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PROJETO INDISCIPLINA E CONVIVÊNCIA

1. TEMA: In(disciplina) e Boa Convivência

2. JUSTIFICATIVA

Atualmente, um dos grandes desafios para os educadores é enfrentar a indisciplina nas salas de aula. Como fazer? O que fazer? Não existem receitas prontas, o que vale é promover situações em que frente aos conflitos usemos a sabedoria de dialogar e ter coerência nos procedimentos.

Este projeto será desenvolvido na escola para que juntos enfrentemos a indisciplina e a carência de valores morais e limites por parte dos alunos.

Sabemos que grande parte dos comportamentos indisciplinados estão relacionados a questões familiares, isto é, à falta de imposição de limites por parte dos pais. Grande parte desses pais atribuem à falta de tempo a dificuldade de educar seus filhos, que quando presentes tem dificuldade de dizerem “não”, outros apesar de pais presentes, são órfãos de pais vivos, pois não0 querem se indispor com seus filhos sendo bastantes permissivos.

Neste sentido a escola se propõe a trabalhar com questões relacionadas ao ensino e aprendizagem de valores morais para a boa convivência dos alunos, no qual serão realizadas diversas atividades para a melhor relação do professor-aluno.

3. OBJETIVOS

1. Objetivo Geral

Promover reflexões sobre situações de conflitos contribuindo assim para construir um ambiente harmônico entre alunos, professores e funcionários através da boa convivência.

2. Objetivos Específicos

• Promover situações de diálogo e construção do respeito com o outro.

• Incentivar o cumprimento das regras da escola e sala de aula.

• Propor situações desafiadoras em que a participação nas decisões seja efetivada.

• Dar voz aos alunos para que sejam respeitados e aprendam a respeitar.

• Abrir espaços aos alunos para discussões dos conflitos.

• Interiorizar a importância de demonstrar valores para facilitar os relacionamentos.

• Promover a autoridade do professor através do diálogo e da construção do respeito ao próximo.

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Estamos vivendo um novo contexto, influenciado por mudanças políticas, sociais, econômicas e culturais, a escola assume um papel diferenciado na sociedade.

Os professores têm mais acesso as formações de aperfeiçoamento. Os alunos, por sua vez, têm liberdade de questionarem, tirar suas dúvidas e se posicionarem.

Atualmente, existe um maior incentivo da família quanto aos estudos e uma quantidade de recursos que facilitam a aprendizagem. Porém nem todos conseguem utilizar esses recursos de forma crítica.

O papel do professor na escola está mais abrangente, devendo estar atento a capacidades cognitivas, físicas e afetivas. Tendo um compromisso maior com o projeto pedagógico e com a motivação de seus alunos.

Um dos problemas que enfrentamos nas escolas é a indisciplina dos alunos nas salas de aula. A causa da indisciplina poderia ser atribuída a falta de imposição de limites por parte dos pais, ou ainda pela falta de valores ou do enfraquecimento do vínculo com a moralidade.

Segundo Rocha(1996, p 388), “indisciplina é a falta de disciplina que significa: regime de ordem imposta ou livremente consentida, a ordem que convém ao funcionamento regular de uma organização”.

A falta de disciplina dos alunos se comprova com o desinteresse aos estudos, com alunos muito falantes, descomprometidos, que ignoram a presença do professor, não respeitam os professores e alunos, sem noção de limites.

Sabemos que certos comportamentos indisciplinados estão relacionados a falta de valores morais e ninguém nasce indisciplinado.

O comportamento indisciplinado resulta de inúmeras influências que a criança recebe ao longo de seu desenvolvimento, que não estão alheias a família ou a escola, pois o aluno participa de diferentes contextos sociais e tem diferentes aprendizagens.

Inúmeros são as causas da indisciplina dos alunos nas escolas, algumas a escola pode ajudar a resolver e outras necessitam de profissionais especializados.

Segundo Vasconcellos (p.8, 1998) “Sempre que pensamos em disciplina, logo nos vem à mente as idéias e limites (restrições, frustrações, interdição, proibição, etc) e de objetivos (finalidade, sentido de limite colocado). A nosso ver, a crise da disciplina escolar hoje está associada justamente à crise de objetivos e de limites que estamos vivendo.”

O aluno não consegue ter objetivos em relação aos estudos, questiona “para que estudar?”. Não vêem sentido em ter conhecimento, não conseguem imaginar seu futuro, falta perspectivas.

Quanto aos limites, as famílias também estão perdidas, em crise, assim o problema se reflete na escola.

Discutir o sentido ético da convivência humana nas relações faz com que o aluno faça uma reflexão sobre suas escolhas. O que é certo e o que é errado nas relações sociais e práticas pessoais.

Os valores morais e éticos orientam as ações na sociedade. Nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNS) o tema ética é um dos Temas Transversais, que tem como preocupação em trazer valores éticos ao Ensino Fundamental, porque a escola tem um papel importante na formação da criança, por isso a necessidade de trabalhar valores éticos.

É importante desenvolver um projeto sobre valores éticos, para que os alunos tenham a capacidade de analisar os diversos valores presentes no meio social e na construção dos princípios que regem a convivência humana.

O professor tem um papel de suma importância, pois ele é que cria espaços para diálogo, inova as aulas, sendo mediador pedagógico nas relações interpessoais.

Isto se confirma com Engers (2000, p.298) que diz: “...as relações interpessoais são muito importantes para que o aluno compreenda o valor da escola...”

É necessário que a escola proporcione momento de coletividade para resolver seus conflitos, baseado nos princípios éticos, desde o primeiro ano escolar, pois Ética de aprende na prática, as questões ligadas à moral e à vida devem ser tratadas como conteúdos.

O trabalho em relação à indisciplina,