Pai Rico Pai Pobre
Monografias: Pai Rico Pai Pobre. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: primuxa • 9/11/2014 • 1.419 Palavras (6 Páginas) • 454 Visualizações
Logística no Brasil
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Infraestrutura
Brasil precisa triplicar investimentos para melhorar logística
País tem pior situação entre concorrentes emergentes: Rússia, Índia e China. Mais de 60% da produção é escoada via transporte rodoviário
A greve dos motoristas de caminhão-tanque em São Paulo deixou os postos de gasolina da maior cidade do país a seco na última semana. Diante da escassez nos postos, alguns comerciantes aproveitaram para subir os preços. Virou caso de polícia, com onze pessoas detidas. O Procon autuou dezoito postos.
A possibilidade de o movimento ganhar dimensão nacional cresceu nos últimos dias. Levantamento do site de VEJA mostra que caminhoneiros de pelo menos cinco estados - e não apenas motoristas de caminhões-tanque - estão dispostos a paralisar suas atividades. Se isso acontecer, o cenário que se desenhará inevitavelmente será de caos: o escoamento da produção nacional é calcado sobretudo no transporte rodoviário.
O gargalo não é de hoje. Para equacioná-lo, apontam especialistas, seria preciso triplicar os investimentos atuais. Mesmo assim, só em quinze ou vinte anos o país alcançaria os patamares de competitividade de seus concorrentes emergentes diretos, notadamente China, Rússia e Índia.
Não à toa, a infraestrutura brasileira é uma das protagonistas do que o mercado convencionou chamar de "risco Brasil" – termo que enumera o conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas que encarecem os investimentos no país.
Na comparação direta com mercados como Rússia, China e Índia, o Brasil tem a pior malha – seja em extensão, seja em qualidade – em quatro dos principais canais logísticos estabelecidos: rodoviário, ferroviário, hidroviário e de dutos (veja tabela).
"Perdemos de todas as formas possíveis", diz João Guilherme de Araújo, diretor de desenvolvimento de negócios do Instituto Ilos de Logística e Supply Chain. "Somos absolutamente dependentes do transporte rodoviário e, mesmo assim, nossa infraestrutura rodoviária é inferior. Para lançar um padrão de alto nível no transporte rodoviário, seria preciso algo como 8,6 trilhões de reais.”
Segundo o consultor, o Brasil investe ao ano 0,6% do PIB em infraestrutura logística. A proporção é a maior desde o final da década de 1970 e início dos anos 80, quando se verificou gastos na ordem de 1,86% do PIB. Para recuperar o tempo perdido, contudo, o especialista alerta para a necessidade de, pelo menos, retomar a antiga disposição. "Pelo menos três vezes mais do que hoje em dia”, diz.
Ferrovias - De tudo o que é transportado no Brasil, 62% segue dentro de caminhões. O segundo canal de distribuição é o ferroviário, com 30% de participação. O trem, aliás, é apontado como a alternativa mais adequada tanto na relação custo e benefício, quanto à geografia e ao produto transportado. “É mais barato e mais adequado ao transporte de grãos. O problema é que nosso sistema ferroviário é ultrapassado e mal conservado”, destaca Araújo.
Dados da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer) mostram que nos últimos nove anos o investimento em ampliação e modernização das ferrovias, além da construção de novas instalações fabris e em tecnologia, somou R$ 1,1 bilhão. Essa parcela do mercado prevê a aplicação de mais R$ 250 milhões até o final de 2013.
“O governo tem priorizado a malha ferroviária. Estão previstos mais de mil quilômetros de lançamento para os próximos anos. Mesmo assim, a configuração do que está em operação é muito aquém do satisfatório. As estradas têm troncos abandonados, linhas sem manutenção, desvios inúteis”, destaca um graduado analista de um banco internacional, que não quis se identificar.
O problema é que o governo não tem e nem terá tão cedo condições de ampliar exponencialmente os investimentos públicos em infraestrutura logística. Com orçamento engessado e ênfase nos gastos com pessoal e custeio, não há margem para uma alta expressiva na taxa de investimentos. Sinal de que nem tão cedo sairemos do fim da fila.
Veja a situação do Brasil e de seus concorrentes:
Logística brasileira perde de longe para concorrentes
Na comparação com Rússia, China e Índia, Brasil tem a pior malha – seja em extensão, seja em qualidade – em quatro canais logísticos: rodoviário, ferroviário, hidroviário e de dutos
Extensão
(km quadrados) Rodovias
(km) Ferrovias
(km) Hidrovias
(km) Dutos
(km)
Rússia 17 milhões 1 milhão 87 mil 100 mil 247 mil
China 9,3 milhões 1,6 milhão 77 mil 110 mil 58 mil
Brasil 8,5 milhões 212 mil 29 mil 14 mil 19 mil
Índia 3 milhões 1,5 milhão 63 mil 15 mil 23 mil
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/brasil-precisa-triplicar-investimentos-para-melhorar-logistica
Situação é de calamidade na logística brasileira
25 de março de 2013
A supersafra de grãos que está sendo colhida no Brasil tem revelado uma situação preocupante na logística do país. Caminhoneiros estão esperando até 26 horas em filas que chagam a 30 km nas estradas que dão acesso ao porto de Santos, o maior da América Latina, até terem a carga liberada. O terminal está com a capacidade de receber carregamentos comprometida e até os navios estão sendo prejudicados, num ciclo que está trazendo prejuízos na ordem de R$ 115 milhões, somente para os agentes marítimos, segundo o Sindicato das Agências de Navegação Marítimas do Estado de São Paulo (Sindamar).
De acordo com dados do Ministério
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