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Preparação De Sabão

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Por:   •  24/5/2013  •  1.192 Palavras (5 Páginas)  •  1.912 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS FÍSICAS E MATEMÁTICAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

PROFESSOR: RICARDO JOSÉ NUNES

PREPARAÇÃO DE SABÕES

Florianópolis, 04 de novembro de 2010.

INTRODUÇÃO

Sabão é um composto químico destinado à limpeza. É obtido fazendo-se reagir ácidos graxos com óleos, em uma reação conhecida como saponificação (figura 1). Os ácidos graxos normalmente usados são o oléico, o esteárico e o palmítico, encontrados sob a forma de ésteres de glicerina (oleatos, estearatos e palmitatos) nas substâncias gordurosas. A saponificação é feita à quente. Nela a soda ou potassa atacam os referidos ésteres, deslocando a glicerina e formando, juntamente com os radicais ácidos, sais sódicos ou potássicos. Esses sais são os sabões, que, passando por um processo de purificação e adição de outros ingredientes, transformam-se nos produtos comerciais.

Figura 1

Para a produção de sabões destinados a limpeza de roupas e louças é comum o uso de gorduras animais, sabões destinados a higiene pessoal normalmente são feitos à base de óleo vegetais.

A ação do sabão se deve a sua molécula, a qual possui uma parte polar, solúvel em água, e uma parte apolar, solúvel em gordura (figura 2). Quando um sabão entra em contato com a água, as porções hidrofóbicas de suas moléculas assumem uma conformação que as protege do contato com as moléculas de água (altamente polares). A essa conformação dá-se o nome de micela. Assim é possível que se forme uma emulsão (mistura) caracterizada pela espuma. É a partir dessa interação entre os componentes do sabão que se torna possível limpar superfícies cheias de gordura.

Figura 2

Se analizarmos a estrutura dos sabões, podemos concluir que é devido a ela que o acetato de sódio e o propionato de sódio são pobers como sabões. Eles possuem uma cadeia apolar muito pequena, o que não os proporciona uma boa interação com a gordura presente nas superfícies que serão limpas.

Os sabões obtidos na reação com soda cáustica (hidróxido de sódio) são denominados de sabões de sódio e possuem consistência mais dura. São usados, por exemplo,na fabricação de sabão em barra e sabonetes.

Sabões obtidos na reação com a potassa cáustica (hidróxido de potássio), são denominados sabões de potássio. Possuem consistência mais mole e são usados, por, exemplo, em cremes de barbear.

A saponificação com KOH produz sabões mais moles por causa de sua maciez e sua grande solubilidade em água. Com isso, os sabões de potássio requerem menos água para serem transformados em líquidos e então podem conter mais agentes de limpeza. Vale acrescentar que a dureza dos sabões também é influenciada pela natureza dos ácidos, ou seja, partir de gorduras saturadas obtém-se sabões mais sólidos do que a partir dos óleos insaturados. Logo, para se produzir um sabonete líquido deve-se usar uma combinação de óleos com hidróxido de potássio.

Diversos óleos podem ser usados na fabricação de sabões. O óleo de côco é um deles. Ele origina sabões de baixo peso molecular, os quais são mais solúveis em água e formam espumas soltas, com bolhas grandes instáveis, e de outro lado. Já um outro tipo de óleo, como o sebo, origina sabões de alto peso molecular que dão espuma espessa, com bolhas estáveis e finas.

O óleo de coco contém alta quantidade (70% a 80%) de ácidos graxos de 6 a 14 corabonos. Estes rendem muito mais glicerol do que os óleos contendo ácidos graxos com mais carbonos. Uma vez que os gliceróis apresentam grande solubilidade em água, o sabão formado pela saponificação de óleos de coco são mais solúveis por apresentarem mais gliceróis em sua estrutura.

Existem diferentes tipos de sabões para para diferentes limpezas:

• Sabonete

É o tipo de sabão definido como um produto destinado à limpeza corporal.

• Detergente

É definido como tudo aquilo que limpa, ou como determina a legislação, como produto destinado a remover sujidades e gorduras e à higiene de recipientes e vasilhames e à aplicação de uso doméstico. Comercialmente classificam-se como sabões os derivados de gorduras naturais (animais e vegetais) e detergentes os que são derivados de surfactantes sintéticos. O elemento básico do detergente é um agente de superfície ou agente tensoativo, que reduz a tensão superficial dos líquidos, sobretudo da água, e facilita a formação e a estabilização de soluções coloidais, de emulsões e de espuma no líquido. Para penetrar na superfície e interfaces dos corpos (adsorção), a molécula do agente tensoativo contém uma parte polar ou hidrofílica, solúvel em água, e uma parte lipofílica, solúvel em gordura. Os detergentes dividem-se em aniônicos, em que a atividade

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