Pim - Logistica
Por: Ana Carolina Carvalho • 6/8/2015 • Trabalho acadêmico • 3.407 Palavras (14 Páginas) • 2.273 Visualizações
INTRODUÇÃO
A etapa correspondente a este trabalho tem por objetivo proceder ao enfoque da Cadeia de Suprimentos e Planejamento da Produção como elementos fundamentais da estruturação logística, aplicada à empresa parceira já anteriormente adotada como modelo de análise para aplicação dos conceitos desenvolvidos no contexto deste Curso de Logística.
De forma complementar, também será abordada a aplicação de sistemas informatizados na gestão integrada das diversas áreas envolvidas nas operações corporativas, buscando estabelecer uma visão sistêmica e abrangente da empresa como negócio integral.
A Dalila Produtos Saneantes Ltda., como empresa parceira acima definida, tem dado foco em sua reestruturação organizacional desde início de 2014, com o objetivo de busca de eficiência e introdução de boas práticas de gestão em seus diversos setores internos, porém tendo o cuidado de programar paralelamente uma estruturação de dados e informações, integrados através de um sistema informatizado, cujo principal objetivo é agregar eficácia à análise operacional e consequentes tomadas de decisão.
Esta empresa, estabelecida desde 1978, atua no segmento de produtos saneantes e de limpeza doméstica, tendo adotado uma política de crescimento a partir de 1997, levando à ampliação e diversificação de seu parque industrial, com forte direcionamento para a prestação de serviços de industrialização de produtos para terceiros.
Dentre vários investimentos adotados faz parte a implantação de um sistema ERP, operado a partir de qualquer ponto de acesso à internet através da arquitetura de sistema “in cloud” [1]
Pelo conjunto dessas práticas torna-se cada vez mais necessária a aplicação de um sistema informatizado que suporte a estruturação, resgate e aplicação dinâmica dos diversos níveis de informação nas operações cotidianas da empresa.
Pensando assim a empresa parceira adotou um primeiro sistema integrado no início dos anos 2000, dando o primeiro passo na instituição de uma estruturação de suas informações. Na sequência, com o advento da integração eletrônica de dados junto aos órgãos governamentais da Fazenda, nos âmbitos municipal, estadual e federal, tornou-se necessária a adequação do sistema para atendimento às exigências do SPED[2] Fiscal e Contábil, bem como para a aplicação da Nota Fiscal Eletrônica (NFe).
SISTEMATIZAÇÃO
A utilização de sistemas de gerenciamento eletrônico de dados e informações, enquanto ferramenta de gestão, passou a ter participação fundamental na estruturação operacional das empresas, permitindo mais integração entre os diversos departamentos e eficiência no desenvolvimento de atividades interligadas.
As atividades no segmento industrial, seja na produção para o consumo quanto na prestação de serviços de terceirização, caracteriza-se pelo grande número de clientes e seus respectivos itens de manufatura a serem controlados e inventariados periodicamente. Além disso as legislações e regras de controle fiscal determinam uma vasta gama de procedimentos e controles, tanto internos quanto externos ao ambiente corporativo.
INTEGRAÇÃO DE INFORMAÇÕES
O encadeamento das informações geradas e manipuladas nas atividades de uma empresa é o grande desafio organizacional cotidiano, pois envolve operações multidisciplinares exercidas por grande número de colaboradores de forma dinâmica e sequencial.
Esse comportamento e necessidade das organizações já vem sendo estudado há muito tempo, principalmente com o advento da moderna indústria automobilística, resultando no conceito de estruturação de produtos e controle de materiais, que evoluíram para a ideia de integração de informações e sistemas de integração denominados por ERP.
A função básica de um sistema ERP (Enterprise Resource Planning – Planejamento de Recursos da Empresa) é integrar as informações provenientes das diversas áreas gestoras de uma organização, buscando uma otimização do fluxo de trabalho e, consequentemente, aumentar a eficiência e eficácia das atividades envolvidas para a obtenção de melhor resultado operacional.
Os sistemas ERP’s surgiram nos anos 1990 como evolução das práticas de MRP – Materials Requirement Planning (Planejamento de Materiais - anos 1970) e MRP II – Manufacturing Resource Planning (Planejamento dos Recursos de Manufatura - anos 1980), a partir do avanço tecnológico da computação e processamento eletrônico de dados.
A atividade central deste aplicativo constitui-se na interação de um Plano Mestre de Produção (MPS) e as respectivas Estruturas de Produto (Bills of Materials – Listas de Materiais), conjugando a etapa de Planejamento, tanto de materiais quanto de recursos de produção (máquinas, mão de obra e prazos).
Com a disseminação da internet, e seus decorrentes campos de aplicação na comunicação via WEB, os sistemas integrados ERP passaram a comunicar-se entre si, formando uma rede de comunicação entre sistemas das empresas, agilizando ainda mais o compartilhamento de informações comuns nas operações corporativas, constituindo a base de tecnologias como B2B – Business to Business (Negócio para Negócio), CRM – Customer Relationship Management (Gerenenciamento das Relações com Clientes) e EDI – Electronic Data Interchange (Intercâmbio Eletrônico de Dados).
Complementarmente, na gestão produtiva, são comuns as aplicações de programas anexos ao ERP dedicados exclusivamente ao planejamento e controle da produção e seus recursos, interagindo diretamente com o sistema integrado central. Essas aplicações, denominadas por APS – Advanced Planning Scheduling (Planejamento e Programação Avançados), implementam a capacidade de integrar os diversos níveis de planejamento fabril, quais sejam, estratégico e tático (planning) e operacional (scheduling).
APLICAÇÃO
A empresa Dalila Produtos Saneantes Ltda está em fase final de implantação de um novo sistema integrado ERP, que será aplicado no contexto da atual estrutura organizacional revisada, conforme apresentado a seguir.
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