RESENHA A CURA ATRAVÉS DO HUMOR PRONTA

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA

Resenha Crítica de Caso

Manuella França Brayner

Trabalho da disciplina: Saúde Mental na atenção básica e saúde da família

                                                      Tutor: Profa. Rosane de Albuquerque Costa

Recife

2019

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A CURA ATRAVÉS DO HUMOR: MISTURANDO SAÚDE MENTAL, HUMOR E NEGÓCIOS

TAYLOR, Michael; LEVIT, Tatiana

SIQUEIRA, Marluce Miguel; SANTOS, Élem Guimarães dos.Prevalence of mental disorders in the Brazilian adult population: a systematic review from 1997 to 2009.

Disponíevel em: http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/saude-mental. Acesso: 21/10/2019

CORREIA,Valmir Rycheta; BARROS, Sônia; COLVERO,Luciana de Almeida. Saúde mental na atenção básica: prática da equipe de saúde da família

INTRDUÇÃO

Segundo a Classificação Internacional de Transtornos Mentais e de Comportamento (CID-10)1, os transtornos mentais (TM) se classificam como doença com manifestação psicológica associada a algum comprometimento funcional resultante de disfunção biológica, social, psicológica, genética, física ou química. Podem ser classificados, ainda, como alterações do modo de pensar e/ou do humor associadas a uma angústia expressiva, produzindo prejuízos no desempenho global da pessoa no âmbito pessoal, social, ocupacional e familiar (SIQUEIRA; SANTOS,2009).

Os transtornos mentais são um campo de investigação interdisciplinar que envolvem áreas como a psicologia, a psiquiatria e a neurologia. Independente da classe social, idade ou localidade onde vive, a doença mental pode estar presente não havendo uma causa única.

Pessoas com problemas mentais, são estigmatizadas, independente do ambiente que frequentam, e isso às torna mais sensíveis, pois toda essa discriminação e falta de entendimento tornam os impactos mais devastadores do que a própria doença, sendo a melhor forma de quebrar esse estigma seja a educação baseada no contato, com o compartilhamento de experiências entre pessoas e o tratamento com respeito e dignidade.

DESENVOLVIMENTO

Em busca de uma alternativa para o tratamento de pessoas com esse tipo de doença, em 2009 foi fundada por Ian Morrison, portador de doença mental, em Regina, Saskatchewan, uma organização sem fins lucrativos, a Cura através do Humor (HTH), que era um programa de ensino de escrita e apresentação de stand-up comedy que focava em fornecer uma válvula de escape às pessoas que vivem com doença mental, reduzindo o estresse e sua competência, bem com adquirir habilidade para lidar com a doença através do riso e discussões em grupo. Era necessária uma conscientização do público sobre toda a discriminação latente na comunidade, já que as doenças mentais atingem uma parcela considerável da população canadense e, muitas vezes, são negligenciadas.

As turmas de Stand-up Comedy eram gratuitas, com aulas semanais em um ambiente amigável e acolhedor, voltado para o humor e com o lema: uma vez que você está pronto para rir, você está pronto para curar. O participante ideal era o que possuísse alguma doença mental, mas que já estivesse em recuperação e desejasse combater algum estigma ou preconceito. Os materiais, apostilas e planos de aula eram escritos por Morrison e ao final de 8 semanas, os alunos estavam prontos para a apresentação de um número. O próximo passo era estar integrado com o resto do mundo e lidar com atividades do cotidiano por conta própria.

Além das aulas, Morrison e um grupo de cineastas produziram um longa metragem de baixo orçamento e estavam trabalhando em um segundo filme. Com todo o seu talento criativo, conseguiu atingir a atenção da mídia, porém necessitava expandir seu projeto, já que sua divulgação era feita através do Facebook, o site da organização e pôsteres com as próximas apresentações.

Todo o entrave da empresa era a parte de seu financiamento e busca de recursos para uma melhor publicidade e divulgação. Algumas outras empresas já conseguiram atrair patrocínio financeiro, expandindo seus trabalhos em outros locais do Canadá. A HTH havia conseguido apoio de duas empresas que forneceram o espaço físico e um pequeno incentivo financeiro. O faturamento viria exclusivamente da venda de ingressos, que embora pequeno, beneficiava os participantes que complementavam suas rendas e lhes dava uma maior confiança. Porém, a única forma que ele poderia incrementar esse faturamento seria aumentando a frequência do público nas apresentações. Não poderia deixar de cobrar ingressos pois estes custeavam sua operacionalização. Era necessária uma verba para publicidade e propaganda. Ele então decidiu iniciar com a divulgação boca-a-boca além de propor adequar seus shows a cada ambiente e público e modelo.