Pesquisa Bibliografica

Por muito tempo o ser humano registrou seus conhecimentos apenas em sua memória. Desta maneira, ele só o transmitia seus conhecimentos oralmente, através da fala. Essas sociedades de tradição oral não possuíam outros meios de armazenamento do conhecimento que não fosse a própria a memória.

Com o desenvolvimento da escrita e das técnicas de impressão, o homem passou a registrar seus conhecimentos e a armazená-los fora da sua mente. Essa grande quantidade de informação concedeu aos pesquisadores um volume enorme de materiais para a investigação.

A pesquisa bibliográfica surge como uma metodologia que possibilita a análise do conhecimento publicado. Ela é extremamente importante para a pesquisa. Faz parte da pesquisa bibliográfica, além da busca de livros, a análise de documentos e de dados já coletados em outras pesquisas.

A literatura a ser revisada pode ser indicada pelo orientador. Porém, cabe ao próprio pesquisador inserir as suas escolhas bibliográficas. Existem cinco passos fundamentais para o desenvolvimento da pesquisa bibliográfica. O primeiro passo consiste em identificar o tema e os assuntos que serão analisados. Nesse momento inicial é importante delimitar o tema de estudo, afunilá-lo e se possível dividi-lo em subtemas. Essa subdivisão irá estabelecer os limites do referencial teórico, tornando a seleção bibliográfica mais precisa.

Os subtemas são compostos por uma lista de termos gerais e termos específicos sobre o assunto, bem como por palavras-chaves, que servirão como um guia que mapeará a busca bibliográfica. Esta análise possibilita uma revisão das ideias iniciais sobre o assunto.

Outra ação importante na investigação bibliográfica é a ampliação dessa busca para literatura estrangeira. Para tanto, é necessário traduzir os termos utilizados para outras línguas, geralmente inglês, espanhol e francês, sempre atentando para o fato de que um termo pode ter significados diferentes em outros idiomas.

O segundo passo da análise bibliográfica é a seleção das fontes. Primeiro desenvolvemos uma lista na qual estão inseridos todos os documentos importantes para a investigação. A primeira fonte de indicação bibliográfica é o próprio orientador da pesquisa. Ele indicará a bibliografia básica e fundamental para o desenvolvimento da revisão literária. Além da bibliografia básica, existe a bibliografia secundária. Alguns exemplos de bibliografia secundária são as bibliografias especializadas, os sites de busca bibliográfica, os catálogos de biblioteca e os catálogos da editoras. A busca da bibliografia secundária deve ser realizada através das palavras-chaves. Após selecionar o material, o pesquisador deve criar uma lista de referências do material escolhido.

O terceiro passo é a localização e obtenção do material biliográfico através do empréstimo em bibliotecas, aquisição em livrarias e sebos ou através do acesso ao Programa de Comutação bibliográfica (COMUT) do Instituto Brasileiro de Informação Científica e Técnologia (IBICT). Esta é uma importante ferramenta de busca que disponiliza cópias de artigos e periódiócos.

O quarto passo envolve a leitura e a transcrição dos dados presentes nos documentos. Nesta fase é importante identificar a importância das referências analisadas e direcioná-las para a parte do trabalho em que elas melhor se encaixam. O quinto passo é a elaboração de um resumo de todas as obras com a inserção do ponto de vista do pesquisador.

A entrevista é uma das metodologias mais utilizadas com o objetivo de compreender os hábitos e costumes do ser humano. A entrevista em profundidade é uma das técnicas de entrevista existentes, que busca informações, impressões, percepções sobre um determinado assunto a partir da aplicação de questões amplas. As respostas captadas por esse tipo de entrevista são subjetivas, dão abertura para o entrevistado emitir sua opinião. Portanto as perguntas permitem a exploração do tema, aprofundam o assunto e são capazes de identificar problemas, juízos de valor, padrões e hábitos. Geralmente elas são realizadas individualmente ou, em alguns casos, com dois entrevistados ao mesmo tempo. Essas pesquisas podem ser abertas, semiabertas e fechadas, que correspondem respectivamente as questões não-estruturadas, semiestruturadas e estruturadas.

A entrevista aberta não segue uma sequência de questões previamente determinadas e não sugere respostas padronizadas. O entrevistado tem liberdade para expressar as suas opiniões e pontos de vista. As perguntas vão se construindo de acordo com as respostas. Em muitos casos, a pesquisa aberta é aplicada como um procedimento para a elaboração de roteiros estruturados ou semiestruturados. A entrevista semiaberta possui um roteiro de questões-guia com até sete questões. As perguntas são abertas, amplas e flexíveis. A lista de questões-chave não é fixa, ou seja, pode ser adaptada ao longo das entrevistas. A vantagem desse modelo é que o pesquisador pode desenvolver