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Resistências: A reação terapêutica negativa

Por:   •  23/9/2021  •  Resenha  •  726 Palavras (3 Páginas)  •  179 Visualizações

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ALUNA: Erica Teodoro Celeri                 RA: C7498I-2 - Psicologia 8º sem not

ZIMERMAN, D.E. Resistências: A reação terapêutica negativa.  ZIMERMAN, D.E. Manual de Técnicas Psicanalíticas. Porto Alegre: Artmed, 2008.

 Nesse capítulo, o autor explana sobre as possíveis resistências mobilizadas no processo analítico e seus motivos.

Desde que o termo foi utilizado por Freud com a paciente Elisabeth Von R (1893), a resistência ou “mover-se contra algo” era visto como um empecilho, um obstáculo à análise. Contudo, atualmente, a resistência tem sido, muitas vezes, utilizada como material de análise, isto é, demonstra como o paciente se defende e resiste aos obstáculos da vida.

Freud estudou as resistências mais a fundo em Inibição, sintoma e angústia (1926), descrevendo suas possíveis fontes. A resistência de repressão refere-se a tudo que o ego reprime por causar sofrimento. A resistência de transferência é quando, na iminência de uma transferência negativa com o analista, o paciente desenvolve a resistência. A resistência de ganho secundário ocorre quando o objeto de doença trás benefícios ao paciente, como pleitear uma aposentadoria, etc. Nesse caso, a resistência passa a ser muito difícil de ser abandonada. As resistências provindas do ID são aquelas ligadas à “compulsão pela repetição”, ou seja, o sujeito tem resistência contra possíveis mudanças e prefere permanecer repetindo os mesmos comportamentos. A mais difícil de ser trabalhada é a resistência oriunda do superego, pois envolve sentimentos de culpa que exigem punição, por isso são mais difíceis de serem abandonadas. Em estudos posteriores, Freud mostra outro tipo de resistência, proveniente do ego contra o ego, que é quando o sujeito considera a cura como um novo perigo.

Zimerman (2008) aprofunda sua visão quanto ao manejo clínico das resistências no setting analítico. Ele afirma que a resistência provém sempre do ego, de forma consciente ou inconsciente. É expressa por ideias, emoções, impulsos, fantasias, atitudes, linguagem, somatizações e ações. Podem vir tanto de maneiras mais sutis como mais claras, dependendo do momento analítico.

Outra maneira de se analisar as resistências pode ser observar as faltas, atrasos, silêncio exagerado, sonolência, segredos etc. Desse modo, deve-se observar o grau e a função dessas defesas mobilizadas, que segundo, Zimerman (2008) podem se constituir em inibições, sintomas, angústias, estereotipias, falso self, formas obstrutivas de linguagem, etc. Além disso, o autor faz uma referência a respeito dos pontos de fixação patológicos do paciente, que podem ser de natureza narcisista, esquizoparanóide, etc., e também podem ser analisadas á luz das etapas evolutivas do desenvolvimento emocional primitivo.

O autor afirma que a forma resistencial mais grave é aquela em que o paciente apresenta-se como desistente, ou seja, quando o paciente age de maneira mecânica, formal, inexpressivo, inibindo-se de ter desejos com medo da frustração. Nesse caso, como o autor pondera, os pacientes mais regredidos, se não satisfeitos em suas necessidades, podem desenvolver sentimentos de novo fracasso do meio ambiente, intensificando as memórias de rejeição e indiferença das pessoas significativas de sua vida. Estes podem ser potenciais suicidas.

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