Patrimonio Historico
Monografias: Patrimonio Historico. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: gouveaiago • 9/3/2015 • 1.078 Palavras (5 Páginas) • 667 Visualizações
O que é Patrimônio Histórico” é o título da obra de Carlos Alberto Cerqueira Lemos,
publicado pela editora Brasiliense, de São Paulo, 1981.O discurso de Carlos Lemos nos traz reflexões sobre o tema Patrimônio Histórico e sua preservação no Brasil, onde estudos e leis de preservação iniciaram tardiamente. PatrimônioHistórico não se resume apenas em cidades e monumentos importantes, mas reúne todo tipo dematerial que documente a memória e os costumes de uma época, de maneira que não se perca como tempo, assim como acontece com tudo que não é registrado.O livrinho, termo que o próprio autor diz a respeito de sua obra, é formado por seiscapítulos. No primeiro, Carlos Lemos reflete sobre o que é Patrimônio Cultural, trazendoreferências que subdivide o tema em três grandes categorias de elementos: recursos naturais,
conhecimento e bens culturais. O segundo capítulo, há um aprofundamento sobre “artefatos”: a
relação do homem e do meio ambiente com o objeto criado e construído. Em seguida vem a
questão: “Por que preservar?”, neste capítulo Carlos Lemos define o que é preservar e com
argumentos justifica a importância do assunto. Posto isso, parte-
se para outra indagação: “O que preservar?”, aqui o autor narra brevemente a preocupação preservadora na históri
a brasileira:quando iniciou, quais os pioneiros, os primeiros projetos e leis e suas respectivas abrangências, anegligencia por parte das autoridades e relato de algumas perdas de bens históricos. Adiante, o
“Como preservar?” interessa ao autor a conserv
ação de bens culturais arquitetônicos, CarlosLemos defendo o uso constante do edifício, de preferência satisfazendo o programa original comoforma de preservação. Além disso, nos traz referências internacionais a respeito do assunto. E porfim, encerra sua narrativa com indicações de leitura sobre o tema.Para reflexão do que é Patrimônio Cultural, Carlos Lemos apresenta a subdivisão, sugerida pelo professor francês Hugues de Varine-Bohan (1935), em três grandes categorias de elementos:os pertencentes à natureza (a natureza como um todo), ao conhecimento (técnicas e saber) e ao
grupo de bens culturais, este reúne “toda sorte de coisas, objetos, artefatos e construções obtidas a partir do meio ambiente e do saber fazer” (LEMOS, Carlos. p.10). O autor destac
a a atenção quedeve ser dada à relação entre as categorias citadas e o homem
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homem e natureza, saber e o
artefato, artefato e o homem, e assim por diante. Dessa forma, “um objeto isolado de seu contexto
deve ser entendido como um fragmento” (LEMOS, Carl
os. p.11)., quando isolado nada esclareceà respeito do vasto campo ao qual pertença.O Patrimônio Cultural de uma sociedade possui uma gama de objetos (artefatos) que lherepresentam. Os objetos possuem durabilidade distintas, alguns imediatas, outros prolongadas,alguns geram outros artefatos, como é o caso das ferramentas, outros ainda mudam o uso com o passar do tempo, podem sofrer alterações quando há o contato com diferentes culturas: comoocorreu dos índios com os portugueses
–
a arquitetura portuguesa teve de se adaptar às condições,
ao clima e aos materiais locais. Segundo o texto, para essa variedade, “nunca houve ao longo da
história da humanidade critérios e interesses permanentes e abrangentes voltados à preservação deartefatos do povo, seleci
onados sob qualquer ótica que fosse” (LEMOS, Carlos. p.21).
Preservaram-se artefatos da classe rica, bens diferenciados e que distorcem a memória coletiva, pois sendo excêntricos não possuem representatividade do cotidiano de um povo. A preocupaçãode se preservar a memória social iniciou apenas na segunda metade do século XIX.
“Preservar, diz o mestre Aurélio, é livrar de algum mal, manter livre de corrupção, perigoou dano, conservar, livrar, defender e resguardar” (LEMOS, Carlos. p.24), segundo o autor,
interessa ao âmbito do Patrimônio Cultural a aplicação de todas essas definições.
Lemos justifica o “por que preservar” como o dever de garantir o entendimento de “nossa
memória social preservando o que for significativo dentro de nosso vasto repertório de elementos
componentes do Patrimônio Cultural” (LEMOS, Carlos. p.29). Naturalmente cada grupo dasociedade resguardará o que lhe é de interesse, cada qual em seu campo de atuação. “São tantos
os patrimônios quantas são inúmeras compartimentações da socieda
de e seus interesses” (LEMOS,
Carlos. p.32).A preocupação de se preservar no Brasil, teve início tardio e de certa forma individual, emalguns mecenas colecionavam objetos de arte. Em
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