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Relacionamento Entre Gestão Do Conhecimento, Os Gestores E A Organização

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Por:   •  21/9/2014  •  3.248 Palavras (13 Páginas)  •  341 Visualizações

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ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS:

Relacionamento entre gestão do conhecimento,

os gestores e a organização

Trabalho do curso de Pós-Graduação em Administração da Produção, apresentado ao Centro Universitário da FEI - IECAT, como parte dos requisitos necessários do curso de Administração de Recursos Humanos, orientado pelo professor José Emílio Laporta.

São Bernardo do Campo

25/06/2009

RELACIONAMENTO ENTRE GESTÃO DO CONHECIMENTO, OS GESTORES E A ORGANIZAÇÃO.

Introdução

A gestão do conhecimento nas organizações é um processo continuo de aprendizagem que se dá pela sinergia de dados, informações e a capacidade das pessoas em utilizar estas informações. As organizações só aprendem por meio de indivíduos que aprendem. A aprendizagem individual não garante a aprendizagem organizacional, contudo, sem ela a aprendizagem organizacional não existe. O verdadeiro conhecimento é localizado em métodos e atitudes onde pode ser renovado constantemente, sendo que um grande desafio para a organização consiste não na simples captação do conhecimento e sim a sua substituição.

A gestão do conhecimento na visão de Terra (2000) está ligada à capacidade de utilização e combinação pela organização das fontes e tipos de conhecimento, responsáveis pelo desenvolvimento de competências específicas e capacidade de inovação, sendo necessário à adoção de vários planos e dimensões da prática gerencial relacionada à gestão do conhecimento. Diante da realidade exposta, o objetivo deste artigo foi o de identificar as percepções dos gestores da Viação Santana Iapó Ltda, em relação às dimensões da gestão do conhecimento, seguindo o modelo proposto pelo autor supracitado. A metodologia utilizada foi o estudo de caso realizado junto a oito gestores, profissionais responsáveis pela criação e disseminação do conhecimento na organização e para a coleta de dados utilizou-se o questionário estruturado onde se avalia a existência de ações, normas e mecanismos compatíveis com a implantação do processo sistêmico de gestão do conhecimento. Para a tabulação dos dados utilizou-se à escala Likert de cinco pontos.

A gestão do conhecimento

A implantação da gestão do conhecimento nas organizações tem sido uma constante nas últimas décadas, motivadas pelo avanço das tecnologias, necessidade de aumento da produtividade, pela busca de melhoria da qualidade na prestação dos serviços, pela necessidade de se obter vantagem competitiva e garantir a sobrevivência no mercado. Nonaka (1997) diz que numa economia onde a única certeza é a incerteza, a única fonte que certamente traz vantagem competitiva duradoura é o conhecimento. De acordo com Loughridge (1999), a gestão do conhecimento é definida como a aquisição, troca e uso do conhecimento dentro das organizações, incluindo os processos de aprendizado e os sistemas de informação, requerendo a transformação do conhecimento pessoal em conhecimento corporativo de forma a ser compartilhado e apropriadamente aplicado, sendo sua sistematização vital às organizações. Segundo Terra (2000, p. 70):

A Gestão do Conhecimento está, desta maneira, intrinsecamente ligada à capacidade das empresas em utilizarem e combinarem às várias fontes e tipos de conhecimento organizacional para desenvolverem competências específicas e capacidade inovadora, que se traduzem, permanentemente, em novos produtos, processos, sistemas gerenciais e liderança de mercado.

No parecer de Fleury e Oliveira Junior (2001) a gestão do conhecimento deve servir como uma linha – mestra que orienta as ações estratégicas das empresas que se pretendem manter competitivas na economia do conhecimento. As melhores empresas, aquelas que puxam o fio das mudanças, criam e usam as informações e o conhecimento de forma compartilhada. Nonaka & Takeuchi (1997), concluem que o sucesso das empresas se deve às suas competências em criar conhecimento organizacional, disseminá-los por toda organização e incorporá-los a produtos, serviços e sistemas. Estabelecem ainda que a criação do conhecimento ocorre da relação existente entre indivíduos, grupos e a organização.

Segundo Terra (2000) para poder participar dos fluxos e acordos internacionais para troca de tecnologia e conhecimento, as organizações precisam adotar pró-ativamente estratégias de gestão do conhecimento como: aumentar rapidamente investimentos em qualificação profissional e P&D, implementar práticas gerenciais modernas e indutoras de ambientes organizacionais voltados à inovação de produtos e processos. Para o autor, a gestão do conhecimento obedece a um modelo que engloba três níveis da prática gerencial, o estratégico, o organizacional e o estrutural, modelo este que pode ser entendido a partir de sete dimensões.

As dimensões do conhecimento

Para que possamos entender a gestão do conhecimento, segundo Terra (2000), há necessidade de que esta seja relacionada a sete dimensões que avaliam a existência de ações, valores, normas e mecanismos compatíveis com a implantação do processo sistêmico de gestão que envolve três diferentes níveis da prática gerencial: o estratégico, o organizacional e o estrutural.

● Fatores estratégicos e o papel da alta administração: Seu papel é indispensável na clarificação da estratégia empresarial e na definição de metas. Cultura e valores organizacionais:

● A organização deve desenvolver uma cultura voltada à inovação, experimentação, aprendizado contínuo, comprometida com resultados de longo prazo e com a otimização de todas as áreas da empresa.

● Estrutura organizacional: Baseadas no trabalho de equipes multidisciplinares com alto grau de autonomia.

● Administração de recursos humanos: Melhorando a capacidade das organizações de atrair e reter profissionais com habilidades, comportamentos e competências, estimulando comportamentos alinhados com os requisitos dos processos individual e coletivo de aprendizado e adotando políticas de remuneração, associadas à aquisição de competências individuais, ao desempenho da equipe e da organização.

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