Questionário Aristóteles

QUESTIONÁRIO ARISTÓTELES

1. Qual é uma das principais tarefas do estudioso da política?

- Um tema a respeito do qual Aristóteles não cessa de chamar atenção, é o que há muitas constituições diferentes; portanto, uma das primeiras tarefas do estudioso da política é descrevê-las e classificá-las.

2. Qual é a classificação das formas de governo?

- Aristóteles classifica as formas de governo em: Monarquia, Aristocracia e Politia. As degenerações destas formas de governo dão origem a outras três: Tirania, Oligarquia e Democracia. Sendo assim, se o poder do Estado pertence a uma pessoa temos a “Monarquia”, poucas pessoas a “Aristocracia” e muitos a “Politia” – todas elas formas boas.

3. Qual é a ordem hierárquica das formas de governo?

- O critério da hierarquia é: a forma pior é a degeneração da forma melhor, de modo que as degenerações das formas que seguem a melhor são cada vez menos graves. A ordem hierárquica das seis formas é a seguinte: Monarquia, Aristocracia, Politia, Democracia, Oligarquia e Tirania.

4. Qual é o critério para classificar as formas boas e más de governo?

- O critério de Aristóteles para classificar as formas boas e más de governo é: não é o consenso ou a força, a legalidade ou a ilegalidade, mas, sobretudo o interesse comum ou o interesse pessoal. As formas boas são aquelas em que os governantes visam o interesse comum; as más são aquelas em que os governantes têm em vista o interesse próprio.

5. Quais são as três formas de poder distinguidas por Aristóteles?

- Aristóteles distingue três tipos de relações de poder: o poder do pai sobre o filho, do senhor sobre o escravo, do governante sobre o governado. Essas três formas de poder se distinguem entre si com base no tipo de interesse perseguido. O poder dos Senhores é exercido no seu próprio interesse; o Paterno, no interesse dos filhos; o Político, no interesse comum dos governantes e governados.

6. Quais são os tipos de monarquia?

- A exposição sobre a monarquia se articula por meio da distinção de várias espécies de monarquias, tais como: a dos tempos heroicos, “ que era hereditária, baseando-se no consentimento dos súditos”; a de Esparta, em que o poder supremo se identificava com o poder militar, tendo duração perpétua; o regime dos “esemneti” – isto é dos “tiranos eletivos” – bem como os dos chefes supremos de uma cidade eleitos por um certo período, ou em caráter vitalício, no caso de choques graves entre facções opostas; a monarquia dos povos bárbaros.

7. Quais são as características da monarquia despótica e em que difere em relação à tirania?

- O poder despótico é absoluto e, ao contrário do paterno, exercido no interesse dos filhos, e do poder político ou civil, exercido no interesse de quem governo ou de quem é governado, visa ao interesse do senhor, que o detém. Como se sabe, Aristóteles justifica a escravidão por considerar que há homens escravos pela natureza. Da mesma forma, há também povos naturalmente escravos (os “povos servis” das grandes monarquias asiáticas). Só se pode exercer sobre esses povos o poder do tipo despótico, que não obstante, é perfeitamente legítimo: é o único tipo de poder ajustado à natureza de certos povos, embora duríssimo, como o senhor dos escravos. Esses povos o aceitam “sem dificuldade” – melhor dito, sem lamentar-se, enquanto os tiranos, cujos súditos são