Pitanga
Casos: Pitanga. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Scheffer • 6/3/2015 • 1.896 Palavras (8 Páginas) • 246 Visualizações
PITANGA
Trabalho apresentado à Disciplina de Patrimônio Turístico pelas alunas Foka Eline Jeannette Scheffer
Maria Cecilia Piccoli
Marly Zablonki
SETEMBRO - 2014
PITANGA
Há muitas discussões em torno da razão para o nome da cidade de Pitanga. O seu significado é de origem tupi (ubapitanga) e quer dizer "fruto vermelho da pitangueira", mas o porquê de batizar a cidade com esse nome ainda é uma lenda que perdura.
Alguns dizem que quando os colonos acampavam nesta região, se "hospedavam" onde hoje é o cemitério municipal, e lá ficam à sombra de uma pitangueira; outros contam que quando os colonos estavam chegando na região avistavam no alto de uma serra três árvores de pitanga.
A região era totalmente habitada por índios de diversas tribos. Os índios viviam do trabalho comunitário, todos trabalhavam por todos. O trabalho da tribo era realizado por todos, mas com uma divisão por idade e sexo. As mulheres eram responsáveis pelo plantio, colheita e preparo dos alimentos, e cuidavam das crianças. Os homens eram responsáveis pela caça, pesca e a guerra. O cacique e o pajé têm funções diferentes na tribo: ambos não trabalham como os outros índios - caçando, pescando ou guerreando. O pajé era uma espécie de líder espiritual, recebia mensagens dos deuses e repassava para tribo; também era conhecedor das ervas e chás medicinais. O cacique era responsável pela organização da tribo e orientação dos índios.
A chegada dos colonos
Por volta de 1900 já se encontram sinais de moradores nesta região. A região de Pitanga abordava o que hoje é o município de Campo Mourão e o de Guarapuava.
Em meados de 1910 foi erguida a primeira capela em homenagem a Santa Ana.
Na região onde realmente fica Pitanga hoje, só começaram a existir moradores a partir de 1914, que vieram da região de Prudentópolis, "…trazendo a Pitanga seus corações cheios de esperança…Venceram grandes atoleiros para chegar em carroções puxados por 6 ou 8 cavalos, carregando seus pertences, sementes, mantimentos e família" (Terezinha Aguiar Vaz,Lendário Caminho do Peabirú na Serra da Pitanga, 2002, p. 77).
O acesso que dava ao Mato Grosso do Sul era feito através de Pitanga. Pitanga alguns anos após se torna região criadora de porcos, que são tocados a cavalo para Ponta Grossa.
Por volta de 1918 já há casas comerciais na região de Pitanga, o que reflete que em poucos anos a cidade se desenvolvera. Também desta época há dados da existência de ferreiros, carpinteiros, marceneiros, sem contar que já existia um posto policial.
Por volta de 1923, foi criada uma lei que privava os índios de algumas terras no Paraná, ou seja desapropriaram. Os jornais da época faziam apologia para a "extinção do aldeamento São Jerônimo, cujas terras foram disputadas pelos importantes políticos paranaenses e fazendeiros. A liberação de terras indígenas a políticos locais, reduziu suas reservas no Paraná e contribuiu para os conflitos, entre índios e colonos na Serra da Pitanga".
Por decreto nº 294 de 17 de abril de 1913, os índios perderam as terras na margem direita do rio Ivaí, em favor dos colonos, e os índios foram obrigados a ir para a margem esquerda do rio, o que causou grande revolta na comunidade indígena. "150 índios Kaigangs atacaram Pitanga, sua antiga sede, dançando na Igreja que depois foi incendiada. Mataram Manoel Alves Lourenço e sua esposa Geraldina que estava grávida… Os índios entraram para tomar Pitanga. Manoel A. Lourenço chamou a família dizendo: - Vamos sair porque essa gente não reza e foi pegar os cavalos. Aí encontrou o índio Tocaio, seu conhecido, porque os índios eram de dentro da sua casa e falou: - Tocaio, deixo tudo, a casa está aberta, pegue o que quiser, mas os índios o degolaram e cortaram a barriga de Geraldina que estava grávida. Foi o começo de tudo." (T.A.Vaz,op. cit, pp. 87 e 88)
A história oficial conta que os índios depois que invadiram Pitanga, foram dançar dentro da Igreja e depois atearam fogo nela. Segundo alguns moradores, a história foi um pouco diferente, pois na verdade segundo eles, os índios revoltosos foram encurralados na Igreja e fechados, o conflito terminou com muitas vidas perdidas, tanto para os índios quanto para os colonizadores.
Por volta de 1940, Pitanga já tinha aproximadamente 13.000 habitantes e já havia em seus arquivos aproximadamente 2.000 registros de nascidos na “cidade”. Dessa forma, notamos que a região estava crescendo rapidamente e com isso a demanda comercial também aumentou. Para se ter uma ideia, nesta mesma época Pitanga exportava porcos para Ponta Grossa, animais que pesavam em torno de 90 kg, alguns se referem a 120 a 130 kg. A quantidade de porcos por viagem é incerta, mas de acordo com alguns dados que temos em algumas viagens chegaram a 500 porcos, tendo-se em vista viagens quinzenais para Ponta Grossa, pode ter-se uma ideia das proporções de lucros obtidos nesta época por alguns granjeiros.
As pessoas que não tinham condições econômicas suficientes nesta época também tiveram sua participação na história do município. Não se pode dizer que a vida dos moradores ou tropeiros era difícil, pois era esta a realidade daquele momento. Não diferente de outras cidades brasileiras, Pitanga foi uma cidade colonizada por europeus de vários países diferentes. Aos poucos foram chegando ucranianos, poloneses, italianos, alemães, e mais alguns com menor participação no desenvolvimento social. Por isso hoje se explica a diversidade cultural encontrada em Pitanga, com danças, músicas, arquiteturas e alimentação típicas de cada grupo.
Pitanga só se municipalizou em 1944, mais precisamente no dia 28 de Janeiro. O primeiro presidente da Camara Municipal foi o Sr. Otaciano Luiz Cunha.
Geografia
Possui uma área de 1.663,747 km² representando 0,8347 % do estado, 0,2952 % da região e 0,0196 % de todo o território brasileiro. Localiza-se a uma latitude 24°45'25" sul e a uma longitude 51°45'39" oeste, estando a uma altitude de 952 m. Sua população estimada em 2005 era de 34.607 habitantes. Possui solo argiloso roxo distrófico.
Turismo
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