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Propriedades Da Madeira

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Por:   •  6/5/2014  •  1.828 Palavras (8 Páginas)  •  1.167 Visualizações

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Propriedades da Madeira

Variabilidade da madeira

A variabilidade entre árvores de uma mesma espécie pode dever-se quer à genética, e a fatores do meio ambiente, tais como: clima, solo, fornecimento de água, disponibilidade de nutrientes, exposição solar, entre outros. Assim, como resultado da proveniência natural da madeira, as suas propriedades físicas e mecânicas têm um grau de variabilidade elevado, tipicamente superior a outros materiais.

Propriedades químicas da madeira

A composição química da madeira é constituída principalmente por dois tipos de compostos: os componentes estruturais e os componentes não estruturais. Nos componentes estruturais incluem-se a celulose, as hemiceluloses e a lenhina, que são macromoléculas responsáveis pelas propriedades mecânicas da madeira. A composição química da madeira varia entre 40% a 50% de celulose, 20% a 30% de hemiceluloses e 20% a 35% de lenhina. Quanto aos componentes não estruturais são constituídos por substâncias com massa molecular baixa ou média, do tipo orgânico ou inorgânico, vulgarmente denominados por extrativos e cinzas. Quimicamente a madeira pode conter extrativos numa percentagem que varia entre 0 e 10%.

Propriedades físicas da madeira

Higrospicidade – Capacidade da madeira para absorver umidade da atmosfera envolvente e de perdê-la por evaporação. Flexibilidade – Capacidade da madeira para fletir por ação de forças exercidas sobre si, sem quebrar. Durabilidade – Propriedade que mede a resistência temporal da madeira aos agentes prejudiciais, sem petrificar.

Condutibilidade térmica

A madeira é um excelente isolante térmico. Uma parede dupla de tijolos de 22 cm com 4 cm de caixa-de-ar, tem um coeficiente de transmissão k=0,97; duas paredes de 3 cm cada em madeira, com 4 cm de caixa-de-ar, têm um coeficiente k=0,98.

O grau de isolamento térmico que este material proporciona justifica que nos países frios as casas sejam de madeira ou revestidas a madeira.

Inflamabilidade

A madeira arde espontaneamente a cerca de 275º, desde que haja oxigênio suficiente para se realizar a combustão. A combustão inicial é apenas superficial, formando-se uma camada meia calcinada que, se a temperatura se mantiver em 275º, quando atinge 1 cm de espessura protege o resto da madeira. Desde que o elemento tenha mais de 2,5 cm de espessura conservará uma certa solidez. Por outro lado, num incêndio normal, a velocidade de combustão da madeira é de 1 cm por quarto de hora: um barrote poderá resistir cerca de 1 hora.

Se a temperatura aumenta, a madeira continua a arder e pode mesmo alimentar o incêndio; no entanto, consome-se lentamente, e conserva durante um certo tempo as suas características mecânicas, mesmo a 1000º-1100º, enquanto o aço começa a perder a sua resistência e a deformar-se a partir de 200º-300ºC. Em todas as obras importantes em madeira, onde possa um incêndio faça parte dos receios, as peças com menos de 2,5 cm de espessura não devem ser utilizadas. A menos que recebam tratamento anti-fogo.

Propriedades mecânicas da madeira

Resistência à compressão – Resistência da madeira a forças que tendem a encurtar o seu comprimento. Resistência à tração – Resistência da madeira a forças com tendência a estender o seu comprimento. Resistência à flexão – Resistência da madeira a forças ao longo do seu comprimento. Dureza – Resistência oferecida pela madeira a forças de penetração.

PROPRIEDADES ORGANOLÉTICAS DA MADEIRA

As propriedades organoléticas da madeira são aquelas que impressionam os órgãos sensitivos, sendo elas: cheiro, cor, gosto, grã, textura e desenho que se apresentam no material, e são diretamente ligadas ao seu valor decorativo e ornamental.

1.1. COR A cor da madeira é originada por substâncias corantes depositadas no interior das células que constituem o material lenhoso, bem como impregnadas nas suas paredes celulares. Entre estas substâncias podem-se citar resinas, gomas, derivados tânicos e corantes específicos, muitos dos quais ainda não foram suficientemente estudados sob o ponto de vista químico.

2. CHEIRO O cheiro é uma característica difícil de ser definida. O odor típico que algumas espécies de madeira apresentam deve-se à presença de substâncias voláteis, concentradas principalmente na madeira de cerne. Por conseqüência ele tende a diminuir com o tempo em que a superfície da madeira fica exposta, mas pode ser realçado com a raspagem da sua superfície, produzindo-se cortes ou umedecendo o material a ser examinado. O odor natural da madeira pode ser agradável ou desagradável, valorizando-a ou limitando-a quanto a sua utilização. Contudo ela também pode ser inodora, característica que a qualifica para inúmeras finalidades, em especial na produção de embalagens para chás e produtos alimentícios. Como exemplo do emprego de espécies de madeira em função de seu odor característico, pode-se citar a confecção de embalagens para charutos, uma vez o sabor melhora quando estes são armazenados em caixas de madeira de Cedro (Cedrela sp.). Outras espécies, devido a seus aromas agradáveis, são normalmente exploradas comercialmente para a fabricação de artigos de perfumaria, como o Cedro-rosa (Santalum album), usada como incenso no Oriente, e o Cinamomocânfora (Cinnamomum camphora), empregado na confecção de baús para o armazenamento de lãs e peles pela sua propriedade de repelir insetos. Em contraste às madeiras valorizadas pelo odor agradável, existem as que têm saponinas em suas células e, quando trabalhadas no estado seco, desprendem pó que irritam as mucosas nasais. Entre algumas espécies que apresentam este inconveniente, estão a Enterolobium contortisiliquum, Tabebuia sp. e a Myrocarpus frondosus. Também existem as que apresentam toxicidade ao homem, com efeitos como irritação da pele, dos olhos ou nariz, alergias, dores de cabeça, etc. Além dos efeitos já apresentados, relacionados às substâncias incluídas na madeira e responsáveis pelo odor e efeitos nocivos ao homem, muitas espécies de madeira possuem substâncias especiais em suas células que podem ser problemáticas, caracterizando-se como defeitos, caso danifiquem

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