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RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO: Licenciatura de Matemática

Por:   •  23/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.620 Palavras (11 Páginas)  •  806 Visualizações

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                                        LICENCIATURA  EM  MATEMÁTICA

                                        PRÁTICA DE ENSINO: REFLEXÕES

                                        POSTAGEM 2 : ATIVIDADE 2

                            RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

                            Nome: Gilson Jorge Machado Da Silva

                            RA: 1312885

 

                            Polo de Novo Hamburgo

 Ano de 2015

                      Relatório De Estágio

Realizei o estágio no quinto semestre de Licenciatura de Matemática na belíssima EEE Antônio Conselheiro, no Bairro Canudos na cidade de Novo Hamburgo / RS.

    Quando surgiu a época de fazer o estágio, sofri algumas dificuldades para realiza-lo. Como diz o texto, “O fato de o estágio ser obrigatório para o aluno, mas não haver uma correspondente obrigatoriedade da escola em aceitá-lo....”. Digo sofri porque as dificuldades foram tantas que me passou pela cabeça desistir. No que diz respeito ao tempo não tive problemas, pois como eu tinha direito à férias consegui facilmente fazer com que a empresa as concedesse.

Já de férias, procurei em vão conversar diretamente com Diretores das diversas escolas municipais existentes no município. Todos me diziam a mesma coisa: Você  tem que entrar em contato com a Secretaria de Educação!

E foi o que fiz, Procurei a tal Secretaria de Educação.

E foi ali, exatamente ali que começou meu pesadelo.

Fui durante três dias seguidos sem conseguir nem ao menos ver, quanto mais conversar com a pessoa responsável pelo setor. A burocracia era tanta que mesmo marcando hora, não conseguia conversar com ninguém a respeito de estágio.

O tempo perdido não poderia mais ser recuperado. O meu desespero se resumia no fato de que o tempo estava passando e eu não conseguia nada. Tentei pelas cidades vizinhas sem nenhum resultado positivo. No quarto dia e com vários insucessos, voltava para casa desanimado  pensando que se talvez tivesse  primeiro conseguido o local para fazer o estágio para só depois utilizar as férias teria sido melhor. Absorto em meus pensamentos nem percebi que estava garoando e o para-brisa do carro já começava a embaçar.

Apesar de estar a cinco quadras de casa tive que parar o carro no acostamento pra passar um pano no para-brisa para desembaçar, pois o desembaçador estava estragado. Do outro lado da rua, à direita está localizado o Colégio Estadual Professor Antônio conselheiro. Pensei: porque não?

O colégio está localizado e foi construído de forma bem estranha. Mas não era pra ser assim. O imponente prédio de três andares fora feito sabe-se lá pra que, mas tudo indica que fazia parte e era para atender a necessidade de um condomínio de luxo que estava sendo construído logo à sua frente. Entretanto logo depois foi embargado pela justiça por estar sendo feito com materiais sem procedência.

Como aquela área também estava em dívida com a prefeitura, não demorou muito para que as invasões dos sem teto começassem. Como as casas estavam inacabadas e para que pudessem ser utilizadas imediatamente, os invasores  usaram o que tinham em mãos para termina-las. Algumas foram fechadas ao redor com madeiras, em outras foram usadas lonas como telhado, enfim, uma verdadeira favela. Não se sabe porque , mas o majestoso prédio foi poupado pelos invasores.

Na parte sul ou parte de traz do prédio, os terrenos foram muito valorizados por serem mais elevados e ali foram construídas casas lindíssimas formando contraste com as vizinhas da parte de baixo.

Não sei ao certo mas a prefeitura estava e pelo que sei ainda esta em dívida com o Estado. De alguma forma, algum tempo depois, o Estado tomou conta do prédio e seus engenheiros com muita habilidade , transformaram-no, fazendo um belíssimo colégio para atender a demanda da população.

E ali estava eu frente ao portão. Apertei a campainha ao que me foi  prontamente atendido. Uma senhora com cara de poucos amigos  me recebeu.

-Se o senhor é o pai do Marcelo, o Diretor está lhe esperando!

Por certo estava me confundindo com algum pai. Tentei lhe explicar que não era pai de ninguém, pelo menos não de um aluno, mas não deu tempo. Entrou em uma porta estreita, fechando-a imediatamente. Por sorte encontrei uma professora no corredor carregando uma pilha de livros que eu mal podia ver o rosto. Me ofereci para ajudar ao que aceitou de imediato. Perguntei-lhe  sobre a localização da sala da Direção e disse-me que não tinha erro, pois era a única sala que possuía porta com duas aberturas. Realmente, encontrei-a facilmente. Bati na porta e ouvi uma voz rouca, porem forte e firme dizendo para entrar. Ali estava o Diretor, homem alto e magro. Barba bem feita, aparentando uns sessenta anos, óculos na ponta do nariz me olhando por cima do mesmo. Antes que me confundisse com pai de algum aluno, mais do que depressa me apresentei. Levantou de sua cadeira calmamente me deu um forte aperto de mão, ofereceu-me uma cadeira para sentar, sentou-se novamente sempre me olhando nos olhos me perguntou: Ao que devo a honra de sua visita?

Confesso que fiquei surpreso porque era bem mais do que esperava. Depois de tantos nãos, pelo menos ali eu seria ouvido, e à cinco quadras da minha casa.

Ouviu-me atentamente sobre tudo o que havia me acontecido, sobre o que precisava e quando terminei me perguntou:

O senhor tem certeza que é isso mesmo que quer?

O senhor sabe o que é ser professor?

O senhor acha que a faculdade ensina tudo?

O senhor sabe da responsabilidade que vai ter?

Ao que respondi: Sei sim senhor.

Então sejas bem vindo. Quando o senhor pode começar?

Agora mesmo senhor! Respondi.

Ainda temos dois períodos de aulas, me acompanhe por favor. Vou lhe mostrar as dependências da escola. Com sorte, lhe apresentarei ainda hoje algumas pessoas que fazem parte do corpo docente.

E assim o fez. Passamos por todas as salas e me apresentou, com a devida licença, obviamente, tanto aos professores como aos alunos e o interessante foi que ele me apresentou não como estagiário e sim como um futuro professor que faria parte do corpo docente a partir daquele dia. Devo colocar que estava atônito com tudo o que estava acontecendo, pois como já relatei , era bem mais que esperava.

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