PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL

Trabalho apresentado ao Curso de Graduação em Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas: Sociologia da Educação- Prof. Okçana Battine, Teoria Geral do Conhecimento – Prof.Marcia Bastos de Almeida, Processo Educativo no Contexto Histórico – Prof. Bernadete Strang e Psicologia da Educação- Prof. Daniele Fioravante.

ITUIUTABA

2011

Introdução

Para discorrer a respeito de como fazer com que o aluno se compreenda como sujeito construtor e construído pela sociedade, trataremos aqui sobre a definição de sujeito, e o papel do professor na socialização do aluno e a compreensão do mesmo como integrante e construtor da sociedade.

A importância de se fazer esse trabalho interdisciplinar se dá na medida em que a construção de saberes nunca se desenvolve de maneira isolada. Desta forma, configura-se como uma atividade que favorece o desenvolvimento das habilidades cognitivas e em especial do raciocínio verbal e abstrato. Além disso, esse tipo de trabalho favorece ao aluno uma aproximação com o saber prático, no sentido em que convida o aluno a transcender conhecimentos prontos e acabados. Conseqüentemente o processo de aprendizagem se configura de forma significativa, contemplando o conhecimento, o desenvolvimento de habilidades e principalmente atitudes no sujeito aprendiz.

Segundo Charlot (2000 p.33 e 51) sujeito é um ser humano aberto a um mundo que possui historicidade, é portador de desejos e é movido por eles, além de estar em relação com outros seres humanos. Ao mesmo tempo, o sujeito é um ser social com uma determinada origem familiar que ocupa um lugar social e se encontra inserido em relações sociais.

O sujeito é um ser singular, que tem uma história, que interpreta o mundo e dá-lhe sentido assim como dá sentido a posição que ocupa nele, as suas relações com os outros, a sua própria história e sua singularidade.

O sujeito é ativo age no mundo e sobre o mundo e nessa ação se produz e, é produzido no conjunto das relações sociais no qual se insere.

O ser humano é uma construção, a condição humana é vista como um processo, um constante tornar-se por si mesmo, no qual o ser se constitui como sujeito à medida que se constitui como humano, com o desenvolvimento das potencialidades que o caracterizam como espécie humana.

Charlot (2000) nos lembra que a essência originária do indivíduo humano não está dentro dele mesmo, mas sim fora, em uma posição excêntrica no mundo das relações sociais.

Trata-se da outra face da condição humana a ser desenvolvida, a natureza social. Dizer que a essência humana é antes de tudo social é o mesmo que afirmar que o homem se constitui na relação com o outro.

Durkhein coloca que o homem só é homem de fato, porque vive em sociedade e o homem só pode se descobrir como homem no contexto social.

George Herbert Mead (1863-1931) também concorda com Durkhein ao afirmar que o homem descobre-se a si mesmo à medida que descobre a sociedade. Ou seja, quando ele se relaciona com outras pessoas.

Voltando a Charlot, que completa o pensamento acima, diz que, o homem se constitui como ser biológico, social e cultural, dimensões totalmente interligadas que se desenvolvem com base nas relações que estabelece com o outro no meio social concreto que se insere.

Podemos concluir que o pleno desenvolvimento das potencialidades que caracterizam o ser humano vai depender da qualidade das relações sociais desse meio no qual se insere.

A sala de aula como instituição social funciona como um espelho da sociedade, com sua hierarquia e camadas sociais, seus grupos, desvios, anormalidades, estigmas e conflitos interpessoais.

A rotina da sala de aula tem a finalidade de tornar a convivência dos alunos entre si mais simples e mais fácil, e ainda ajudar o professor a desempenhar sua função de socializador. Uma classe ou escola pode diferir muito das outras, a rotina e o convívio da sala de aula reflete a natureza e a personalidade dos alunos e professor. Cabe ao professor conhecer o aluno, e conhecer o aluno significa criar situações para as manifestações de suas possibilidades. Está diante de nós, educadores, o desafio de considerar as diferenças étnicas, culturais e as limitações de cada um, propiciando acolhimento, sem perdermos de vista os nossos objetivos.

Quando cada um desses alunos nasceram a sociedade já existia, sua estrutura prévia e histórica não dependeu deles portanto não foi produzida por eles mas sim por seus ancestrais, esse fator vai interferir na produção e percepção de cada um deles como sujeito social

Exercer o convívio social no âmbito escolar favorece a construção de uma identidade pessoal, valorizar o conhecimento do aluno, considerando suas dúvidas e inquietações, implica criar situações de aprendizagem que façam sentido para o aluno. Pois a socialização se caracteriza pela diferença individual e pela construção da identidade coletiva.

O professor é o agente possibilitador da inserção do aluno na sociedade em que vive, o professor tem a tarefa de contribuir no processo de acolhimento dos alunos na sociedade e na escola, tarefa que não é fácil, requer que ele saiba lidar com emoções, valores, atitudes e motivação do sujeito em relação ao outro. Alguns alunos aprendem a confiar em si, percebem que são capazes de viver enquanto outros aprendem o contrário e não aceitam o que a escola tenta lhe ensinar, e tornam rebeldes para não serem fracassados, indivíduos que acreditam ser incapazes desenvolvem o perfil de submissos, não encontram possibilidades de desenvolvimento de suas capacidades, e futuramente vê sua participação social restrita.

A escola tem possibilidades de criar condições para que todos os educandos desenvolvam suas habilidades sociais, culturais e intelectuais.

É função da escola discutir como ela poderá contribuir na educação de seus alunos na inserção deles em relações sociais, políticas e culturais ampliando suas condições para o exercício da cidadania. Criando métodos de interação entre professor, aluno, família, comunidade e conhecimento. O ser humano aprende com o meio o qual está inserido se relaciona, e também tem poder de transformá-lo em sua ação social.

A socialização