RELATÓRIO DE ESTAGIO- TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA
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RELATÓRIO DE ESTÁGIO: Loja Agropecuária Boa Safra, Corumbiara-RO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO: Loja Agropecuária Boa Safra, Corumbiara-RO
Relatório de estágio apresentado ao Curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia, Campus Colorado do Oeste, como parte das exigências para obtenção do título de Técnico em Agropecuária.
Orientadora: Prof.ª
RELATÓRIO DE ESTÁGIO: Loja Agropecuária Boa Safra, Corumbiara-RO
Relatório de estágio apresentado ao Curso Técnico em Agropecuária Integrado ao Ensino Médio, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia, Campus Colorado do Oeste, como parte das exigências para obtenção do título de Técnico em Agropecuária.
Aprovado em:
____________________________
Prof.ª Orientadora
DEDICATÓRIA
Dedico a minha família por sempre me dar força nos momentos de fraquezas, aos meus amigos e a todos que ajudaram nessa caminhada.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, aos funcionários da loja que sempre me orientaram nas tarefas realizadas, aos meus tios por cederam moradia e alimentação durante o estágio.
A professora orientadora que ajudou na elaboração do relatório e a empresa pela oportunidade de estágio.
“Faça o melhor que conseguir. Seja o melhor que puder. O resultado virá na mesma proporção de seu esforço.”
(Autor desconhecido)
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 7
2 ESTÁGIO SUPERVISIONADO 8
2.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA 9
3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 10
3.1 UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS 10
3.1.1 Indicação de produtos e dosagem 10
3.1.2 Aplicação de injeções em bovinos 11
3.1.3 Vermífugos 11
3.2 AGROTÓXICOS 12
3.2.1 Receita Agronômica 12
3.3 SUPLEMENTAÇÃO MINERAL BOVINA 13
3.4 VISITAS A CAMPO 13
3.4.1 Piscicultura 14
3.4.2 Entrega de produtos 14
3.5 MASTITE 14
4 CONSIDERAÇÕES 16
REFÊRENCIAS 17
1 INTRODUÇÃO
O estágio profissional é de muita importância para a formação de um técnico, pois ele é uma prática acompanhada de um profissional competente que mostra a carreira que o estagiário pode seguir. Com o estágio tem se noções melhores de como é a profissão de um Técnico em Agropecuária e quais funções ele pode realizar.
Durante o estágio foi realizado mais tarefas dentro da loja agropecuária, realizando vendas em geral, com a indicação de ação do medicamento e as dosagens recomendadas para cada tipo de animal.
Indicar um produto de qualidade e que seja o mais certo para resolver o problema é de suma importância para os produtores, com isso há uma confiança do cliente na prescrição do medicamento pelo profissional habilitado para tal função.
O relatório irá demonstrar as atividades realizadas, provando que o estágio foi realmente realizado, onde o estagiário adquire uma certa experiência de vida que servirá como base quando começar a trabalhar.
2 ESTÁGIO SUPERVISIONADO
O estágio foi realizado no período de 03 de Janeiro de 2013 até 16 de Fevereiro de 2013. A carga horária foi de 240 horas com um total de 40 horas semanais.
A realização do estágio aconteceu em uma loja agropecuária, a Boa Safra em Corumbiara-RO, sobre a supervisão do Gerente Lindomar Rodrigues Pacheco.
2.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA
A loja agropecuária Boa Safra, localizada no município de Corumbiara-RO, possui lojas em todo estado de Rondônia, uma no Acre e sua matriz é em Ji-Paraná.
A empresa realiza vendas de agroquímicos, produtos veterinários, implementos, ferramentas e etc. A empresa também tem diversas fazendas onde produzem grãos.
A loja de Corumbiara conta com cerca de 7 funcionários sendo 4 vendedores, um no financeiro, um no caixa e o gerente.
3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
No estágio foi realizado vendas de medicamentos e agrotóxicos, visitas a campo com o objetivo de aprender sobre a aplicação de herbicidas, fertilizantes e coadjuvantes sabendo suas dosagens e recomendações de aplicação. Correção e adubação de tanque de piscicultura. Medicação de bovinos doentes por infecção devido a castração. Visita aos produtores oferecendo produtos. Entregas de produtos Agropecuários.
As atividades foram elaboradas para que houvesse um melhor entendimento do funcionamento de uma loja Agropecuária.
3.1 UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS
Para um uso responsável dos produtos veterinários deve-se ter uma adequada prescrição e um uso racional e responsável dos produtos, respeitando as recomendações da bula, em busca do alcance dos resultados esperados, como prevenir ou curar as doenças, além de promover o bem-estar animal, a saúde humana e a preservação do meio ambiente. É importante manter um registro dos produtos veterinários utilizados, com informações sobre o nome do produto, a quantidade utilizada (dose), as datas de administração, a relação com identificação dos animais tratados e o período de retirada do produto, quando houver. O registro da ocorrência das doenças também é recomendável (MAPA, 2008).
Deve-se tomar cuidado no uso de vários medicamentos ao mesmo tempo, pois podem causar reações não desejadas. E se houver reações inesperadas como sinais clínicos anormais, efeitos colaterais, reações pós-aplicação toma-se como ação a suspensão do uso do produto.
3.1.1 Indicação de produtos e dosagem
Para promover a cura ou prevenção com eficácia e segurança deve-se fazer a correta indicação de um produto, isso depende da dosagem adequada e a duração do tratamento sabendo se o produto é certo para aquele determinado problema. É importante destacar que além da marca comercial, o produto deve conter na bula a descrição dos princípios ativos. O princípio ativo identifica a substância que exerce a ação principal no produto veterinário.
3.1.2 Aplicação de injeções em bovinos
A aplicação de injeções pode ser feita em diversos locais do corpo do bovino, o local a ser aplicado depende da exigência do medicamento. Segundo Ribeiro (2000) a aplicação poder ser feita via:
Subcutânea; Deve ser dada debaixo da pele, sendo que a região atrás ou à frente da paleta apresenta área de fácil aplicação e segurança para o aplicador. Recomenda-se dobrar a pele para atravessar a agulha com maior facilidade.
Endovenosa; É a via principal para a administração de soros, a aplicação é feita diretamente na corrente circulatória sendo os melhores locais as veias jugular (pescoço) e mamária (barriga).
Intramuscular; É a injeção aplicada dentro dos músculos, contudo as agulhas para essas aplicações são maiores. É importante ressaltar o cuidado com o tamanho da agulha, pois se ela for muito grande pode atravessar o músculo e a aplicação seja fora do local ideal. Os melhores locais para aplicação são a região glútea, o músculo da tábua do pescoço e na parte detrás da coxa.
Intra-ruminal; É aplicada dentro do rúmem, sendo esse tipo de aplicação atribuído a um veterinário ou pessoa habilitada. Seu principal risco é a possível ocorrência de infecção dentro da barriga do animal.
Intradérmica; deve ser aplicada dentro da pele, isto é, não chega a atingir a região debaixo da pele. É um tipo de aplicação que deve ser realizada pelo veterinário. É utilizado em testes alérgicos como o exame de tuberculose.
3.1.3 Vermífugos
Os vermífugos têm como princípio ativo a Abamectina, Doramectina e a Ivermectina, sendo que há medicamentos que apenas mudam a marca e a porcentagem do principio ativo, onde o fabricante influência muito no preço dos produtos.
Alguns produtos possuem uma ação prolongada dependendo do seu Veículo, ou seja, tem efeito durante um maior tempo, esses produtos são chamados de Longa Ação (LA).
Segundo a Embrapa Rondônia (2006) alguns sintomas da verminose deixam o animal abatido, magro, pêlo eriçado e abdômen aumentado. Vermes são os parasitos internos que se alimentam das vitaminas, proteínas, açúcares e sais minerais, ingeridas pelos animais, ou são sugadores que tiram o sangue do hospedeiro para se alimentarem podendo levar o animal a uma forte anemia. Quando o animal está muito infestado tem seu crescimento retardado. Pode levar a uma queda de 20% a 30% na produção de leite e carne.
3.2 AGROTÓXICOS
Foi realizada vendas de diversos agrotóxicos. Mas deve-se ressaltar que a venda desses produtos não deve ser feita de qualquer forma, pois o Brasil possui uma legislação de agrotóxicos muito exigente, onde o produto precisa da comprovação da eficiência agronômica, das garantias de minimização dos perigos ao ser humano e ao meio ambiente. Além da classificação da periculosidade de cada agrotóxico é necessária avaliação dos riscos ambientais de cada produto, considerando a eco toxicidade há exposição em diferentes organismos no meio ambiente (SPADOTTO, 2006).
Com o uso de agrotóxicos é imprescindível que o produtor tenha seu Equipamento de Proteção Individual (EPI), levando em consideração que a loja também vende esses equipamentos. O uso do EPI é fundamental para reduzir o risco de absorção do produto tóxico pelo organismo, protegendo a saúde do trabalhador.
3.2.1 Receita Agronômica
Para que o produtor leve o agroquímico é necessário o receituário agronômico. As receitas só podem ser emitidas para os defensivos registrados na Secretaria de Defesa Agropecuária - DAS do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que poderá dirimir qualquer dúvida que surja em relação ao registro ou à recomendação oficial de algum produto. Ao adquirir o produto, o comprador deverá assinar duas vias da receita onde uma delas ficará no estabelecimento de compra e a outra deverá seguir com o produto para a devolução da embalagem vazia após a tríplice lavagem e perfuração.
3.3 SUPLEMENTAÇÃO MINERAL BOVINA
Foi realizado vendas de sal mineral e sal branco em que os vendedores falavam da importância da suplementação mineral para os bovinos. Contudo a alimentação só com pastagens não é suficiente para um bom desenvolvimento do animal.
Segundo Jubran (2010) os minerais são indispensáveis para o bom desenvolvimento das funções vitais no organismo, sendo que seu uso correto evita a deficiência de elementos que podem levar a um aumento na produção de leite, aumentar a taxa de natalidade, aumentar o peso à desmama e diminuir a idade de abate. Os minerais desempenham funções básicas no organismo animal atuando como componentes estruturais dos órgãos e tecidos corporais, tais como o Cálcio, Fósforo e Magnésio; como componentes dos fluídos e tecidos corporais que intervêm na manutenção da pressão osmótica, do equilíbrio ácido-base, da permeabilidade da membrana e transmissão de impulsos nervosos (Sódio, Cloro, Potássio, Cálcio, Magnésio); como catalisadores em sistemas enzimáticos e hormonais (Ferro, Cobalto, Cobre, Zinco, Selênio e Magnésio). O consumo médio de mistura mineral é de 60g por cabeça/dia, aproximadamente 25kg/ano.
3.4 VISITAS A CAMPO
Foi realizada uma visita ao campo, onde bovinos castrados recentemente estavam morrendo com a parte próxima ao umbigo muito inchada. Pensava-se ser Tétano, mas logo se percebeu que os sintomas não eram adequados. Então o gerente da fazenda disse que após a castração os animais entraram em um brejo onde alguns ficaram dentro da água por um tempo. Desconfiou-se então que eles poderiam estar com infecção por bactérias então foi feita uma aplicação de antitóxico na veia, anti-inflamatório, antialérgico e antibacteriano nos animais mais doentes, e nos animais menos infestados não foi feita a aplicação de antitóxico. Dias após o gerente da fazenda disse que um dos animais que estava muito infestado morreu, enquanto os outros melhoraram.
Foi realizada uma entrega de herbicidas em Chupinguaia e na estrada pode-se observar os efeitos de um herbicida da concorrência, que matou até a pastagem sendo que esta é a cultura que ele deveria ser seletivo.
3.4.1 Piscicultura
Foi realizada a recomendação de correção e adubação de tanques de piscicultura onde os peixes estavam morrendo por falta de oxigênio. Recomendou-se uma aplicação de calcário de 200 a 300 kg/1.000 m² de área de tanque, com o objetivo de diminuir a acidez da água propiciando a produção de “fitoplânctons que chegam a fornecer 80% do oxigênio demandado pelos peixes e demais organismos” (MONTAGNER, 2010).
A adubação visa corrigir as deficiências de fósforo e nitrogênio que são os elementos mais deficientes nas águas, influenciando também na produção de fitoplânctons. Foi feita uma recomendação de 10-15 kg/ha/mês de Sulfato de Amônia.
3.4.2 Entrega de produtos
Fez-se o acompanhamento das entregas de produtos, conhecendo e visitando os diversos tipos de propriedades, contudo aprendendo sobre a vida no campo e as dificuldades dos produtores rurais.
3.5 MASTITE
Próximo ao final de estágio um veterinário da Ouro Fino apresentou uma palestra sobre mastite. Relatou sobre as características da mastite clínica e subclínica. “A mastite clínica caracteriza-se pelo aparecimento de edemas, aumento de temperatura, endurecimento e dor na glândula mamária ou aparecimento de grumos, pus ou quaisquer alterações das características do leite” (FONSECA & SANTOS, 2001).
Por não apresentar sinais visíveis e passar despercebida pelos proprietários e pelos empregados, a mastite subclínica pode alastrar-se no rebanho, infectando outras vacas. Além disso, pode ocorrer destruição da capacidade funcional da glândula mamária, causando diminuição da produção leiteira e prejuízos à saúde do animal (DIAS, 2007).
O veterinário também falou sobre Pré-dipping e Pós-dipping que são técnicas realizadas para desinfecção dos tetos antes e após a ordenha, onde essa técnica consiste na imersão completa dos tetos em solução desinfetante.
O Manejo de vacas secas é de suma importância, pois com a aplicação de antibióticos adequados no quarto mamário permite que as vacas fiquem mais protegidas de bactérias que causam a mastite durante o período em que não estão produzindo.
Explicou também sobre os diversos tipos de testes para diagnosticar a mastite nas vacas, e ressalto que se deve procurar como melhor forma de controle da mastite, a prevenção.
4 CONSIDERAÇÕES
Durante o estágio aprende-se muito sobre a vida do homem no campo, suas principais dificuldades, seu trabalho árduo na produção, no cultivo da terra ou na criação de animais. Ou seja, cria-se uma experiência maior sobre trabalho que estará por vim quando vai se trabalhar como técnico ou qualquer atividade no campo ou no trabalho de extensão aos produtores.
As atividades realizadas foram de suma importância, pois se pode colocar em prática tudo o que havia aprendido no ensino técnico.
REFÊRENCIAS
DIAS, R.V.C. Principais métodos de diagnóstico e controle da mastite bovina. Disponível em: <http://caatinga.ufersa.edu.br/index.php /acta/article/viewFile/255/95>. Acesso em: 17 jan. 2011
EMBRAPA-Rondônia. Controle da verminose bovina. Disponível em: <http://www.cpafro.embrapa.br/media/arquivos/publicacoes/folder_verminose_bovina.pdf>. Acesso em: 27 Abr. 2013.
FONSECA, L.F.L.; SANTOS, M.V. Qualidade do leite e controle da mastite.
São Paulo: Lemos, 2001. 175p.
JUBRAN, Marco Antonio Spinardi. Importância da suplementação mineral durante todo o ano. Disponível em: <http://biosan.ind.br/Artigos/importancia_ suplementacoo_mineral_todo_ano.pdf>. Acesso em: 27 Abr. 2013.
MAPA-Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Produtos veterinários: Orientações para o uso responsável. Disponível em:<http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/Cartilha_Produtos.pdf> Acesso em: 20 Mar. 2013.
MONTAGNER, Daniel. Construção e manejo de tanques em piscicultura. Disponível em: <http://www.cpafap.embrapa.br/aquicultura/download/tanques_
danielmontagner.pdf>. Acesso em: 17 Mai. 2013.
RIBEIRO, Antônio C. de C. Leite. Instrução técnica para o produtor de leite: Aplicação de injeções. Disponível em: <http://www.cileite.com.br/sites /default/files/35Instrucao.pdf>. Acesso em: 27 Abr. 2013.
SPADOTTO, Claudio Aparecido. Abordagem interdisciplinar na avaliação ambiental de agrotóxicos. Disponível em:<http://www.fmr.edu.br/npi/003.pdf>. Acesso em: 27 Abr. 2013.
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