Revolução Industrial
Exames: Revolução Industrial. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: luizalanc • 30/9/2013 • 1.420 Palavras (6 Páginas) • 359 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
A sociedade moderna, com toda sua complexidade e competitividade, veio ao longo do tempo deixando de lado valores que sempre foram extremamente cultivados em seu seio, tais como: justiça, liberdade, igualdade, solidariedade, direitos humanos e, principalmente ética.
O pronunciamento exagerado destas palavras, nas situações mais diversas, terminou por banalizar os seus sentidos. A invocação delas, especialmente da ética, acontece em qualquer local e a despeito de qualquer acontecimento, sejam nos meios políticos, esportivos, profissionais, religiosos e culturais, não importando a real necessidade deste emprego.
O que se observa é que estas palavras estão impregnadas de carga emotiva, sentimental, possibilitando que certas pessoas, que não se comportam de acordo com os seus preceitos as utilizem de maneira banal, desencadeando uma reação de insensibilidade por parte da sociedade.
O que fica evidente, levando em consideração as atuais relações interpessoais da sociedade, é a necessidade da reabilitação do verdadeiro sentido do que seja ética, em virtude da crise moral existente no seio da humanidade. As atitudes do homem “moderno” a despeito dos mais diversos valores éticos e morais estão evidentes na violência, no egoísmo, na exclusão social, e principalmente na indiferença com o que está acontecendo com o seu semelhante. É contraditório ouvir alguns seres humanos proclamarem e defenderem os direitos do homem, e olhe que estou me referindo aos mais básicos, como alimentação, moradia, saúde e educação, porém seus comportamentos apresentam um resultado completamente diverso ao que fora estabelecido em discurso, sem estarem preocupados com nenhum valor ético ou moral.
O individualismo extremo, aliado, muitas vezes, à falta de ética pessoal, impulsiona o profissional a privilegiar seus interesses pessoais ante os coletivos, ou até mesmo ante aos interesses das empresas em que laboram. É aí que surgem os diversos casos de corrupção e investimentos duvidosos, sejam eles nas empresas públicas ou privadas.
Para este terceiro milênio, que era visto como uma nova era de paz e harmonia social a realidade apresentada é bastante diversa, muito, em virtude da ineficiência e ineficácia do papel familiar e na sua transmissão de valores morais e éticos, prejudicando, desta maneira, a formação da cidadania. Aliado a isso está a incompetência da educação formal e acadêmica, onde os alunos estão sendo preparados observando apenas os conhecimentos científicos e técnicos, deixando de lado a aplicabilidade destes conhecimentos em prol da própria sociedade, buscando um comportamento social mais ético.
Despertar a sociedade para um papel com mais responsabilidade individual, cidadã e social neste terceiro milênio é função da ética, que conforme os acontecimentos as expectativas não são nada animadoras para a família humana.
2. ÉTICA E SEUS CONCEITOS
A etimologia da palavra Ética vem do grego “ethos”, que significa “morada”, “lugar onde se habita”, porém também pode ser entendida como “modo de ser” ou “caráter”. Estes últimos significados (“modo de ser” e “caráter”) estão intimamente relacionados às formas de vida das pessoas, com hábitos virtuosos ou viciados. Portanto, “ethos” é o caráter estampado no âmago do indivíduo, com seus hábitos que se sucedem formando novos hábitos, e esta reiteração de conduta é que vai estabelecer este caráter.
Ao se analisar a origem da palavra ética, bem como os estudos modernos pode-se dizer que ética é a ciência que estuda o comportamento moral dos homens em sociedade. Nestes mesmos estudos pode-se identificar a ética como uma ciência por ela possuir objeto próprio, leis próprias e método próprio, na simples identificação do caráter científico de um determinado ramo do conhecimento. Esta ciência, a ética, tem como objeto a moral, que por sua vez é um dos aspectos do comportamento humano.
Enquanto a palavra ética possui origem grega, a palavra moral origina-se da palavra romana “mores” que expressa costumes, conjunto de normas adquiridas pelo hábito reiterado. Portanto, o objeto da ética é o conjunto de regras de comportamento e formas de vida pelas quais os homens atentam para os valores do bem. Se forem observados os significados das origens das palavras percebe-se que são bastante parecidos, apenas com a diferença de que a ética é uma ciência, portanto deve buscar a racionalidade e objetividade, bem como produzir conhecimento sistemático, metodológico e, dentro do possível comprovável.
Entende-se ética como disciplina normativa não pela criação das normas, mas sim pela descoberta e elucidação das mesmas. É através do seu conteúdo que a ética apresenta às pessoas todos os princípios e valores que as guiarão, amoldando, desta forma a conduta humana.
A busca de um ser humano eticamente correto, ou pelo menos ético na maioria das suas atitudes parece estar cada vez mais distante da realidade atual, onde cada indivíduo busca apenas os seus interesses, sem se preocuparem com os anseios alheios, porém é através do estudo da ciência da ética que pode-se descobrir e elucidar estas distorções, levando a humanidade ou a maioria dos seus indivíduos a se convencerem de que o homem moderno tem plena capacidade de ser recuperado.
Para a obtenção da plenitude dos conceitos éticos cabe ao homem distinguir o que é certo e o que é errado, sempre observando os valores imateriais de determinada sociedade.
[...] A teoria do dever ético, definida por Kant, propõe que o conceito seja extraído do fato de que cada um deve se comportar de acordo com os princípios universais. [...] Kant propôs que os princípios éticos sejam alcançados através da aplicação de alguns princípios ou regras, a saber: qualquer conduta aceita como padrão ético deve valer
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