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Paulo Freire- A Importância Do Ato De Ler

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Por:   •  15/10/2013  •  680 Palavras (3 Páginas)  •  2.112 Visualizações

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Resumo do Livro: A importância do Ato de Ler (Paulo Freire)

Freire, Paulo, 1921 – A importância do ato de ler: em três artigos que se completam / Paulo Freire. –São Paulo: Autores Associados: Cortez, 1989. (Coleção polêmicas donosso tempo; 4)

Introdução

O livro de Paulo Freire, “A Importância do Ato de Ler”, constituído por três artigos que se completam, é apresentado em uma palestra sobre a alfabetização de adultos e de bibliotecas populares, onde o autor trás a temática da leitura, discutindo sua importância, como ela deve ser e de que forma ela se dar no processo da alfabetização. Dentro de um contexto crítico e analítico ele relata e discute sua experiência de alfabetização e pós-alfabetização de adultos na República Democrática de São Tomé e Príncipe.

Em “A Importância do Ato de Ler”, Paulo Freire afirma que a leitura do mundo é anterior a leitura da palavra e que todos traz consigo sua experiência de vida para compor esta leitura, mesmo a criança tem suas imaginações e suas afeições que também vai ajudar na composição dessa leitura. Em um discurso maravilhoso, ele relata aspectos de sua infância e de como ele chegou ao seu processo de alfabetização.

Enfatiza a importância de se fazer uma leitura crítica, e que o gosto pela leitura se desenvolve na medida em que os conteúdos sejam de acordo com o interesse e necessidade do leitor.

Para Freire falar, de alfabetização de adultos e de biblioteca populares é falar, entre muitos outros, do problema da leitura e da escrita. Não da leitura de palavras e de sua escrita em si próprias, como se lê-las e escrevê-las, não implicasse uma outra leitura da realidade mesma. A prática da alfabetização deve se dar de maneira crítica em oposição a ingênua e à astuta. Do ponto de vista crítico é tão impossível negar a natureza política do processo educativo quanto negar o caráter educativo do ato político. Quanto mais ganhamos esta clareza através da prática, mais percebemos a impossibilidade de separar a educação da política e do poder. O que temos de fazer então, enquanto educadoras ou educadores, é assumir a nossa opção que é política, e ser coerentes com ela na prática e entender que não é “o discurso o que ajuíza a prática, mas a prática que ajuíza o discurso”. Quem apenas fala e jamais ouve; quem “imobiliza” o conhecimento e o transfere a estudantes, quem ouve o eco, apenas de suas próprias palavras, quem considera petulância a classe trabalhadora reivindicar seus direitos, não tem realmente nada que ver com a libertação nem democracia, pelo contrário, quem assim atua e assim pensa consciente ou inconsciente, ajuda a preservação das estruturas autoritárias. Só educadoras e educadores autoritários negam a solidariedade entre o ato de educar e o ato de ser educado pelos educandos. É na intimidade das consciências, movida pela bondade dos corações, que o mundo se refaz, e, já que a educação modela as almas e recria corações ela é a alavanca das mudanças sociais.

Neste ensaio, ele apresenta vários textos dos Cadernos de Cultura Popular, que vêm sendo usados pelos educadores, também chamados de animadores, como livros básicos na construção do processo de alfabetização e pós-alfabetização.

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