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Para Uma Fenomenologia Hermenêutica

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Por:   •  22/8/2013  •  732 Palavras (3 Páginas)  •  727 Visualizações

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PARA UMA FENOMENOLOGIA HERMENÊUTICA

Paul Ricoeur, um dos filósofos mais importantes da contemporaneidade, toma como ponto de referência a fenomenologia até chegar na Hermenêutica.

Em seu texto ele nos aponta que o idealismo de Husserl não resiste à crítica hermenêutica pois essa fenomenologia questiona uma justificação última. Para Ricoeur é impossível haver uma exigência de radicalidade devido à condição ontológica da compreensão. O autor aponta também que é necessário distinguir a fenomenologia da psicologia pois ambas são muito paralelas e é necessário haver uma redução para distingui-las e uma conversão filosófica para separá-las. A partir do momento em que algo é existente, a natureza o anuncia como sendo e este algo se torna sentido.

Sendo necessário opor a hermenêutica ao idealismo husserliano para haver uma relação dialética entre tais concepções, é necessário falar de objetividade; é preciso haver uma pertença, ou seja, relação de inclusão entre um sujeito autônomo e um objeto adverso.

A hermenêutica abala a tese husserliana da descontinuidade entre o transcendental e o fundamento epistemológico. Para Heidegger, a pertença faz parte da linguagem do ser no mundo, enquanto para Gademer ela é o conflito entre o sujeito e o objeto. Devido à pertença é preciso haver a antecipação, a pré-compreensão. Duvida-se do que é transcendente e não da imanência, pois ela permite reflexão. Para o desenvolvimento da compreensão, faz-se necessário haver uma antecipação, ou seja, uma visão preliminar para interpretar os fatos. O sentido da interpretação então surge a partir dessa visão preliminar.

Em situações de conversação, usamos a língua das mais variadas formas possíveis, variando também o semântico, ou seja, o sentido das palavras de nossa fala, chegando a gerar ambigüidades e fazendo com que a interpretação seja dada pelo contexto. Estes valores comuns do discurso geram a compreensão entre os sujeitos, havendo assim, “um processo espontâneo de interpretação”. A explicitação, diretamente relacionada com a escrita, vai mais além porque ela nos convida a uma leitura plural. A partir do momento que o autor escreve, ele expressa seu objetivo que, pode ser interpretado adequadamente pelo leitor ou não. O texto torna-se autônomo e é diante dessa autonomia que o leitor faz as suas inúmeras e devidas interpretações. Essa concepção vai contra Husserl porque toda interpretação coloca o sujeito no meio (configuração) e nunca no fim. Para Gademar, deve-se haver uma mediação total.

O conhecimento do si (ser aí) é um diálogo da alma consigo mesma e pode ser reduzido à pertença, que deixa de ser uma pertença do mundo para ser uma pertença de si mesma. Dessa maneira, as distorções da comunicação passam a ser consideradas pela egologia e as ilusões da percepção são observadas pela constituição da coisa, incorporando assim a hermenêutica à crítica das ideologias na concepção do si pois interpretar é simplesmente aproximar o que está distante de nós.

A fenomenologia não pode se constituir sem um pressuposto hermenêutico. A fenomenologia encontra o conceito de interpretação nos vínculos do discurso, usando ainda meios como representação, elucidação e percepção. Para Ricoeur, Husserl indica a

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