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Resumo Inquisição Na Europa E No Brasil

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Por:   •  25/11/2013  •  1.254 Palavras (6 Páginas)  •  2.409 Visualizações

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INQUISIÇÃO NA EUROPA E NO BRASIL

A Inquisição, ou Tribunal da Inquisição ou Santa Inquisição foi um tribunal cristão utilizado para averiguar heresia, feitiçaria, bigamia, sodomia e apostasia. O culpado era muitas vezes acusado por causar uma "crise da fé", pestes, terremotos, doenças e miséria social, o acusado era entregue às autoridades do Estado, que o puniriam, as penas variam desde confisco de bens, perda de liberdade, até a pena de morte.

A Inquisição é confundida com "Tribunal do Santo Ofício", porém o segundo é uma entidade que tem por função fazer inquisições. Ao contrário do que é comum pensar, o "tribunal do Santo Ofício" é uma entidade jurídica e não tinha forma de executar penas.

O resultado da inquisição, feita a um réu, era entregue ao poder régio. Este tribunal era muito comum na Europa a pedido dos poderes régios, pois queriam evitar condenações por mão popular.

A Inquisição iniciou-se na Europa na idade média no século XIII e era dirigida pela Igreja Católica Romana. Os países que mais aderiram aos tribunais que julgam todos aqueles que tinham ideias contrárias a doutrina da igreja, foram países como: Portugal, França, Itália e Espanha.

Os acusados pela inquisição não tinham direito de saber quem os acusará, porém podiam dizer os nomes de seus inimigos para avaliação deste tribunal. Os condenados cumpriam penas desde prisão temporária, perpétua ou até a morte na fogueira.

Um dos acusados pela inquisição de bruxaria foi o astrônomo italiano Galileu Galilei que afirmava que o planeta Terra girava ao redor do Sol, porém não foi condenado a morte. Já o filósofo Giordano Bruno, não teve essa mesma sorte e foi levado ao campo de Fiori com a boca amordaçada para não proferir nenhuma palavra ao povo, e lá foi queimado na fogueira.

Um dos principais alvos da inquisição, foram as mulheres que detinham conhecimento de plantas medicinais, por esse motivo eram julgadas como bruxas. Como o movimento inquisitório foi tomando cada vez mais força, começou a atrair a atenção dos reis e rainhas, no caso, principalmente o rei e a rainha da Espanha no séculos XV, que utilizavam a santa inquisição para perseguir e reduzir o poder dos nobres e roubarem os bens dos judeus.

Durante a inquisição, milhares de pessoas foram torturadas e queimadas vivas. Com um poder cada vez maior.

A Inquisição tomou tamanha força que mesmo os soberanos e os nobres temiam a perseguição pelo Tribunal e, por isso, eram obrigados a ser condizentes. Até porque, naquela época, o poder da Igreja estava intimamente ligado ao do estado.

Esta perseguição aos hereges e protestantes foi finalizada somente no início do século XIX.

O método de perseguição dos inquisidores era simples: eles visitavam os povoados, em geral acompanhados de funcionários da Justiça local, e convocavam a população na igreja principal.

Cada pessoa tinha que confessar seus erros e os dos amigos e parentes no prazo médio de 30 dias. Os processos eram feitos na base da delação, dos rumores, do diz-que-diz, e contavam com espiões locais conhecidos como “familiares” (homens influentes da sociedade). Se os inquisidores não juntassem provas de heresia naquele prazo, não tinha problema, os suspeitos eram condenados mesmo assim.

O mais famoso inquisidor medieval foi o teólogo catalão Nicolau Aymerich, autor do Directorium Inquisitorium, uma espécie de manual da Inquisição. Ele dizia que o segredo era a base do trabalho, pois protegia os delatores.

A obra também “ensinava” como identificar feiticeiras e contribuiu para a histeria da caça às bruxas, um fenômeno paralelo à Inquisição que chegou ao auge entre os século 15 e 17.

A Inquisição acabou oficialmente em 1821 em Portugal e em 1834 na Espanha. Depois disso, o Santo Ofício ainda vigorou na Itália e mudou duas vezes de nome até, em 1965, passar a ser chamado de Congregação para a Doutrina da Fé.

No ano 2000, o papa João Paulo II oficializou o pedido de desculpas pelos “erros cometidos a serviço da verdade, por meio do recurso a métodos não-evangélicos”.

Para certos estudiosos, o problema da Inquisição vai muito além da quantidade de mortos: sua herança discriminatória é sentida ainda hoje.

Embora quase não se fale desse assunto, houve, sim, Inquisição no Brasil. E ela disseminou o racismo aqui por mais de 200 anos. Segundo a historiadora Neusa Fernandes, autora do livro A Inquisição em Minas Gerais no Século XVIII: “A Inquisição nunca foi oficialmente instituída no país, mas nem precisava. Qualquer religioso regional fazia o papel de inquisidor”.

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