Projeto de pesquisa - Metodologia cientifica
Por: Patrícia Godinho • 19/9/2016 • Trabalho acadêmico • 2.240 Palavras (9 Páginas) • 546 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURG[pic 1]
ESCOLA DE ENGENHARIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL EMPRESARIAL
METODOLOGIA CIENTIFICA
Prof. Dr. Vilmar Alves Pereira
PROJETO DE PESQUISA
Acadêmica da graduação Patrícia Barros Godinho. Aluna do curso de Engenharia Civil Empresarial na Universidade Federal do Rio Grande.
RIO GRANDE, ABRIL DE 2013.
TEMA
Perfil do professor de engenharia da Universidade Federal do Rio Grande - FURG no campo da didática.
APRESENTAÇÃO
Tendo em vista a importância da formação acadêmica de um engenheiro e a influência que a forma de ensino e seus métodos têm nesta formação, surgiu a curiosidade de pesquisar qual o nível de conhecimento e estudo que os professores do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande têm neste campo de educação e didática.
DÚVIDAS PROBLEMAS
A partir da situação já apresentada, as questões que motivaram a pesquisa foram: os professores fazem ou já fizeram cursos no campo da didática? A universidade incentiva este estudo? A carência de didática de alguns professores influencia/prejudica a formação dos futuros engenheiros?
OBJETIVOS
O objetivo desta pesquisa é conhecer o preparo que um professor do curso tem para formar um novo, e bom, profissional na área da engenharia. Também se pretende expor se a universidade incentiva e cobra o aprimoramento dos professores nesta área.
JUSTIFICATIVA
Considerando os 4 (quatro) anos que já cursei na Engenharia, já assisti centenas de aulas com diversos professores, onde presenciei turmas inteiras com notas consideravelmente abaixo da média e várias relações conturbadas entre professores e alunos. Após me questionar se seriam os alunos que tinham dificuldade no aprendizado ou se o professor não estava conseguindo explicar a matéria da melhor maneira possível, surgiu a vontade de pesquisar sobre o conhecimento em didática dos professores. Além destas experiências que vivi, também discuti estas questões com alguns colegas, onde pude ouvir diversas reclamações em relação à falta de vontade e disposição de alguns professores em passar o conteúdo na sala de aula. Então me dispus a conhecer um pouco mais a formação de nossos professores e se eles estão preparados para cumprir a tarefa de ensinar.
HIPÓTESES
Acredito que com esta pesquisa irei expor a falta de formação didática na área da educação dos professores de Engenharia Civil da FURG e mostrar que a Universidade precisa investir e incentivar mais nossos professores a se aperfeiçoarem nessa área de estudo.
MARCO TEÓRICO
Iniciando a pesquisa, pude perceber que atualmente o assunto aqui tratado está em alta, há diversos congressos e fóruns com pauta neste tema. Nos anos mais recentes do Congresso Brasileiro de Ensino de engenharia um dos temas mais tratados é: “reestruturação curricular dos cursos de engenharia e a relação entre o perfil profissional dos futuros engenheiros e o papel do docente”. Segundo Matos e Rudolf (2006), isto comprova que, de acordo com a nova visão futurista, a qualificação para a docência em cursos de engenharia não deve ser somente técnico-científica, mas essencialmente didático-pedagógica, tão necessária para ultrapassar o estágio de engenheiro que dá aulas e transformando-o em engenheiro-educador ou engenheiro-professor, atingindo o sentido mais profundo desta última designação.
Atualmente, o que dispõe as diretrizes e requisitos para os profissionais da educação é a LBD - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996). Os artigos da LBD aplicáveis a formação dos profissionais da educação de engenharia são os seguintes:
- A obtenção de titulação acadêmica em nível de mestrado e doutorado ou, excepcionalmente, pelo notório saber na área técnica afim é a preparação mais adequada para o exercício da docência numa disciplina de um curso de engenharia (Art. 66);
- Os dois principais fundamentos da formação de profissionais da educação, inclusive dos cursos superiores de engenharia, são segundo o Artigo 61: a associação entre teorias e práticas através da capacitação em serviço e o aproveitamento da formação e experiências anteriores.
- A valorização dos profissionais da educação é uma obrigação dos sistemas de ensino e deve atender principalmente a: promoção de concursos públicos de títulos e provas para ingresso na carreira docente; aperfeiçoamento profissional continuado, com licenciamento periódico remunerado; piso salarial; progressão funcional baseada na titulação e na avaliação de desempenho; carga de trabalho contemplando período reservado a estudos, planejamento e avaliação; condições adequadas de trabalho (Art. 67);
- A carga horária mínima deve ser de oito horas semanais de aulas (Art. 57);
- Os professores de engenharia das instituições credenciadas como universidades devem ser envolvidos por uma política de produção intelectual institucionalizada, mediante o desenvolvimento de atividades de pesquisa, de extensão e de domínio e cultivo do saber humano (Art. 52 e 86).
A partir disto, podemos notar que a lei não incentiva aos professores a busca por uma boa didática de ensino e nem exige que os profissionais tenham algum conhecimento neste campo. Para Matos e Rudolf (2006), “A lei não obriga as instituições de ensino de engenharia a orientar a transição de engenheiros para engenheiros-professores, ou mesmo depois para professores-engenheiros, ou ainda, finalmente, para educadores em engenharia. Quando aplicada às escolas superiores de engenharia, numa visão minimalista, a LDB propicia a perpetuação dos aspectos dominantes do estilo positivista de pensamento da comunidade profissional das engenharias, com os seus desacertos de tendência pedagógica tecnicista e/ou, o que é pior, de reducionismo pedagógico pragmatista”.
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