu tempo entre as duas atividades, pois, a exigência de atenção integral ao cuidado impossibilita que tenha outra atividade, que não a do cuidado da criança hospitalizada e/ou em tratamento fora do domicílio (DIAS, 2000).

De acordo com o mesmo autor, algumas situações das famílias e do cuidador familiar se agrava pelo contexto sócio-econômico, ou seja, dependem do trabalho diário para sobreviver ou de algum tipo de renda e/ou benefício para sobreviver. As mães passam por várias situações que para elas são difíceis. Além dos aspectos emocionais envolvidos na hospitalização, há também o afastamento de seu trabalho e/ou atividades domésticas levando as dificuldades financeiras, quando os mesmos, ampliam suas redes sociais, dependendo assim além dos familiares, dos amigos, comunidade, dos profissionais da área de saúde e dos programas como o TFD (Tratamento Fora de Domicílio - instrumento legal que visa garantir, através do SUS, tratamento médico a pacientes portadores de doenças não tratáveis no município de origem por falta de condições técnicas que consiste em uma ajuda de custo ao paciente, e em alguns casos, também ao acompanhante, encaminhados por ordem médica à unidades de saúde de outro município ou Estado da Federação).

“Ser mãe”, nesses casos, envolve uma postura de abnegação, uma necessidade de dedicação plena e constante durante as 24 horas do dia, deixando para segundo plano a preocupação com relação a si mesma, e ao sofrimento experimentado por essas mães em função de sua relação com a criança (RIBEIRO,2004).

E é nesse sentido de abnegação que as mães e familiares deixam seu lar em busca de melhores condições para o tratamento da criança portadora de doenças crônicas. Segundo o Jornal Diário do Pará, em Belém