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Reestruturação Familiar

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Por:   •  4/11/2014  •  1.796 Palavras (8 Páginas)  •  199 Visualizações

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

CURSO SERVIÇO SOCIAL

FAMÍLIA, MUTAÇÃO HISTÓRICA

Familia e Trabalho na Reestruturação Produtiva: ausência de políticas de emprego e deterioração das condições de vida

Deise Machado de Moura

Butiá

2014

FAMÍLIA, MUTAÇÃO HISTÓRICA

Familia e Trabalho na Reestruturação Produtiva: ausência de políticas de emprego e deterioração das condições de vida

Trabalho interdisciplinar apresentado ao Curso de Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas de Fundamentos, Sociologia, Ciências Políticas e Filosofia.

Professores: Rosane, Sergio, Wilson e Adir

Butiá

2014

FAMÍLIA, MUTAÇÃO HISTÓRICA

INTRODUÇÃO

A análise trata de maneira articulada as transformações da família e do mercado de trabalho sob o processo recente de reestruturação das atividades econômicas. No contexto de pequena expansão das oportunidades de trabalho observada nos anos 90 e de crescente desemprego dos principais mantenedores da família, novos arranjos familiares de inserção no mercado de trabalho passaram a ser articulados e teve como principais conseqüências a precarização das relações de trabalho e a deterioração da renda familiar. Nesse contexto, os “chefes de familia” não conseguiam manter os niveis de rendimentos familiar.

Este novo quadro resultou em maior partilhamento dos componentes da família na responsabilidade pela manutenção do grupo familiar. Os arranjos familiares passavam a forma-se diferentemente. A ausência de políticas socias de emprego, favoreceu o empobrecimento das familias. Enquanto as ofertas de emprego eram poucas os desempregados eram muitos, sem atenção do estado, eram praticamente invisiveis socialmente. Apesar da crise econômica, a familia foi uma importante aliada para segurar este momento. Neste contexto de reestruturação produtiva, cresce o número de empregos informal e diminui o numero de assalariados. A reestruturação produtiva influenciou tanto nas atividades produtivas quanto nas estruturas das famílias.

Agora o comportamento não era mais o mesmo, assim muda-se gradativamente tambem a cultura familiar, pois uma ação intervem na outra. Com todas essas mudanças na reesturação produtiva, houve também importante transformaçoes nos padrões familiares, como o crescimento de separações e o maior número de familias chefiadas por mulheres. As mulheres foram conquistando seu espaço no mercado de trabalho embora ainda existam preconceitos sobre a ocupação de cargos de chefia e em relação a remuneração, mais baixas que a masculina . A divisão sexual do trabalho influi tanto na família como no mercado de trabalho. Isso explica as diferentes formas de inserção de homens e mulheres no sistema produtivo.

DESENVOLVIMENTO

A reestruturação produtiva influenciou não somente a precarização da renda, a inserção de diferentes membros da familia no mercado de trabalho e a divisão social do trabalho, mas também a transformação dos arranjos familiares. A ausência de politicas de emprego tornava quase invisivel o desempregado. Dessa forma o “chefe” de familia, lugar antes ocupado somente pela homem, responsavel por toda renda da familia, precisava da contribuição dos demais membros da família, principalmente da mulher, que por sua vez começava a ser absorvida pelo mercado de trabalho. Tais mudanças influenciaram na transformação cultural da familia e do trabalho.

Diante desta nova configuraçao de família, a mulher e os filhos precisavam contribuir com a renda familiar. Frente a esta nova necessidade e diante às conquistas através de movimentos feministas a mulher passou a ocupar seu espaço no mercado de trabalho. A partir daí muitas transformações culturais e sociais ocorreram. Mesmo com o acesso da mulher ao mercado de trabalho, ainda há desigualdade em termos de valorização do trabalho feminino para o masculino.

O processo de transformação cultural e social na estrutura familiar, levaram os ideais de igualdade a substituirem os de autoridade antes ocupado pelo homem. A familia precisou adequar-se a esse novo momento.

[...] de agora em diante esta não será mais vista apenas como uma estrutura de parentesco que restaura a autoridade derrotada do pai, ou sintetizando a passagem da natureza à cultura através dos interditos e das funções simbólicas, mas como um lugar de poder descentralizado e de múltiplas aparências. Em lugar de uma definição de uma essência espiritual, biológica ou antropológica de família, fundada no gênero e no sexo ou nas leis de parentesco, e em lugar daquela existencial, induzida pelo mito edipiano, foi instituída outra, horizontal e múltipla, inventada pelo individualismo moderno (...) esta família se assemelha a uma tribo insólita, a uma rede assexuada, fraterna, sem hierarquia nem autoridade, e na qual cada um se sente autônomo ou funcionalizado. (ROUDINESCO, 2003, p. 155).

Dentro deste novo formato de família, a mulher com maior autonomia, insere-se no mercado profissional e as tarefas antes femininas, como cuidar das atividades domesticas e filhos, passa a ser dividida com o homem, anteriormente visto como chefe provedor da família. Diante do aumento do número de divórcios surge a possibilidade de novas composições familiares. Os casais na maioria das vezes tendem a ficar juntos pelo sentimento e não mais para manter uma tradição. Com isso o casamento perde sua força simbólica, pois os casais ficam juntos enquanto perdurar o afeto.

No século xx mudanças significativas com a entrada da mulher no mercado de trabalho são ressaltadas. A ruptura no padrão

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