Resenho Do Filme Black

Resenha Crítica

“Black”

O filme Black já retrata sua história no próprio título: ESCURIDÃO. Retrata a vida de uma mulher que não possui visão nem audição desde seu nascimento.

A dificuldade da família em aceitar foi um fato marcante da história. O pai faz vista grossa e em determinados momentos pensa em se livrar do “problema” internando sua filha em uma clínica, porém a mãe discorda da decisão.

A saída encontrada é contratar um professor particular especializado na situação. A família ouve falar de um professor que conseguiu bons resultados com seus métodos e decide contactá-lo. O professor aceita o desafio, não pensando muito na realidade financeira, apesar de estar desempregado, mas pensando em ajudar a criança. Aqui nota-se claramente a realidade de um professor, que a princípio deve lidar pensando no amor à profissão.

No primeiro contato o professor fica assustado em como a criança vive. Faz semelhança ao tratamento de um animal e determina regras à família para alcançar o sucesso. A princípio seus métodos, muito rígidos, foram pouco aceitos pelo pai, mas a mãe opta pela sua intuição que dará certo.

O professor relata que a criança vive totalmente na escuridão e que só será feliz quando dela saísse. Isso só seria alcançado com o conhecimento. Começa aí uma cansativa “luta” entre a vontade de ensinar do educador e o bloqueio no aprendizado. A criança tem medo de qualquer novidade que apareça, já que se acostumou profundamente com seu mundo isolado.

O pai, rigidamente decide afastar o professor, pois não gostou de seus métodos. O professor se nega a terminar seu projeto e decide continuar seu desafio escondido do pai. A mãe aceita ajudá-lo a continuar enquanto o pai sai de viagem por 20 dias. A intuição de mãe ajuda o professor desenvolver seu papel.

Durante os 20 dias a criança obteve muito pouco avanço, mas qualquer avanço já é um passo significativo no processo de aprendizagem. Apenas no último dia, na presença do pai que, novamente rigoroso, expulsa o professor, a criança demonstra os primeiros sinais de que é capaz de aprender e conviver na sociedade.

A partir daí o professor confirma a veracidade de seus métodos e participa ativamente da vida da deficiente. Cada vez mais estimula sua capacidade de crescer e conviver normalmente na comunidade. O próximo desafio a ser encarada seria graduá-la em Artes, um sonho de infância. Novamente o preconceito social menospreza a capacidade da deficiente e julga não ser capaz de se adaptar em um ambiente acadêmico. Porém o professor busca novos meios e comprova novamente que ela é capaz.

Depois de muito esforço e de várias reprovações, a jovem consegue formar-se. Na colação, ela não pode contar com a presença de seu maior instrutor que decidiu afastar-se por dois motivos: estava com mal de Alzheimer e havia beijado a jovem para que a mesma pudesse se sentir mais valorizada.

O desfecho da história emociona o espectador, já que a jovem consegue achar o professor internado em uma clínica, totalmente fora de si. Ela luta e acredita em ajudar seu professor, uma atitude reflexiva. Como foi ensinada pelo professor, nada é impossível, e ela começa a ter avanços significativos quanto à doença do professor.

Tiro por proveito