Resíduos De Oficina Mecânica
Trabalho Escolar: Resíduos De Oficina Mecânica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Andrekuhn100 • 10/3/2014 • 3.162 Palavras (13 Páginas) • 559 Visualizações
RESÍDUOS DE OFICINA MECÂNICA.
RESUMO
Os resíduos gerados na atividade de oficina mecânica merecem atenção especial, pois comprometem a qualidade de vida das comunidades e o meio ambiente. Diante da importância do problema, o objetivo do trabalho foi estabelecer um sistema de gestão ambiental para a água utilizada na lavagem de peças na oficina mecânica. O estudo foi realizado na empresa Óleo e Cia.O método utilizado baseou-se em visitas à oficina para verificar a origem e o destino da água utilizada no processo.
A realização do trabalho de campo permitiu levantar informações necessárias para a elaboração da proposta de melhoria no processo. O trabalho demonstrou que o gerenciamento adequado dos resíduos, reduz o impacto ao meio ambiente e à sociedade como um todo. A proposta de um plano de gerenciamento apresentada nesta pesquisa constitui em ações simples, de baixos custos, porém bastante eficazes se seguidos corretamente.
INTRODUÇÃO
O crescente desenvolvimento tecnológico causou um aumento significativo na geração de resíduos, em suas mais variadas formas, que necessitam de acondicionamento, transporte e disposição final específico para cada classe de material. A falta de um gerenciamento adequado de resíduos, especialmente por parte das empresas, gera um problema ambiental extremamente grave em virtude dos diferentes compostos químicos oriundos deste meio.
A Norma NBR 10004 – Resíduos Sólidos – Classificação, revisada em
2004, define os resíduos sólidos como sendo:
Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de trata- mento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível (ABNT/NBR, 2004)
De acordo com a NBR 10004, os resíduos são divididos em duas classes: Os resíduos classe I – perigosos: são aqueles cujas propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas podem acarretar em riscos à saúde pública e/ou riscos ao meio ambiente, quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada. Para que um resíduo seja apontado como classe I, ele deve estar contido nos anexos A ou B da NBR 10004 ou apresentar uma ou mais das seguintes características: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade.
Os métodos de avaliação dos resíduos, quanto às características acima listadas, estão descritos em detalhes na NBR 10004 ou em normas técnicas complementares e são amplamente aceitos e conhecidos no Brasil.
De acordo com a NBR 10004, os resíduos classe II – Não perigosos dividem-se em:
Resíduos Classe II – A
Não inertes: aqueles que não se enquadram nas classificações de resíduos classe I - Perigosos ou de resíduos classe II B - Inertes. Os resíduos classe II A – Não inertes podem apresentar propriedades como biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água.
Resíduos Classe II – B
Inertes: quaisquer resíduos que, quando amostrados de uma forma representativa, segundo a ABNT NBR 10007 (1990) e submetidos a um contato dinâmico e estático com água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente, conforme ABNT NBR 10006, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor, conforme anexo G, da NBR 10004.
Em relação ao armazenamento de resíduos perigosos, de acordo com a NBR 12235/1992, trata-se de uma “contenção temporária, em área autorizada pelo órgão de controle ambiental, à espera de reciclagem, recuperação ou disposição final adequada, desde que atenda às condições básicas de segurança”.
Esse armazenamento deve ser feito de modo a não alterar a quantidade/qualidade do resíduo, como forma temporária de espera para reciclagem, recuperação, tratamento e/ou disposição final. O acondicionamento pode ser realizado em contêineres, tambores, tanques ou a granel.
Uma instalação de armazenamento de resíduos deve ser operada e mantida de forma a minimizar a possibilidade de fogo, explosão, derramamento ou vazamento de resíduos perigosos para o ar, água superficial ou solo, os quais possam ameaçar a saúde humana ou o meio ambiente (NBR – 12235, 1992). De acordo com a NBR – 11174/1990, o armazenamento dos resíduos classe II – A e o armazenamento dos resíduos classe II – B, devem ser feitos da seguinte maneira: “os resíduos devem ser armazenados de maneira a não possibilitar a alteração de sua classificação e de forma que sejam minimizados os riscos de danos ambientais.”
Os resíduos das classes II – A e II – B não devem ser armazenados juntamente com resíduos classe I, em face de a possibilidade da mistura resultante ser caracterizada como resíduo perigoso. O armazenamento de resíduos classe II – A e II – B pode ser realizado em contêineres e/ou tambores, em tanques e a granel (NBR – 11174, 1990).
O Plano de Gerenciamento de Resíduos (PGR) mostra o tipo de resíduo, a quantidade em quilos, metros cúbicos, litros ou unidades por mês, a classe em que o resíduo enquadra-se, o modo de acondicionamento, a estocagem e o destino final. A elaboração do plano de gerenciamento facilitou a visualização dos resíduos gerados na empresa, sendo possível a modificação do mesmo, quando necessário, com o intuito de melhorar o nível de qualidade ambiental. O plano de gerenciamento é uma ferramenta que auxiliará a empresa a alcançar um melhoramento na parte ambiental, facilitando seu enquadramento nos requisitos legais.
Desenvolver e implantar um plano de gerenciamento de resíduos é fundamental para qualquer empresário que deseja maximizar as oportunidades e reduzir custos e riscos associados à gestão de resíduos sólidos (MAROUN, 2006).
O PGR deve assegurar que todos os resíduos serão gerenciados de forma apropriada e segura, desde a geração até a destinação final, e deve envolver as seguintes etapas, se necessário: Geração (fontes); Caracterizações (Classificação,
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