Resenha Critica do Filme a Fome do Poder

RESENHA CRÍTICA DO FILME: FOME DE PODER

O filme reproduz a história real vivida por Ray Krok e os  irmãos Richard e Maurice McDonald’s, que desenvolveram toda uma dinâmica para agilizar a produção e o oferecimento de hambúrgueres, no sul da Califórnia (fundadores da Mc Donald´s) na década de 50. No início o personagem Ray Krok nos dá uma aula de persistência, na história ele chega a viajar todo o EUA para vender suas máquinas de milk shake. Sempre se mostrando positivo apesar de só conseguir realizar 1 venda a cada dez visitas.

Ray sempre gostou de analisar as empresas que ele oferecia seus produtos, e via que todos possuíam falhas em suas estratégias e cometiam diversos erros. Quando ele recebe a encomenda de uma empresa solicitando a entrega de seis mixeres, o que leva a sua estranheza, o fazendo ligar para checar se não houve algum equívoco.

Entretanto, ao ligar, Ray descobre que ao invés de seis os proprietários queriam oito mixeres, isso fez com que ele tivesse a curiosidade de conhecer a lanchonete. Ao chegar no local, impressiona-se com um método de sistema speede (rápido) que rendia em 87% de aproveitamento criado pelos irmãos Mc, para a época algo que impressionava.

Apesar de todo sucesso na região, os irmãos com receio de que seus produtos perdessem a qualidade, e por experiencias frustradas ao tentarem abrir franquias, não tinham a ambição de evoluir o negócio. Já que não dá para mudar o patamar de um negócio sem assumir certos riscos.

Ray ao conhecer através dos irmãos Mc, a ideia estrutural da lanchonete em Phoenix (que tem arcos dourados) e sonhando alto, propõe aos donos da marca a reformulação do que se trata o Mc Donald´s dentro do País com a pretensão de assegurar abertura de franquias. Com muita insistência, Ray, consegue realizar um contrato com os Irmãos Donald´s (os franqueadores) para que pudesse atuar como master franqueado.

O contrato estabelecia que Ray, na condição de Master Franqueado, tinha permissão para procurar franqueados e seria responsável pelo treinamento e suporte aos novos contratantes, sempre respeitando ao modelo de atividade empresarial desenvolvido pelos franqueadores, sendo que qualquer alteração era necessária a aprovação prévia dos irmãos Donald´s. Ray pagaria aos franqueadores uma taxa no valor de 0,5% dos lucros e receberia uma participação de 1,4% das receitas geradas onde atuava.

O filme retrata como o tipo de fraqueado impacta diretamente no sucesso de cada lanchonete aberta.  Logo quando teve a ideia de ampliar a marca Mc Donald´s, Kroc buscou junto aos mais ricos do momento parceiros como franqueados. Ocorre que para essa elite, que não consumiam hambúrgueres no seu dia a dia, a lanchonete era vista como mais um meio de se ganhar dinheiro. Não tinham preocupação em manter os padrões de qualidade estabelecidos pelos irmãos fundadores.

Em certo ponto do filme, Krok começa a procurar franqueados que visavam na sua franquia uma enorme oportunidade nas suas vidas. Eles apostavam todas as suas poupanças no negócio e faziam das lanchonetes a o seu ''ganha pão'', então era como se fosse suas vidas. Foi nesse momento que o Mc Donald´s cresceu surpreendente, e foi se consolidando até se tornar do mega conglomerado dos dias atuais.

O Mc Donald´s só começou a desenvolver-se e solidificar quando colocou a inteligência financeira em seu planejamento. Em um certo ponto do filme, antes do Ray tomar alguma atitude, a marca já estava em 17 estados americanos, mas ele estava atolado em dívidas (financeiramente falido). É exatamente aí que ele contrata o especialista em finanças, que passa a diagnosticar seu modelo de negócio e o aconselhar a ajustá-lo de forma a garantir maior lucratividade ao negócio.

O Master Franqueado cria uma empresa de arrendamento imobiliário (chamada Franchise Realty Corporation e, depois, The McDonald’s Corporation) com a finalidade de vincular a construção das sub-franquias a terrenos de sua propriedade.

Até Porque, não seriam somente com os lucros obtidos da venda de sanduíches que Krok conseguiria se tornar forte, mas sim possuindo o próprio terreno onde as lojas seriam construídas. Além da franquia de fast food, ele tornou-se um legítimo investidor imobiliário, recebia pelos aluguéis das lojas que estavam funcionando, fazendo com que fosse ampliada suas margens de lucro e proporcionando um controle indireto sobre os contratos de franquia.