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Resenha: Vermelho Como O céu.

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Por:   •  14/9/2014  •  714 Palavras (3 Páginas)  •  291 Visualizações

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Superando os limites sociais

O filme narra a história de um menino que levava uma vida normal, brincava com os amigos, mantinha boas relações com seus pais e tinha acesso a um veículo de informação e cultura- o cinema, o qual era sua grande paixão. Entretanto, um acidente em casa com a arma do pai muda radicalmente sua vida, pois em consequência deste, sua visão foi prejudicada e ele, obrigado por lei a ser transferido para uma escola especialmente destinada a deficientes visuais, caso quisesse continuar seus estudos. Isto nos levar a perceber que as crianças eram segregadas (separadas das não cegas).

Um velho gravador foi o instrumento que lhe abriu novos horizontes no desempenho de sua imaginação e criatividade, na fase de adaptação que se encontrava. Mirco conhece uma garota, filha de uma funcionária da escola, a qual o ajuda na criação de suas histórias com sons, logo depois há o envolvimento dos outrosmeninos da instituição, porém essa prática não é permitida.

Juntos, e contando com a ajuda do professor, eles conseguem superar o método rígido e restrito imposto pelo diretor, e passam a ensaiar a apresentação da história feita por eles, que substituiu a citação bíblica de todos os anos. No fechamento do ano letivo, os pais têm que vendar seus olhos para assistir à apresentação das crianças. Esta cena nos instiga a ter um olhar diferenciado para as coisas que nos cercam, valorizando os nossos outros sentidos.

O filme nos faz refletir acerca de diversas temáticas, tais como:

A capacidade de adaptação e superação do ser humano: A vida do menino Mirco mudou totalmente, ele teve que adequar-se ao novo ambiente em que foi inserido, com pessoas novas, separar-se de seus pais e amigos e principalmente adaptar-se ao “mundo da escuridão”. Apesar de ter perdido um dos principais sentidos, o da visão, o garoto não desistiu de seus sonhos e com determinação, conseguiu traduzir o mundo através de outros sentidos (tato, olfato, audição), explorando possibilidades alternativas de exercitar sua criatividade, superando os limites sociais.

Modelo rígido de educação, o qual bloqueia a expressão da imaginação: Com o método tradicional e decerta forma autoritário da escola, as crianças não desempenhavam suas capacidades mentais máximas. O garoto Mirco, tenta superar as dificuldades frente à cegueira e dar vazão à sua imaginação, porém é reprimido, mas com o auxilio da amiga e do professor, consegue não só desempenhar tais capacidades mentais, como envolver os outros meninos nessa criação, proporcionando-lhe uma sensação de liberdade que nunca tinham sentido antes.

Exclusão social: Havia um enorme preconceito contra as pessoas com deficiência visual na época, acreditava-se que eles não poderiam exercer muitas atividades, sendo limitadas suas opções de trabalho. Com isso, o único ensino profissionalizante que tinham era o oficio manual principalmente tecelaria. Assim como o menino foi “rejeitado” pelas escolas públicas por não ser considerado uma criança normal e segregado dos demais, as pessoas em sofrimento mental também foram afastadas/segregadas do convívio social, sofrendo discriminação e sendo taxadas de loucos agressivos. Estas pessoas eram trancafiadas em instituições manicomiais e para serem “disciplinadas” sofriam tratamentos

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