Resumo Do Livro Harry Potter E As Reliquias Da Morte
Artigo: Resumo Do Livro Harry Potter E As Reliquias Da Morte. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: susanoo • 22/11/2013 • 576 Palavras (3 Páginas) • 1.478 Visualizações
Harry Potter e as relíquias da morte
Em As Relíquias da Morte a face oculta dos principais personagens é revelada, o que leva o leitor a sentir uma empatia maior por eles, uma vez que seus conflitos e dilemas interiores são semelhantes aos de cada ser. Mesmo entre os próprios Comensais da Morte é possível encontrar por trás das máscaras criaturas mais humanizadas. O tema que mais se destaca, porém, é o da própria morte. E aqui, ao contrário do que se pode imaginar, a indagação mais importante não é se a autora decidiu ou não matar o protagonista de sua saga, mas sim a sua concepção sobre esta questão delicada e controvertida. Logo no início do livro o leitor encontra duas epígrafes que deixam claras as ideias de Rowling sobre a morte, que ela vê como uma passagem, um mero despojamento do corpo físico, a viagem mais significativa da alma humana por paisagens que, embora desconhecidas, não configuram o fim de tudo, mas sim um novo começo, a possível cura dos males que não se resolvem nas paragens terrenas. Ou, no caso das criaturas sombrias, uma maldição que se prolonga. Rowling cria, dentro desta visão, um cenário perturbador, dominado pela presença iminente da morte, que parece se impacientar cada vez mais, exigindo incessantemente seu quinhão de almas, como se revela em uma das histórias extraídas do livro de fábulas Os Contos de Beedles, o Bardo - inserido pela autora neste enredo e posteriormente lançado como uma obra independente -, uma espécie de contos de fadas para bruxos. Nesta trama, intitulada O Conto dos Três Irmãos, narra-se como surgiu a lenda sobre as Relíquias da Morte, dádivas oferecidas pela própria morte a três irmãos que ousam desafiá-la, com a oculta intenção de colher suas vidas. Esta alegoria só reforça a forma de agir desta coletora de almas, o quanto ela é temida, transformada em tabu, indesejada, porém inevitável. Neste último livro, Harry e seus amigos seguem atrás das horcruxes, que contêm os fragmentos da alma de Voldemort. Supostamente ele se fragiliza à medida que cada uma delas é destruída. Desta forma, cresceriam as possibilidades de sua derrota. Mas os segredos se multiplicam, assim como as dúvidas do protagonista. Em determinado momento ele se vê diante de um angustiante dilema: seguir atrás das horcruxes ou encontrar as Relíquias da Morte e, assim, vencer esta última barreira, transformando-se no Senhor da Morte, entidade que paira cada vez mais sombria sobre os caminhos percorridos por Harry e seus companheiros. Na trama nada é o que realmente parece ser. Este é o toque de gênio da autora, que a cada passo surpreende mais o leitor, criando assim uma trama inteligente, profunda, de tirar literalmente o fôlego. Suas 590 páginas não intimidam, pois uma vez que se inicia a leitura, é praticamente impossível parar. Definitivamente J. K. Rowling teceu, ao longo dos bastidores de sua saga, ou nas entrelinhas, como se preferir, mais que uma fábula infanto-juvenil. Um olhar mais atento pode, sem dúvida, encontrar em suas páginas uma séria discussão sobre a alma humana, o destino do Homem, o terrível embate entre luzes e sombras, não só no âmbito externo, mas principalmente no interior do próprio ser, e sobre o definitivo encontro com a Morte. No final, resta ao leitor, além destas profundas reflexões, as saudades melancólicas dos personagens, que com certeza já entraram para a galeria
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