Resíduos De Construção Civil
Casos: Resíduos De Construção Civil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: AlinePrado • 3/9/2014 • 1.974 Palavras (8 Páginas) • 239 Visualizações
Centro Universitário Amparense
Engenharia Civil
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I
Professora: SYLVIA MARIA M GODOY DE MORAES
Hora aula x Hora relógio
Nome: Aline Barbosa do Prado
R.A: 4615286
RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
PALAVRAS CHAVES: Entulho, Resíduos, Produtividade, Insumos.
INTRODUÇÃO
A construção civil brasileira é um setor em que devido a pouca qualificação da mão de obra e falta de conscientização geral, gera-se uma quantidade enorme de resíduos. Felizmente para a maior parte deles existe algum tipo de reuso ou reciclagem, mas isso raramente acontece. A produtividade no setor também é baixa, chegando à apenas 32% da norte-americana. Enquanto na Dinamarca a produtividade média na construção é de 2h/m²*, no Brasil é de 45hh/m²*. Estima se que no Brasil, com o desperdício de três obras é possível fazer mais uma.
Isso acontece, mas tem que ser interrompido imediatamente, afinal, o setor da construção civil é de grande importância para toda a economia brasileira, pois serve de maneira eficaz para retomar o crescimento e diminuir o desemprego já que absorve 6,5% da população economicamente ativa. São previstos que o PIB da construção civil deve crescer 9% em 2010, 0,8% acima dos 8,2% registrados em 2008. Por isso, devem ser tomadas medidas quanto ao desperdício de materiais, pois com todo esse crescimento poderá haver falta de matérias-primas, o que iria frear bruscamente o crescimento do setor. É importante ressaltar que a construção civil é responsável pelo consumo de 14 a 50% dos recursos naturais extraídos do planeta.
Além dos aspectos econômicos, devem ser considerados os aspectos ambientais, já que os resíduos gerados hoje em dia são descartados em terrenos baldios e áreas de “bota-fora” clandestinas na grande maioria. Em Ribeirão Preto estima-se que apenas 2% dos resíduos são reciclados.
Contudo, a real intenção deste trabalho é mostrar que a construção civil é um setor de grande importância econômica e social, mas ainda tem que evoluir quanto ao melhor aproveitamento de mão de obra e materiais, evitando desperdícios e principalmente geração de resíduos. Para tal, serão utilizados gráficos tabelas e dados numéricos para se tiver uma melhor noção da proporção deste problema. Além disso, fará uso de imagens que demonstrem essa situação no cotidiano dos canteiros brasileiros.
HISTÓRICO
Anterior ao século XIX o lixo urbano era basicamente orgânico e em uma quantidade pequena comparada com os dias de hoje, pois a população urbana naquela época era menor. Com a Revolução Industrial, a maioria da população dos países abandonou o campo e migrou para a cidade. Além disso, com o surgimento de produtos industrializados (embalados, enlatados, etc.) a quantidade de lixo aumentou muito nos grandes centros urbanos. Com a construção civil não foi diferente.
Até o ano de 2002 não havia nenhuma resolução brasileira que tratava sobre os resíduos da construção. No dia 5 de julho de 2002 foi criada a resolução nº 307 do CONAMA, no qual definiu e classificaram os resíduos, seus geradores, responsáveis.
Após isso, começou a ser dada a devida importância à questão dos resíduos, pois, o que antes era algo sem especificação nenhuma, tinha se tornado uma lei. Mesmo sendo uma lei ambiental suscetível a punições, ela não é totalmente respeitada devido a áreas de bota-fora clandestinas, e falta de fiscalização e controle nas obras para verificar o que foi feito com aquele resíduo gerado por ela.
RESÍDUOS
Tintas, vidros, etc.
Segundo dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, resíduo é tudo aquilo que resta de uma substância qualquer. Esses resíduos são classificados quanto às suas características físicas, composição química e origem. Nesse caso, os RCD’s (resíduos de construção e demolição) no qual falaremos neste trabalho, são considerados resíduo seca (característica física), inorgânicos (composição química) e denominados entulhos (origem). Basicamente este entulho é composto por: tijolos, blocos, restos de concretos e argamassas, rochas, metais, solos, madeiras, gesso,
O CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) é um órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), cuja função é estabelecer normas e critérios para o licenciamento de atividades agressoras e potencialmente poluidoras do Meio Ambiente. A Resolução nº 307, de 5 de julho de 2002, trata sobre os resíduos da construção civil, onde são especificadas as definições do que são esses resíduos, quem são seus geradores, os responsáveis por seu transporte, gerenciamento, reciclagem, reutilização, beneficiamento, áreas de aterro e destinação dos resíduos. No Art. 3º, está contida a classificação dos mesmos, divididos em 4 classes A, B, C e D listados abaixo:
Agregados. Ex: solos, blocos, telhas.
Classe A: são os resíduos recicláveis e/ou reutilizáveis na forma de
Ex: plástico, vidro, papel, papelão.
Classe B: são recicláveis, mas com outras destinações e funções.
Classe C: ainda não existem tecnologia e soluções economicamente viáveis para tais. Ex: produtos oriundos do gesso
Ex: solventes, tintas, restos de demolição de clínicas radiológicas,
Classe D: são resíduos perigosos ou contaminados.
RCD’s (Resíduos de construção e demolição)
Os RCD’s representam de 40 a 60 % do resíduo urbano. Os resíduos de classes A e B que são recicláveis e reaproveitáveis representam cera de 90% da massa de
Esses resíduos, muitas vezes em terrenos baldios, margem de rios e córregos,
RCD’s.
Em alguns países foram tomadas medidas para dar uma destinação melhor a esses resíduos, como acontece nos países baixos, que em 2000 registraram 90% de aproveitamento dos resíduos de construção. Alguns municípios brasileiros tomaram ações mais expressivas
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