Resenha Do Livro: Dissertação Nao é Bicho Papao
Casos: Resenha Do Livro: Dissertação Nao é Bicho Papao. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Mcduarte • 25/3/2014 • 732 Palavras (3 Páginas) • 1.686 Visualizações
PESSOA, Simone. Dissertação não é bicho papão: desmistificando monografias, teses e escritos acadêmicos. Rio de Janeiro, Rocco, 2005,
Construir trabalhos de dissertação, teses e/ou monografias é uma tarefa desafiadora, principalmente para quem realiza qualquer uma dessas formas de produção textual pela primeira vez.
Simone Pessoa, autora do livro “Dissertação não é bicho papão” é Mestre em Administração de Empresas, trabalha como executiva em um banco de desenvolvimento e coordena trabalhos voltados para equipes e construção de visão social e grupal.
Como professora atuante na área, o principal objetivo da referida obra da autora é desmistificar a todas as pessoas interessadas, que estejam produzindo ou com o intuito de produzir uma dissertação, tese ou monografia sobre o lado dificultoso e negativo, e desenvolver um ponto de vista prazeroso e significativo que existe nestes tipos de produção.
Apesar de sua obra ter sido direcionada em um primeiro momento para mestrandos, é extensiva para doutorandos, professores de metodologia científica, orientadores e estudantes em geral, tanto para cursos de graduação ou pós-graduação. A autora conduz os leitores a valorizar os seus textos não em termos puramente metodológicos, mas sobretudo, a visualizar e a valorizar o lado compensador e prazeroso do exercício da criatividade.
No primeiro momento de seu livro, Pessoa leva o indivíduo a refletir sobre a necessidade de fazer ou não uma dissertação, mostrando os dois lados da moeda. Mesmo mantendo sempre a postura de incentivo para produções acadêmicas e de ressaltar as vantagens de valorização profissional, auto-estima e de investimentos, Pessoa não deixa de frisar que o desenvolvimento de uma produção textual é um longo caminho a ser percorrido, que requer compromisso e bastante estudo.
Normalmente, como a grande maioria dos indivíduos possui compromissos com seus cônjuges ou envolvimentos e laços familiares, Pessoa também aborda a questão “família e tempo”. Nesse sentido e nas palavras da própria autora:
(...) a decisão do mestrado não deve ser individual e sim coletiva, ou seja, com a concordância da família, sobretudo do cônjuge, abrangidos nesse conceito companheiros(as), noivos(as) ou namorados(as). (...) Existem muitos tipos de cônjuge e, dependendo em qual deles o seu se enquadra, pode fazer muita diferença no processo. Há aqueles que apóiam ombro a ombro e (...) outros modelos de cônjuges (...) os indiferentes. (PESSOA, 2005, p.23-24)
Assim, para evitar “percalços” e supostas contrariedades, sugere a autora que antes do leitor assumir o compromisso de se matricular num mestrado ou curso de pós-graduação, deve o mesmo passar por uma negociação familiar, expor sobre todas as vantagens de concluir o mesmo e os respectivos bônus e ônus de empreendê-lo (que exigem certos sacrifícios em abdicar de alguns compromissos sociais e/ou maior atenção dedicada à família).
Num segundo momento, definidos os aspectos com relação à família e tempo, surge a questão da escolha do tema, que para Pessoa, deve fazer sentido no cotidiano do indivíduo. É muito importante na escolha e definição de um tema verificar o que pode trazer mais vantagens práticas e facilidades de pesquisa, bem como
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