POR QUE O MUNDO DÁ VOLTAS?
Tese: POR QUE O MUNDO DÁ VOLTAS?. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Sandra.Nunes1506 • 28/10/2014 • Tese • 4.766 Palavras (20 Páginas) • 167 Visualizações
POR QUE O MUNDO DÁ VOLTAS?
Autoria: Sandra Regina Nunes
1- RESUMO DO CASO
O caso a seguir ocorreu em agosto de 2006 no departamento de Contas a Pagar e Tesouraria na Tijolinhos, empresa multinacional do ramo de varejo de materiais de construção.
Trata-se de um problema de relacionamento interpessoal da coordenadora da área com a sua equipe e demais departamentos da empresa. Porém a dificuldade de relacionamento da coordenadora provocou uma tomada de decisão surpreendente por parte do diretor com reflexos para a coordenadora , sua assistente e a outra coordenadora do departamento de Cobrança, todos envolvidos na decisão.
O objetivo do caso é instigar o leitor à refletir sobre questões referentes a relacionamento interpessoal e liderança e analisar as conseqüências acerca da tomada de decisão do diretor da área financeira, avaliando se haveria outras soluções que resultem na melhoria do relacionamento interpessoal e liderança da coordenadora e clima organizacional dentro da equipe .
Palavra-chave: liderança, clima organizacional, aprendizagem
O FATO DESENCADEADOR
Naquele dia como todos os dias Maria, coordenadora do departamento de Contas a Pagar da empresa de materiais para construção Tijolinho estava concentrada na parte da manhã no fluxo de caixa e movimento financeiro do dia.
A tarefa de análise financeira no período da manhã era rotineira e o dia 03 de agosto de 2006, seria um dia como outro qualquer senão fosse o seu diretor financeiro Luiz, chamá-la até a sua sala e iniciar a conversa de forma incógnita não informando diretamente o assunto.
- Bom dia Maria tem alguma novidade no seu departamento? – diz Luiz
Maria, sem saber do que se tratava respondeu negativamente e surpresa à interrogação do seu diretor.
Diante da resposta de Maria, Luiz contou-lhe porque a indagou, pois necessitava confirmar a informação que recebera do departamento de Recursos Humanos.
O departamento de Recursos Humanos informara à Luiz que a funcionária Joana, assistente de Contas a Pagar havia se saído bem na entrevista do processo seletivo interno, mas observou que ela não havia comunicado a sua participação no processo à Maria, coordenadora do departamento de Contas a Pagar e Tesouraria.
Sabendo desse fato, Luiz tentava encontrar razões para a atitude de Joana. No primeiro momento chamou Maria para ajudá-lo no entendimento, pois uma de suas características que Luiz sempre demonstrou é o respeito com hierarquia, porém sempre ouvia todas as partes envolvidas de cada fato, isso porque ele possui um perfil de conciliador na empresa, sendo sempre acessível e demonstrando seu respeito aos funcionários.
Luiz expôs a sua preocupação, pois o fato de não ocorreu a comunicação previamente à Maria por parte de Joana sobre processo seletivo lhe dava a impressão de algo errado. O seu questionamento tinha como base o entendimento do motivo que levara essa atitude de Joana, uma vez que ela era o ” braço direito” de Maria .
Isso fez com que Luiz recordasse o ano anterior, onde na avaliação de desempenho de Maria, ele expôs as dificuldades de relacionamento e sua forma imperativa de coordenação perante a equipe. Entre várias metas para o ano seguinte , Luiz atribuiu à Maria uma que sabia que não seria fácil, mas acreditava no esforço de Maria para alcançá-la. A meta era melhoria do relacionamento interpessoal de Maria.
Diante da situação e na busca de elucidar o motivo pelo qual Joana não informou à Maria sobre o processo de seleção que participava, Luiz também a chamou na sua sala.
Maria sempre buscou a verdade independente de suas conseqüências até mesmo quando poderia ser chamada atenção por erros que tivesse cometido, os quais somente ela poderia identificá-lo.
Sendo assim, antes de Luiz decidir chamar Joana, Maria se pronunciou questionando se não seria viável que ela se retirasse da sala deixando Joana à vontade para explicar o verdadeiro motivo da sua conduta.
Como Luiz sempre privilegiou a transparência, pediu a Maria que permanecesse.
Joana chegou à sala e foi questionada por Luiz num clima amigável. Em sua resposta, ela disse que se candidatou a vaga de assistente de diretoria visando buscar novas oportunidades e seria enriquecedor e estimulante para sua carreira profissional e somente não havia comunicado antes à Maria porque a mesma sempre estava ocupada, mas tão logo percebesse um espaço de tempo na agenda de Maria , comunicaria a sua participação.
Diante disso, Luiz orientou Joana sobre a sua conduta no que ele acredita como ideal, ou seja, fatos de relevância devem ser comunicados de imediato à coordenação. Luiz aproveitou a oportunidade para ressaltar as orientações dadas à todos os coordenadores da sua área, onde era premissa permitir a participação de membros da sua equipe em processos seletivos e transferências de setores , pois todos tem o direto de crescimento profissional.
JOGANDO-SE NA FOGUEIRA
Depois da orientação que Luiz deu a Joana sobre a conduta ao candidatar-se no processo de seleção interna, sentiu-se aliviado e tranqüilo, embora esse não tenha sido o sentimento de Maria, porque para ela, Joana não fora convincente.
Maria por ter maior convivência com Joana, afinal eram três anos na equipe ficou com o sentimento que houve sinceridade na resposta de Joana para Luiz
Uma das características de destaque em Maria era a busca pela verdade, naquele momento ela entendeu que era necessário dirimir essa situação de forma que não restasse qualquer dúvida e isso seria através de um de um feedback sobre si mesma, obtido por meio de sua avaliação pela equipe.
No momento que propôs à Luiz a avaliação, tinha ciência que estava jogando-se na fogueira. A expressão traduz o risco que correria de receber um resultado negativo, isso em virtude de dúvidas acerca da imparcialidade e maturidade da equipe para avaliar, como também não tinha certeza do seu progresso no item relacionamento interpessoal apesar do seu esforço visto por vários colegas de trabalho.
Para
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