Política - Conceitos
Abstract: Política - Conceitos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: darlanreis • 14/11/2014 • Abstract • 3.383 Palavras (14 Páginas) • 307 Visualizações
Política – Conceitos
Histórico:
A política, como área do pensamento, é de remota tradição, se com o termo englobarmos os filósofos da política, os pensadores políticos, outros estudiosos da área das Ciências Sociais que iniciaram um estudo sistemático do fenômeno político, a exemplo de Aristóteles, Platão, Santo Agostinho, Maquiavel, Hobbes e tantos outros. Todavia, com a específica denominação de Ciência Política, no geral, quer-se referir a uma área do conhecimento que se institucionalizou no âmbito acadêmico anglo-saxão, particularmente nos Estados Unidos, com desdobramentos nos países desenvolvidos da então Europa Ocidental, chegando, em seguida, aos países do chamado Terceiro Mundo.
O estímulo ao desenvolvimento da Ciência Política dar-se-ia já à época da Primeira Guerra Mundial e, principalmente, ao final da Segunda Guerra Mundial. Nesse período, os EUA assumiram a posição de nova potência hegemônica mundial e, nos organismos internacionais, no âmbito das Nações Unidas, passaram a irradiar sua influencia. As missões de manutenção da paz e a preservação ou construção da democracia, em nome da qual o país participara da guerra, eram elementos que contribuíam para aumentar a demanda de especialistas na área da Política, o que fez proliferar cursos da disciplina de Ciência Política em universidades norte-americanas.
Objeto:
O objeto da ciência política são os fatos ou fenômenos políticos, que são conceituados como: fato, ato ou situação concernente à formação, estrutura e atividade do poder do Estado. (Darcy Azambuja)
Conceito:
Ciência Política é o estudo da política, dos sistemas políticos, das organizações políticas e dos processos políticos. Envolve o estudo da estrutura (e das mudanças de estrutura) e dos processos de HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Governo" \o "Governo" governo, ou qualquer sistema equivalente de organização humana que tente assegurar segurança, justiça e direitos civis. Os cientistas políticos podem estudar instituições como HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Corpora%C3%A7%C3%A3o&action=edit" \o "Corporação" corporações(ou empresas, no Brasil), uniões (ou sindicatos, no Brasil), HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja" \o "Igreja" igrejas, ou outras HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o" \o "Organização" organizações cujas estruturas e processos de ação se aproximem de um governo, em complexidade e interconexão.
Disciplina que dedica-se ao estudo dos fenômenos políticos. Avançando sobre esta definição básica, podemos associar a ciência política ao campo de estudos sobre governo, em todos os níveis, suas instituições e atores (políticos). De fato, é no contexto do aparato estatal que a política se torna mais visível. Porém, a atividade política é geral, ocorrendo em todas as organizações, sejam elas empresas, sindicatos, igrejas, etc.
Para Mário Lúcio Quintão Soares a Ciência Política é concebida como conhecimento ordenado, racional, objetivo e metódico de uma realidade política, a ser recepcionado pela Teoria do Estado, permitindo-se se saber se é possível, e de que modo, o Estado deve atuar em mundo globalizado como uma estrutura real e histórica.
Objetivo:
A Ciência Política preenche uma função essencial, que é a de ajudar os cidadãos a adquirir melhor compreensão dos fenômenos políticos e, assim, exercerão maior influência sobre sua comunidade e sobre a sociedade como um todo. Quanto ao estudioso, a ciência política reserva uma valiosa gama de referenciais teóricos, pois não há produção científica sem teoria, e o pensamento político clássico e contemporâneo, fornece ferramentas importantes para entender e explicar o complexo mundo social.
Para Darcy Azambuja, o objetivo mor da Ciência Política é a procura da verdade.
Ciência Política e as dificuldades terminológicas:
A ciência política é indiscutivelmente aquela onde as incertezas mais afligem o estudioso, por decorrência de razões que a crítica de abalizados publicistas tem apontado à reflexão dos investigadores, levando alguns a duvidar se se trata aqui realmente de ciência.
Quais são essas razões?
* Caráter movediço e oscilante do vocabulário político;
* As variações semânticas dos termos de que se serve o cientista social de país para país, com as mesmas palavras valendo para os investigadores do mesmo tema, coisas inteiramente distintas, como, por exemplo, a palavra democracia, a que se emprestam variadíssimas acepções.
* A expressão Estado, devido as incertezas e objeções, apresentadas por diversos estudiosos da área, quanto à determinação exata do significado de que se reveste.
* Apresentar um conceito simples e inteligível, claro, sobre governo, nação, liberdade democracia, etc.
* Variações de um país para o outro, até mesmo na prática de um mesmo regime político; ou de um a outro século de uma ou outra geração.
* Dificuldade do observador neutralizar-se perante o fenômeno que estuda, para daí retirar conclusões válidas, lícitas, imparciais, objetivas, que não sejam frutos de inclinações emocionais, ou de juízos pré-formados na mente do observador.
* Realidades apresentadas em épocas distintas
O material de que se serve o cientista social cria pela extrema mutabilidade de sua natureza, não somente óbices quase invencíveis ao estudioso, como torna penosíssimo senão impossível o reconhecimento da Ciência Política.
Portanto, onde entram atos e sentimentos humanos, só a consideração despretensiosa dos aspectos históricos, jurídicos, sociológicos e filosóficos, ontem e hoje, neste ou naquele Estado, dará à problemática política da sociedade o aproximado teor de certeza, tomando em conta a medida contingente das verdades que se extraem do comportamento dos grupos e da dinâmica das relações sociais.
Prisma filosófico:
Tem-se a filosofia como o estudo que se caracteriza pela intenção de
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