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Residuos Da Incineração Do RSU

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Por:   •  6/2/2015  •  1.509 Palavras (7 Páginas)  •  220 Visualizações

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Resíduos da incineração de RSU

A combustão decompõe termicamente a matéria através da oxidação, desse modo reduz e minimiza o volume de resíduos, e destrói a sua patogenicidade juntamente com a toxicidade associada aos compostos orgânicos. Isto pode ser aplicado a resíduos industriais, municipais ou perigosos em que está comprovado que estes contêm material orgânico uma vez que são as substâncias orgânicas primárias que sofrem e sustem a oxidação térmica.

Depois da combustão, os resíduos são convertidos em CO2, água, cinzas e pequenas quantidades de uma vasta gama de voláteis e resíduos sólidos (p.ex. CO, fuligem…). Dependendo da composição inicial do resíduo (e algumas vezes do combustível utilizado para suportar a combustão), os compostos vão conter quantidades diferentes de halogênios, enxofre, azoto e metais. Estes são perniciosos para a atmosfera e altamente controlados (limite de emissões). Assim, para cumprir as regulamentações, as incineradoras têm de estar equipadas com dispositivos apropriados, tais como, precipitadores, unidades de filtragem e membranas. A natureza e a quantidade de emissões vão depender em larga medida da natureza dos resíduos, mas também das condições de combustão (propriedades físicas dos resíduos, nível de oxigênio presente, turbulência, temperatura, duração, etc.). Uma boa combustão tem de obedecer aos seguintes critérios: minimização das incrustações nas caldeiras e corrosão e reduzida emissão de substâncias orgânicas indesejáveis.

Além da água, existem essencialmente quatro tipos de emissões para a atmosfera no processo de incineração de resíduos:

- Gases: CO, CO2, NOx, SO2, HCl, HF;

- Poeiras minerais: cinzas volantes;

- Metais pesados: Pb, Cu, Hg, Cd, Ni, As, etc.;

-Moléculas orgânicas: PAH e outros hidrocarbonetos, Dioxinas/Furanos, carbonatos orgânicos voláteis, etc.

O tratamento de gases é efetuado para reduzir todas estas emissões perniciosas para o ambiente. Os gases, como noutras instalações de combustão, podem contribuir para o aquecimento global, acidificação e em pequena extensão para a depleção da camada de ozônio. Estes gases também têm efeitos na saúde humana (p.ex. irritação pulmonar pela inalação de óxidos de enxofre) e na corrosão das caldeiras de incineração. O principal perigo das moléculas orgânicas libertadas pelos gases de combustão consiste nos seus potenciais efeitos na saúde humana (p.ex. compostos orgânicos voláteis). Estes efeitos podem ser sentidos diretamente ou indiretamente pela bioacumulação e biomagnificação através da cadeia alimentar, e são difíceis de quantificar (p.ex. dioxinas). Contudo, os compostos orgânicos podem ser destruídos quer por calor, fotodegradação ou biodegradação. De qualquer modo, é necessária uma oxidação completa para eliminação destes compostos orgânicos.

Os metais pesados também apresentam interesse devido à sua toxicidade para os humanos e ecotoxicidade. Contudo, para estes exercerem a sua toxicidade têm de estar biodisponíveis. Por exemplo, o chumbo dissolvido na água pode exercer a sua neurotoxicidade enquanto o cádmio e o cromo das ligas de aço usadas no mobiliário não apresentam perigo para a saúde pública porque estes dois elementos estão “fixos” e não estão biodisponíveis. De qualquer maneira, ao contrário das moléculas orgânicas, os metais pesados não podem ser destruídos. Todos os esforços devem ser então centrados para evitar a presença destes metais pesados nos resíduos, mas aquela fração que não pode ser evitada, os metais pesados presentes têm de voltar ao ambiente numa forma não-biodisponível, isto é, não respirável e não lixiviável. Uma forma de evitar estes problemas é o uso de um pré-tratamento e uma classificação de forma a parar tanto quanto possível a entrada de metais pesados nos fornos ou incineradoras. Durante o processo de incineração dos resíduos, uma parte dos metais pesados é libertado pelos gases e outra parte fica no estado sólido (escórias, cinzas, etc.). A captura destes metais é usualmente executada na etapa do tratamento de gases de combustão levando a um carácter de perigosidade deste mesmo tratamento. A imobilização das poeiras, cinzas e escórias recolhidas depois da combustão pode ser realizada, mas acarreta custos elevados.

As poeiras minerais muito finas (cinzas volantes) e, em particular fracção PM10 (partículas inferiores a 10 μm), constituem um problema principalmente para os pulmões se inaladas, sendo assim estas têm de ser capturadas e fixadas. À excepção dos gases, todos os outros contaminantes emitidos pelos gases de combustão estão ligados entre si e formam partículas devido às suas propriedades electrostáticas e de absorção. As cinzas são um tipo de poeira mineral mais grosseiro que é removido do fundo dos fornos.

Considerando a diversidade de resíduos e tecnologias, de uma forma geral é difícil comparar as emissões de gases. Contudo, algumas regras importantes devem ser consideradas:

- Quanto mais elevada a temperatura do processo, maior a produção de NOx;

- Quanto mais elevada a quantidade de enxofre na entrada (resíduos, matérias-primas), maior a produção de óxidos de enxofre (isto pode ser diferente nas cimenteiras). O mesmo acontece para os metais pesados voláteis como o mercúrio;

- Quanto melhor a combustão (de acordo com a regra dos 3T: tempo, temperatura e turbulência) menor será a fuligem e o carbono orgânico nos gases de combustão;

- Quanto mais elevada a temperatura de combustão e mais rápido o arrefecimento dos gases de combustão abaixo dos 200 ºC, menor será a quantidade de dioxinas formadas.

Obtenção de Energia Elétrica pela Incineração de RSU

Estima-se que 75% dos RSU gerados nos países OECD (após permitirem a reciclagem) estão disponíveis para serem utilizados como combustíveis. Isto prevê um total (em termos de energia primária) de 75 Mtep, distribuído por região como mostrado no. Assumindo uma eficiência típica de geração de 25%, isto é equivalente a 218 TWh por ano. Estudos de prospecção

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