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Palestra sobre Padrões de Interação Universidade- Empresa no Brasil

Por:   •  26/4/2015  •  Relatório de pesquisa  •  924 Palavras (4 Páginas)  •  276 Visualizações

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 Nome do aluno: Paula Rocha Machado

Tema: Palestra sobre Padrões de Interação Universidade- Empresa no Brasil

Palestrante: Professor do Instituto de Economia/UNICAMP, Renato Garcia.

A palestra ocorrida no dia 24/11 (segunda-feira), teve como base uma tese feita pelo palestrante e outros professores sobre os resultados de um questionário passado para as empresas sobre interação Universidade- Empresa que aconteceu tanto no exterior (exemplo, Estados Unidos) quanto no Brasil.

Ao começar a palestra, o professor enfatizou uma crítica às Universidades, que foi repetida diversas vezes ao longo de sua palestra, essa critica consistia em: A Universidade só olha para ela mesma, sendo incapaz de olhar para o ambiente externo. Muitas pessoas que devem ouvir essa crítica deve pensar que isso não é verídico, porque as universidades têm um papel importante no desenvolvimento do país, porém ela não faz isso porque ela quer ajudar a sociedade crescer ou porque necessita de dinheiro, ela faz por reputação e imagem, pois assim irá se destacar na mídia nacional e internacional, podendo ser colocada na lista das melhores instituições de ensino superior do mundo.

A análise do questionário mostrou que a universidade é uma fonte de conhecimento para as atividades inovativas em três campos:

  1. Formação de mão de obra: formar profissionais qualificados capaz de promover o desenvolvimento econômico;
  2. Pesquisa acadêmica (a principio, campo interno): para gerar novos conhecimentos;
  3. Interação universidade-empresa e, consequente, a ampliação da interação universidade-sociedade.

Tais pontos considerados acima fazem com que a universidade seja importante para o desenvolvimento tecnológico do país e que a interação citada no terceiro campo é um canal bilateral, pois há fluxos de compartilhamento do conhecimento da universidade para as empresas, entretanto a universidade também se beneficia dessa interação, tais benefícios são intelectuais, como o desenvolvimento de novos projetos coorporativos; surgimento de ideias para novos projetos de pesquisas; criação de novas relações de rede; e benefícios acadêmicos, por exemplo, treinamentos de pesquisadores, desenvolvimento de software e publicações de teses e dissertações. Além disso, novas capacitações e preocupações de pesquisas são geradas a partir da interação com as empresas.

Para saber como são esse tipo de interação no Brasil é necessário o reconhecimento das raízes históricas, pois é uma “estrutura herdada”. Assim, mesmo sabendo que houve uma industrialização tardia no Brasil, que a primeira instituição de ensino superior foi em 1934 (criação da USP) e herança colonial do país e que isso prejudicou e muito a existência tanto da interação Ciência & Tecnologia (C&T) quanto às interações Universidade- Empresa (U-E), esta última não são fracas quanto comparadas às interações U-E do outros países, porque a demanda tecnológica é diferente, ou seja, não esta relacionada a inovações radicais como nos países estrangeiros, mas relacionam-se á adaptação, ao melhoramento, ás mudanças incrementais e aos ajustamentos as especificidades locais.

Em relação às características das universidades que fazem esse tipo de interação, temos que as áreas mais interativas são as engenharias e as ciências agrárias, enquanto nos outros países são as engenharias e healthy science (ciência da saúde). Podemos supor que a segunda área mais interativa é diferente, pois o Brasil é reconhecido mundialmente por ser um grande exportador, principalmente de soja e minério de ferro. Percebe-se, também, pelo estudo, que grupos de pesquisa com melhor desempenho acadêmico interagem mais com as empresas (resultado idêntico ao de outros países), logo a interação não atrapalha as pesquisas nas universidades.

Levando-se em conta as características das empresas, não são apresentadas nenhuma diferença entre os resultados obtidos do Brasil com as dos outros países, em ambos as empresas que mais interagem são aqueles com elevada P&D e com elevada capacidade de absorção.

Outro ponto bastante relevante da interação no Brasil foi à elevada concentração dessas interações na região Sudeste e Sul do país, além da elevada coalocalização (40% das interações acontecem no mesmo município). Assim a distancia media dessas interações são baixas, pois empresas que estão próximas a fronteira de conhecimento procuram universidades com essas mesmas características e, geralmente, essas empresas e universidades estão próximas geograficamente, além de que para ter uma frequência dessas interações relativamente alta, é preciso a proximidade geográfica entre os componentes da interação.

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