Resenha do Filme “A Volta ao Mundo em 80 Dias"

Resenha do filme “A volta ao mundo em 80 dias”

Tudo começa com o cavalheiro Phileas Fogg, homem bem metódico quanto ao tempo, que faz tudo conometrado, que faz parte do Clube Reformador de Londres, onde joga com outros amigos e passa o tempo, pra depois voltar para sua casa, pontualmente.
Quando ele e seus amigos, em uma das suas costumeiras reuniões, fazem uma aposta sobre que Phileas conseguisse, dentro de 80 dias, dar a volta ao mundo e chegar pontualmente no Clube. O que no século XIX parecia impossível, mas Philleas Fogg não achava isso e juntamente com seu criado Passepartout partiram da Inglaterra com uma aposta de 20 mil libras. Partem então ele e seu criado, pegam um trem para o sul da Europa, no  seu encalço, entretanto, segue um detective inglês, convicto de que havia sido Fogg quem roubara o banco londrino. O detective Fix segue-os, à espera de um mandado de prisão para Phileas Fogg, a fim de garantir uma recompensa oferecida pela polícia inglesa. O mandado não chega e Fix é obrigado a segui-los até que consiga a ordem de prisão. Fogg e Passepartout pegam outro navio com destino a uma cidade da Índia. Fix continua a segui-los de perto, crente de que fora Fogg quem roubara aquele banco. No caminho, presenciam um estranho ritual nativo que lhes dá calafrios: uma bela mulher era carregada para ser queimada viva junto ao corpo do marido, já morto. Tinham o costume de que, se o marido morresse, a mulher deveria morrer junto. Fogg, incrédulo, não podia acreditar em tal façanha. Como estava algumas horas adiantado no seu intento, decide dar meia volta e resgatar a moça. Passepartout finge que é o cadáver e entra no caixão. Na hora do ritual, levanta de seu leito fúnebre e carrega a donzela nos braços, provocando arrepios nos que assistiam à cerimônia. Assim, eles resgatam a moça, Aouda, e conseguem fugir. Logo os três, com o detetive atrás, continuam a viagem, e mais reviravoltas acontecem. O tempo - 80 dias - está se esgotando rapidamente, e gastar um minuto poderá trazer drásticas consequências. Levando-se em conta as limitações da época, a baixa velocidade dos trens e navios do século XIX torna a aventura mais eletrizante, tamanha lentidão que os tempos modernos destruiriam sem esforço: qualquer tentativa de vencer o espaço antes do tempo em nosso século é prontamente atendida pela velocidade do avião, o que naquela época, ainda não existia.

Se compararmos o meio cientifico que aparece nas cenas do filme, com o século XIX, é possível perceber que as inovações tecnológicas fazem muita diferença. Inclusive, se na época retratada no filme, já existisse meios de transporte mais aprimorados, como atualmente, dar volta ao mundo em 80 dias não seria considerado nada difícil, também não seria lidado como um desafio, e sim, como algum comum, rápido e fácil de ser feito.

No século XIX ocorreram grandes invenções e avanços tecnológicos,  a introdução de novas tecnologias trouxe significativa benfeitoria para o cotidiano do homem moderno. A principal base  que possibilitou uma gama enorme de invenções, não apenas de máquinas, mas também do próprio homem -  foi a dominação de uma das forças mais incríveis da natureza: a eletricidade. Com a eletricidade, tudo mudou. Outro invento de grande importância se deu na aréa dos transportes. Com a locomotiva as viagens passaram a ser mais rápidas. A revolução nas formas de condução encurtou as distâncias, mas aumentou o tamanho do mundo. O crescimento da malha ferroviária permitiu um maior contato entre as regiões centrais e periféricas, de forma que produtos e principalmente ideias circulassem  com maior fluidez pelos diversos grupos sociais. Possibilitou também  a descentralização das cidades portuárias, que deixaram de ser o polo irradiador da produção e de ideais.

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