Relatório Debate de Filosofia
Por: Leila Guerreiro • 3/12/2019 • Trabalho acadêmico • 1.832 Palavras (8 Páginas) • 181 Visualizações
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Relatório Debate de Filosofia
Trabalho realizado por:
Diogo Domingues nº 21701096
Diogo Tomé Gomes nº 21703950
Leila Guerreiro nº 21703881
No conhecimento existe sempre uma relação, relação esta que consiste numa direção de dois pontos. Todo o conhecimento é uma relação entre o sujeito e o objeto, ou seja, não há conhecimento sem o sujeito, mesmo que este possa ser artificial, não há conhecimento sem destino, sem um produto, sem um objeto de estudo. Designamos, então, esta relação como uma relação cognitiva, portanto, conhecimento é uma relação de conhecimento.
O conhecimento de uma forma geral tem uma relação entre o sujeito, sendo que esse sujeito tem um inatismo específico, estamos a falar da codificação genética. O ser humano nasce com aptidões, caso isto não aconteça é por consequência de alguma anomalia.
Todos os seres humanos por inatismo da espécie tem a possibilidade de conhecer, isto é, este inatismo específico mostra que temos uma possibilidade sendo esta universal. Por universal entendemos algo que seja transversal a todos os seres humanos. Nós temos a possibilidade de conhecimento muito complexo, sofisticado que atinge patamares de abstração.
Quando falamos de critérios diferenciais estamos a referir-nos à diferença de espécie, por exemplo entre nós e uma galinha, as galinhas não escrevem livros, não leem isto não quer dizer que sejam piores que o ser humano, ou o ser humano melhor que elas, mas sim que existe diferença de espécie. O património genético específico do ser humano é o sujeito. Ao conhecer o ser humano debruça-se sobre objetos, portanto, o ser humano pode ser o sujeito.
Nesta relação cognitiva sujeito-objeto existe alguém que está apto a conhecer e alguém que está disponível para ser conhecido. O sujeito tem a aptidão para conhecer e o objeto tem de ter a disponibilidade para ser conhecido. Aptidão para conhecer prende-se com ter capacidades, instrumentos, competências e mais valias para o fazer, o facto de ter aptidão para conhecer não significa que possa conhecer todo o tipo de objetos. Só é possível conhecer objetos disponíveis, que esteja ao seu alcance. Consequentemente que o ser humano conhece são objetos disponíveis. Nem todos os objetos estão disponíveis porque alguns podem não existir. O ser humano não consegue conhecer um objeto vazio pois está a fazer uma fuga à objetividade daquilo que está a pensar. Não é possível pensar naquilo que não está disponível.
A relação cognitiva é aquilo que chamamos o caminho para e daí surge o methodos, que em grego significa isso mesmo. O sujeito tem um caminho, uma via para o objeto. Isto resulta num método de cognição, de apropriação do objeto.
Qual é o nosso objeto de estudo?
A nossa grande questão é, “Qual é o nosso objeto de estudo?”. A resposta a esta pergunta não é fácil, uma vez que o nosso objeto de estudo não nos pertence, pertence, sim, às ciências sociais, como a sociologia, gestão de recursos humanos, etc. Posto isto há um problema, ainda não se percebeu qual é a área de disponibilidade, não sabemos se é a motricidade, se é o treino, a atividade física ou tudo junto. Enquanto houver objeto partilhado não haverá necessidade social que nos une, não haverá ordem, como a dos médicos, não teremos, assim, direito a um lugar diferente com um objeto diferente. Quando se referem a qual é a nossa área específica o que nos querem perguntar é qual é o nosso objeto em concreto.
Este objeto disponível, esta disponibilidade ou é uma disponibilidade partilhada, que resulta no problema, ou é por sua vez, mostrando a especificidade cívica. Portanto não é transversal a várias áreas científicas, mas sim a um grupo profissional. Nós somos uma área científica profundamente jovem. As áreas científicas mais antigas delimitaram o seu objeto, antes dos outros. Serão ciências fortes, mas solitárias.
A nossa área tem um objeto partilhado, isto é, vai ter uma interdisciplinaridade, sendo uma mais valia pois estamos a caminho do futuro dado que todas as áreas científicas vão ser interdisciplinares estando assim preparadas para a complexidade. A complexidade é a certeza absoluta que não sobrevivemos sozinhos, que um problema não pode ser tratado por uma convocatória das ciências auxiliares.
Humildade Científica
Ninguém vai sobreviver sem partilhar conhecimento, ninguém vai conseguir responder a um problema sem fazer minimamente o que é chamado trabalhar em equipa, humildade científica. A opinam de vários especialistas, partilha de informação, solução em conjunto, reflexão em conjunto, por isso esta cadeira filosofia é aquela que mais se abre á possibilidade da partilha das chamadas ciências complementares. Nós precisamos de outras áreas para conseguir abordar o assunto, nós somos a área mais jovem neste momento e mais complexa, nós temos uma relação profunda com o objeto da medicina, física, psicologia, estatística. Mas nós não somos nenhuma delas. O facto de nós, tal como as ciências do futuro sermos ciências partilhadas vamos partilhar informação com outros profissionais de outras áreas, a resolução dos problemas não é unívoca, mas precisamente tolerável.
Senso Comum
É disponibilizado de modo informal, vem do inatismo específico, pode se adquirido de todos os modos e pertence, assim, a todos os seres humanos.
Existem pessoas dotadas de senso comum e outras sem o mesmo.
Senso Específico
O senso específico é aquele que nos envolve numa comunidade, comunidade esta que partilha informação e que precisamos de certificação. É o reconhecimento em comunidade dos patamares que o sujeito tem trabalhado em relação ao objeto. Quando este objeto é partilhado pode muitas vezes ser unilateral, mas é um objeto bilateral. Com objeto unilateral entendemos um objeto que é conhecido com independência do sujeito, como objeto bilateral é o objeto que te duas faces, que nos está a conhecer, portanto, quando um objeto que está a ser conhecido pelo sujeito se torna num sujeito temos a bilateralidade.
Questões Primordiais
Tales de Mileto, em Atenas acerca de 27 séculos atrás, realizou (na linguagem atual) um inquérito, em que teve por base 3 questões primordiais:
Quem sou? – Origem;
De onde venho? – Essência
Para onde vou? – Finalidade
Tales observa que existem dois tipos de conhecimento existindo, portanto, duas civilizações. O mundo responde várias vezes à mesma pergunta e responde através de todas as civilizações que habitaram a mitologia e a religião. A civilização mitológica responderam às perguntas dizendo que eram matéria, que vinham da matéria e que a matéria regressariam. São, então, produtos dos elementos cósmicos que se criam a si próprios e que se mantêm e a ele regressam. A civilização religiosa respondeu dizendo que eram filhos do espírito, que do espírito vinham e que ao espírito regressariam.
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