Processo Saúde-doença E Sua Relação Com A Sociedade
Casos: Processo Saúde-doença E Sua Relação Com A Sociedade. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: gabriellaklima • 18/10/2014 • 848 Palavras (4 Páginas) • 576 Visualizações
PROCESSO SAÚDE-DOENÇA E SUA RELAÇÃO COM A SOCIEDADE
No campo acadêmico realizamos estudos da sociedade para entender o processo saúde-doença no decorrer da história dividindo em modelos explicativos. A saúde e a doença sempre estiveram presentes na história da humanidade e foram abordadas de diferentes maneiras. Em 22 de julho de 1946 a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu saúde como ‘’um estado de completo bem-estar físico, mental e social’’, rejeitando que a saúde esteja relacionada apenas com a presença de doença e enfermidade. Esse discurso passa a ser utópico quando observado em diferentes ambientes, uma vez que o indivíduo nunca será completamente saudável.
A sociedade passou por importantes mudanças no campo da medicina. Durante a história vários modelos foram identificados e mesmo caindo em desuso não foram totalmente extintos. O modelo explicativo está voltado aos paradigmas da sociedade interferindo diretamente no processo saúde-doença, por exemplo, a explicação de determinada doença a um fenômeno sobrenatural.
Com as grandes transformações no campo científico, a medicina evolui e surgem explicações para muitas doenças. Esse modelo corresponde ao paradigma unicausal: uma relação linear de causa e efeito, isto é, ênfase na cura. Apesar das negativas consequências esse modelo ainda é bastante repercutido.
É provável que a expressão mais acabada das distorções e consequências concretas do modelo biomédico, reducionista, de abordagem da saúde e da doença na vida dos indivíduos resida no que se convencionou designar como medicalização. O fato de que a industrialização e seus reflexos no campo da medicina são apresentados como causa dos prejuízos à vida dos indivíduos e não como um elo no contexto mais geral do sistema capitalista de produção e consumo. (Navarro, 1975).
Os modelos do determinismo social e holístico buscam a integralidade ao abordar a doença. Há uma valorização da subjetividade do cuidado, isto é, a preocupação com as emoções também são consideradas e somadas a fatores sociais, econômicos, culturais, ecológicos, etc.
O pai da medicina, Hipócrates, realiza observações importantes entre o ser humano e a natureza, e seu seguidor Alcmeon realiza atividades de prevenção. As atitudes tomadas por essas duas personalidades marcantes na história da medicina influencia um futuro modelo que está sendo implantado na atualidade. O ambiente está diretamente relacionado com o processo saúde-doença, uma vez que além de um espaço geográfico, tem um significado no âmbito social, cultural, econômico, político e afetivo. Essa visão multicausal vai de encontro ao modelo biomédico e sua de unicausalidade.
Desde a década de 1960, em paralelo ao progresso técnico e tecnológico na Medicina e atividade médica, alguns intelectuais, principalmente latino-americanos pensaram a Medicina Social como campo de novos saberes e conhecimentos, no contrafluxo da hegemonia do modelo biomédico. A proposta de um novo conceito de Epidemiologia foi elaborado a partir da crítica à insuficiência da epidemiologia tradicional em abordar a saúde como um fenômeno radicado na organização social. (Puttini; Junior; Oliveira, 2010)
O território passa a ser discutido como uma visão transversal, uma vez que se articula com o espaço, o ambiente e a saúde, por isso sua importância no processo saúde-doença. Existe uma “relação entre as doenças e o estilo de vida, isto é, comportamentos e hábitos individuais que se interligam com o trabalho e a estratificação social, e que se difundem em toda
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