Revisão crítica no mercado de carbono

Resenha crítica sobre o Mercado de Carbono

O mercado de carbono surgiu a partir da criação da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática no Rio de Janeiro, em 1992. Foi decidido que os países signatários deveriam assumir melhoria no clima do planeta, compromissos mais rígidos para a redução das emissões de gases que agravam o efeito estufa e do desenvolvimento sustentável, ficando conhecido como Protocolo de Kyoto. Assim, o objetivo central foi limitar a emissão de gases de efeito estufa o que levou atribuir um valor econômico às emissões.

Este mercado é feito através da compra e da venda de créditos de carbono entre os países industrializados mais poluidores e os países em desenvolvimento menos poluidores, para facilitar o entendimento podemos considerar créditos de carbono como um novo título a ser lançado no mercado capitalista mundial, uma nova "moeda" que tem como principal objetivo auxiliar na redução do aquecimento global. O mercado de carbono funciona sob as regras do Protocolo de Kyoto,onde existem mecanismos de flexibilização para auxiliar na redução das emissões de gases do efeito estufa.

Um destes mecanismos é o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) - único que integra os países em desenvolvimento ao mercado de carbono. Os outros dois mecanismos estabelecidos pelo Protocolo Kyoto são:

- Implementação Conjunta, realizado entre países desenvolvidos, podendo envolver economias em transição

- Mercado de emissões, somente entre países desenvolvidos, onde um país que tenha reduzido as suas emissões a níveis abaixo da meta pode vender esse “excesso” para outro país.

Este mercado funciona através da comercialização de certificados de emissão de gases do efeito estufa em bolsas de valores, onde os países desenvolvidos, que tem que cumprir compromissos de redução da emissão desses gases, podem comprar créditos derivados dos mecanismos de flexibilização. Esse processo de compra e venda de créditos se dá a partir de projetos, que podem ser ligados a reflorestamentos, ao desenvolvimento de energias alternativas, eficiência energética, controle de emissões e outros... Em pequenas linhas o mercado de carbono é mais uma das "grandes invenções" do homem para empurrar o problema da poluição com a barriga. Resume-se a fixação de um valor financeiro para cada tonelada de carbono que deixe de ser lançada na atmosfera, se uma nação deixa de emitir carbono na atmosfera ela poderá vender os créditos conseguido com esta ação para outra que tem dinheiro, polui, e não está nem aí para o meio ambiente, como os Estados Unidos por exemplo. Isso é o Mercado de Carbono.