RELATÓRIOS DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE HISTÓRIAS DA EDUCAÇÃO E DIDÁTICA
Pesquisas Acadêmicas: RELATÓRIOS DE ATIVIDADES PRÁTICAS DE HISTÓRIAS DA EDUCAÇÃO E DIDÁTICA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: graaazziii • 22/9/2013 • 1.892 Palavras (8 Páginas) • 1.393 Visualizações
A Educação na Antiguidade e a Educação na Idade Média
A Educação através dos tempos – Professor Dr. João Cardoso Palma Filho
A Educação na antiguidade
A Grécia é o berço de nossa civilização, logo se justifica que comecemos nossas reflexões, considerando a contribuição dos gregos na área da Educação, mais especificamente, no âmbito dos ideais de formação humana.
Defendia uma educação totalitária,uma educação militar e cívica repressiva, em que todos os interesses eram sacrificados à razão do Estado. Atenas, uma cidade-estado democrática, nos moldes daquela época, usava o processo educativo como um meio para que o indivíduo alcançasse o conhecimento da verdade, do belo e do bem.
Sócrates foi pioneiro em reconhecer, como fim da educação, o valor da personalidade humana, não a individual subjetiva, mas a de caráter universal.
De acordo com Lorenzo Luzuriaga (1983), a cultura e a educação romanas destacavam-se pelo apego aos seguintes princípios:
Necessidade do estudo individual, psicológico do aluno.
Consideração da vida familial, sobretudo, do pai no exercício da educação.
Humanos: valorização da ação, da vontade, sobre a reflexão e a contemplação.
1. Sou muito grato ao professor José Misael Ferreira do
Vale e ao professor Antonio Trajano Menezes Arruda pelas sugestões que deram durante a elaboração do texto.
2. Doutor em Educação. Professor do Instituto de Artes da Universidade
Estadual Paulista (UNESP).
Políticos: acentuação do poder, do afã de domínio, de império.
Sociais: afirmação do individual e da vida familial, ante ou junto ao Estado.
Educacionais: acentuação do poder volitivo do hábito e do exercício, como atitude realista, ante a intelectual e idealista grega.
Não obstante a existência desses princípios, em época mais avançada, a criação do primeiro sistema de educação estatal, estendia a educação para fora de Roma aos confins do Império.
Até hoje, muitos dos princípios educativos defendidos por Quintiliano permanecem válidos.
A Educação na idade Média
Com o surgimento do Cristianismo mudam os rumos da cultura ocidental e consequentemente as ideias sobre o processo educacional. Dentro do Cristianismo, Jesus foi o primeiro mestre, seguido pelos apóstolos, pelos evangelistas e, em geral, pelos discípulos do próprio Jesus. Este, pouco a pouco, vai se convertendo na organização da Igreja de um lado e da família de outro. Trata-se de uma educação elementar catequista. Este foi um dos maiores pensadores da Igreja. Na primeira, acentua o valor da formação humanística. Na segunda, persegue o ideal do ascetismo. Entretanto, sua pedagogia não ignora o valor da cultura física, dos exercícios corporais, assim como da eloquência e da retórica.
De acordo com Gadotti, os “Padres da Igreja” obtiveram pleno êxito no seu mister educacional e “Criaram ao mesmo tempo uma educação para o povo, que consistia numa educação catequética, dogmática, e uma educação para o clérigo, humanista e filosófico-teológica” (1996, p. 52). Essa educação tem por finalidade mais doutrinar as massas camponesas do que instruí-las; II – Educação Secundária, ministrada nos conventos; e III - Educação Superior, ministrada nas Escolas Imperiais, onde eram formados os funcionários do Império.
A partir do final do primeiro milênio da era cristã surge a ESCOLÁSTICA que buscou conciliar a razão filosófica grega com a fé cristã. São Tomás de Aquino procura elaborar uma síntese entre a educação cristã e a educação greco-romana, procurando, desse modo, estabelecer uma educação integral que favoreça o desabrochar de todas as potencialidades do indivíduo.
A Reviravolta Educacional Provocada pelo Renascimento e O Pensamento Pedagógico Moderno.
O homem do Renascimento confia na razão e nas aquisições culturais da Antiguidade. Destacam-se, nesse quadro, os ensaios de Michel de Montaigne “Da educação das crianças” e do “Pedantismo”. Esta, que emerge como nova classe social, a partir do Renascimento, disputará com a Igreja e a nobreza o poder político que, finalmente, conquistará, no século XVIII, com o advento da Revolução Francesa. A principal consequência da Reforma Protestante foi a transferência da escola para as mãos do Estado nos países protestantes. A ruptura de Lutero com o catolicismo é uma clara decorrência da aceitação dos ideais renascentistas. No Brasil, com a morte do Padre Manuel da Nóbrega, os jesuítas passaram a seguir fielmente os preceitos educacionais da Companhia de Jesus, a partir de 1600, consubstanciados na “Ratio Studio rum” e, esse modo desenvolveu uma educação que atuava em duas frentes: a formação de elites dirigentes e a formação catequética das populações indígenas”.
O Pensamento Pedagógico Moderno
O século XVII marca o surgimento da pedagogia realista que estabelece um momento
de transição entre a pedagogia do renascimento e a pedagogia iluminista do século VIII. Também sofre a influência do movimento científico da época, liderado por Galileu e Kepler, sem mencionar a profunda revolução causada pela teoria heliocêntrica elaborada por Nicolau Copérnico, ainda no século XVI.
A pedagogia realista, que tem Ratke, Comenius e Locke como principais expoentes, busca substituir o conhecimento verbalista anterior pelo conhecimento das coisas. Segue reafirmando com mais ênfase ainda a individualidade do educando e, na ordem social e moral, advoga o princípio da tolerância, do respeito à personalidade e de fraternidade entre os homens.
Ratke introduziu na educação as ideias de Bacon. Muitos dos princípios pedagógicos enunciados por ele, Locke e, principalmente, Comenius mostram ainda atualidade, tendo sido, em grande parte, incorporados no fim do século XIX e início do século XX pelo movimento da Escola Nova.
A Educação nos dois
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