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Resumo Pré-história do Nordeste do Brasil

Por:   •  26/2/2025  •  Resenha  •  358 Palavras (2 Páginas)  •  9 Visualizações

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Aluno: Cristiana Couceiro de Albuquerque

RESUMO das páginas 180-228 do livro Pré-história do Nordeste do Brasil, Gabriela Martin

MARTIN, MARIA G. Pré-História do Nordeste do Brasil. Brasília, DF: Editora UNB, p. 180-228, 2008.

O capítulo discorre sobre a agricultura e as tradições ceramistas do homem pré-histórico da América do Sul, com maior ênfase no nordeste do Brasil.

Diferentemente das culturas neolíticas do Velho Mundo, caracterizada pelo binômio agricultura-pastoreio, na América do Sul o homem pré-histórico nunca deixou de ser caçador e semi-nômade, pois, em virtude do rápido esgotamento do solo, estava sempre abrindo novos campos de cultivo.

Com as evidências de fragmentos de cerâmica, mãos de pilão e de certos tipos de machados polidos, foi possível inferir a existência da prática da agricultura entre os índios pré-históricos do Brasil, embora formas simples de vasilhames cerâmicos possam anteceder à existência da agricultura. Os principais cultivos da agricultura indígena eram: milho, feijão, amendoim e mandioca, sendo que desta os índios extraiam a goma para fazer “beiju” e faziam a farinha de mandioca, ainda hoje muito utilizada no nordeste.

J. Brochado defendeu a teoria de que toda a cerâmica pré-histórica brasileira tenha origem amazônica a partir de quatro grandes tradições e que as que se dispersaram pelo litoral representavam o tronco linguístico Tupi-Guarani e as que se dispersaram pelo interior seriam as cerâmicas dos falantes da língua Macro-Jê. Esta teoria foi contestada por vários arqueólogos brasileiros.

A tradição Tupi-Guarani teve ampla difusão no planalto e nos sertões. A cerâmica encontrada no nordeste corresponde à sub tradição pintada, pois apresentam desenhos nas cores branca, vermelha, preta e cinza.

A tradição Tupi-Guarani apresenta várias sub tradições e cerâmicas de vários tamanhos, formas, superfícies e decorações, sendo as formas mais fechadas e profundas encontradas nas regiões mais frias, com alimentação diversificada, e as cerâmicas mais planas, abertas e pintadas, na região norte-nordeste onde a dieta era a base de mandioca.

Antes da tradição Tupi-Guarani no litoral nordestino, houve a ocupação das tradições Aratu e Papeba, conforme comprovou a estratigrafia arqueológica. A tradição Aratu se caracteriza por uma cultura de agricultores ceramistas, formando aldeias com populações densas e ocupações demoradas, indicado pela profundidade dos sedimentos arqueológicos em comparação com as ocupações Tupi-Guarani.

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