Pratica Pedagógica

Prática pedagógica, aprendizagem e avaliação em Educação a Distância

Princípios Educacionais, Definições, Histórias e Abordagem da Educação á Distancia.

Partir de estudos e pesquisa realizados nos últimos 15 anos de trabalho destacam os princípios educacionais: a comunicativa, a colaboração, acessibilidade e a equidade.

A autonomia trata-se da habilidade de se responsabilizar por sua própria aprendizagem de acordo com o nível de ensino, partir de um plano de estudo com recursos necessários. Sua concepção segundo Piaget nos traz dois pontos de vista: o ponto de vista moral que considera a criança como um ser capaz de tomar decisões por si própria, ou seja, considerando todos os fatores para tomar a melhor decisão. Já Autonomia intelectual refere-se a construção de suas próprias conclusões baseadas no seu conhecimento.

O desenvolvimento da Autonomia deve envolver o planejar dos professores para que o estudante possa acompanhar de forma significativa, agregando assim, valores ao seu desempenho pessoal, social e profissional.

A ação comunicativa, seja ação discente sofreu com o passar dos anos uma transformação importante, diante dos alunos. Fazendo-os perceber que questionar não é só em momentos de insatisfação, e sim em todos os outros, sendo que neste momento, se o aluno compreender que seus questionamentos são necessários, estaremos formando alunos proativos e pesquisadores.

A colaboração é a base de uma sólida e produtiva educação e ambos são essenciais para a realização de um projeto onde se espera uma construção conjunta em qualquer atividade humana. Assim, na educação escolar, a colaboração também é fundamental, e deve estar presente na parceria entre professores e professores, professores e alunos e entre alunos e alunos.

Tanto na Educação a Distância quanto na Educação Presencial é preciso articular- se para que as atividades fortaleçam a coesão social de modo que os estudantes colabore uns com os outros em suas aprendizagens.

Acessibilidade é um direito que o aluno tem no processo escolar, onde os materiais sejam pedagogicamente acessíveis aos diferentes estilos de aprendizagem, estando disponíveis aos alunos para uso efetivo.

A equidade é considerada como base nas dimensões educacionais, socioeconômica, de gênero e de raça, baseando as superações das condições de desigualdade. Assim a integração de todos os princípios educacionais e fundamentais fazem-se necessários para um processo de ensino de qualidade ao aluno na EAD.

A EAD é constituída pelo currículo onde é levada em conta o conhecimento em todos âmbitos sobre o aluno, envolvendo um sistema de avaliação formativa e somativa através do suporte de materiais didáticos.

Para construção da EAD também necessitamos de uma cultura organizacional que promova a formação e a fundamentação sobre valores através dos recursos humanos sendo assim definido em um sistema de informações as formas que possibilitem o ensino aprendizagem na educação à distância.

A definição do próprio sistema com a participação dos recurso humanos que iram desenvolve-lo é fundamental, isto é, coordenadores, técnicos, designers, professores nas diferentes funções de autoria, docência e tutoria precisam ter interlocução antes, durante e depois do curso.

Nos princípios educacionais na EDA encontramos a interação a distância que refere-se a relação entre professores e alunos no processo ensino aprendizagem que não compartilham do mesmo espaço físico-temporal. A Interação social comunicativa que inclui interações entre os diferentes participantes do processo ensino aprendizagem como: professor, tutor e alunos, sendo que ela se aproxima da colaboração pois é planejado entre pessoas que estabelecem objetivos comum.

Na década de 1960 até meados de 1998 a Inglaterra apoiou o projeto Open University (Universidade Aberta) que objetivava oferecer educação oferecer educação de qualidade aos adultos, apoiada pelas tecnologias de comunicação. Em 1970 surgiu no Canadá a primeira universidade virtual, na qual o conhecimento era transmitido por radiofusão, tendo sido incorporada outras mídias como: impressa, o telefone, o vídeo e a teleconferência.

Educação a distância é aprendizado planejado que ocorre normalmente em lugar diferente do local de ensino, exigindo técnicas especiais de criação de um curso e de instruções e comunicações por meio de várias tecnologias e disposições organizacionais e administrativas especiais.

Porém, quando falamos de educação, não estamos nos referindo apenas a ensinar ou a aprender, mas a um processo de dois lados: ensinar e aprender. Constatamos que a ênfase vai se deslocando das tecnologias para a aprendizagem.

O ano de 1904 foi considerado o marco inicial no Brasil, sendo que durante as décadas de 1920 e 1930 Edgard Roquette Pinto, Venerando Graça e Fernando de Azevedo trouxeram mudanças e reformas para o projeto de educação através do cinema educativo e da rádio-escola.

Nos primeiros anos na década de 1990 o EAD começou a traçar novas formas mais interativas de meios para comunicação, através de matérias inovadores como: salas de bate-papo, correios eletrônicos, teleconferências etc, como apoio ao aluno. Nos últimos 15 anos, algumas experiências em EAD foram consolidadas e propiciaram pesquisas e produções de conhecimento. O EAD era baseado em uma plataforma comum, onde planejar o desenvolvimento de uma pedagogia de uma didática própria para educação não presencial era importante.

Mas com uma abordagem adequada no ambiente virtual os alunos desenvolviam sua autonomia e responsabilidade pela própria aprendizagem, interagindo com seus colegas e professores. Um desafio que foi estimulado e motivado pelos professores e gestores que adotaram uma atitude de orientar, apoiar, estimular e colaborar com os alunos.

Nestas novas abordagens foram desenvolvidas novas ferramentas para interação do aluno com ambiente de aprendizagem, para viabilizar um aprendizado desenvolvido, através de pesquisas, metodologias e tecnologias modernizadas.

A educação a distância serve para democratizar a educação em todos os seus níveis, oferecendo oportunidades de estudos aos indivíduos que normalmente não podem estudar devido à distância em que precisam trabalhar durante o dia, ou aqueles que por razões de incapacitação física não podem se locomover. Tanto uma maneira de qualificar grandes massas de indivíduos, quanto uma forma de atender nichos bem delimitados por interesses específicos como um curso de pós-graduação sobre EAD representa uma abordagem eficaz para diminuir as grandes desigualdades