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Psicologia Humanista: A História De Um Dilema Epistemológico

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Por:   •  22/11/2014  •  1.234 Palavras (5 Páginas)  •  1.932 Visualizações

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Psicologia HPsicologia Humanista: a história de um dilema epistemológico

A Psicologia Humanista, apresentou-se como uma terceira força capaz de fazer frente ao que julgava ser uma desumanização determinista da imagem de ser humano promovida pelo Behaviorismo e pela Psicanálise. .A Psicologia Humanista historicamente não consegue se decidir entre manter sua adesão ao método científico, que não se adequa a forma como define seu objeto de pesquisa nem a maioria de seus interesses principais de investigação, ou buscar transformar a imagem de ciência que pratica para adequá-la a sua imagem de ser humano.

Seu movimento teve início no ambiente acadêmico norte-americano do pós-guerra. Os líderes do Movimento Humanista levantaram suas vozes contra a imagem de homem e se método científico defendidas pelo Behaviorismo - dominante no campo experimental e contra a imagem de homem e de método terapêutico da psicanálise - dominantes no campo da psicoterapia.

Os Humanistas caracterizam o Behaviorismo como uma teoria em que o homem é visto como um ser inanimado, um organismo puramente reativo, ‘uma coisa passiva perdida, sem responsabilidade por deu próprio comportamento’, assim o Behaviorismo veria o homem como um conjunto de respostas e estímulos. Frick (1973), em sua obra Psicologia Humanista, acusa o Behaviorismo de haver buscado criar uma visão limitada do homem.

Os Humanistas se rebelam contra o Behaviorismo: primeiro , não concordam com a pesquisa com animais como acesso a uma compreensão adequada do ser humano. Segundo, os humanistas exigem que os temas de pesquisa da psicologia sejam escolhidos por sua importância para o ser humano e relevância para o conhecimento psicológico. Terceiro: os Humanistas argumentam que a motivação humana é intencional e auto - motivada . Por ultimo, estes afirmam que ainda que fosse possível ao Behaviorismo realizar um catálogo completo dos comportamentos humanos possíveis. Para os Humanistas, o homem é um todo único e indivisível, é uma Gestalt. A Psicologia Humanista não se constitui somente como uma reação ao Behaviorismo, mas também como uma reação á Psicanálise. De Carvalho, para Freud, a pessoa permaneceria para sempre fixada em emoções originadas de traumas da infância. Outra acusação que o Humanismo fazia de modo geral á Psicanálise foi formulada originalmente por aquele que é o nome mais representativo do movimento, Abraham Maslow .Ele a acusa de estudar somente indivíduos perturbados : neuróticos, psicóticos.

Psicólogos deveriam estudar o homem sadio, não a Psicopatologia. A oposição feita pelo movimento da Psicologia Humanista ao Behaviorismo e á Psicanálise teve como influências as obras do Neuropsiquiatra Kurt Goldstein, da Psicologia da Gestalt e de alguns dos primeiros teóricos da personalidade. Goldstein exerceu poderosa influência sobre os Psicólogos Humanistas.

Existem grandes resistências em se apontar um teórico como fundador da Psicologia Humanista, tal como foram Watson para o Behaviorismo e Freud para a Psicanálise. Mas não se pode falar do surgimento da auto - denominada Terceira Força em Psicologia sem atribuir o papel principal a Abraham Maslow, autor de obras clássicas .

Maslow estava acompanhado nessa discriminação por mais algumas pessoas que se batiam contra o Establishment Behaviorista. Então começou a complicar uma lista de correspondência com essas pessoas que em 1954 atingia 125 nomes. O objetivo dessa rede de correspondência era a troca de trabalhos mimeografados entre eles, de modo a divulgar entre si seus trabalhos.

No começo dos anos 60, com a ajuda de Antony Sutich, Maslow vai transformar essa lista de correspondência na lista dos primeiros assinantes do (JHP), e poucos anos depois, na lista dos membros fundadores da (AAHP). Formado como um conselho editorial.

Uma questão que não pode deixar de ser abordada neste breve histórico do surgimento da Psicologia Humanista, é a da sua relação com o existencialismo. Segundo De Carvalho (1990) diz que os principais proponentes da Psicologia Humanista tomaram contato com o Existencialismo somente no final dos anos 50, quando seus pensamentos já estavam formados.

Psicólogos Humanistas como Maslow (1963) por exemplo, criticam os traços anticientíficos do Existencialismo , e principalmente sua tendência ao Niilismo desesperado (que ele atribui entre outros a Nietzsche, considerando o precursor do Existencialismo, á glorificação de (Sartre) e á vivência da vida como absurdo sem sentido (Camus, Sartre). Entre outros trabalhos, Frankil expressa posições muito semelhantes em termos de imagem de homem e de críticas á Psicanálise e ao Behaviorismo. Progressivamente,

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