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SACI

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Por:   •  16/3/2015  •  1.577 Palavras (7 Páginas)  •  394 Visualizações

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Saci

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Saci (desambiguação).

Saci-pererê

O saci, também conhecido como saci-pererê, saci-cererê, matimpererê1 , matita perê, saci-saçurá e saci-trique, é um personagem bastante conhecido do folclore brasileiro. Tem sua origem presumida entre os indígenas da Região das Missões, no Sul do país, de onde teria se espalhado por todo o território brasileiro.

A figura do saci surge como um ser maléfico, como somente brincalhão ou como gracioso, conforme as versões comuns ao sul.2

Na Região Norte do Brasil, a mitologia africana o transformou em um negrinho que perdeu uma perna lutando capoeira, imagem que prevalece nos dias de hoje. Herdou também, da cultura africana, o pito, uma espécie de cachimbo e, da mitologia europeia, herdou o píleo, um gorrinho vermelho usado pelo lendário trasgo.3 Trasgo é um ser encantado do folclore do norte de Portugal, especialmente da região de Trás-os-Montes. Rebeldes, de pequena estatura, os trasgos usam gorros vermelhos e possuem poderes sobrenaturais.

Índice [esconder]

1 Etimologia

2 Representação

3 Papel do mito

4 Na cultura popular

4.1 Literatura

4.2 Histórias em quadrinhos

4.3 Cinema e Televisão

4.4 Música

4.5 Jogos

5 Ciência

6 Dia do Saci

7 Uso nas forças armadas

8 Uso no esporte

9 Referências

10 Ver também

11 Ligações externas

§Etimologia[editar | editar código-fonte]

"Saci" é oriundo do termo tupi sa'si4 . "Matimpererê" é oriundo do termo tupi matintape're5 .

§Representação[editar | editar código-fonte]

O saci é um negro jovem de uma só perna, portador de uma carapuça sobre a cabeça que lhe concede poderes mágicos. Sobre este último caractere, é de notar-se que, já na mitologia romana, registrava Petrônio, no Satiricon, cujo píleo conferia poderes ao íncubo e recompensas a quem o capturasse.2

Considerado uma figura brincalhona, que se diverte com os animais e pessoas, fazendo pequenas travessuras que criam dificuldades domésticas, ou assustando viajantes noturnos com seus assovios – bastante agudos e impossíveis de serem localizados. Assim é que faz tranças nos cabelos dos animais, depois de deixá-los cansados com correrias; atrapalha o trabalho das cozinheiras, fazendo-as queimar as comidas, ou ainda, colocando sal nos recipientes de açúcar ou vice-versa; ou aos viajantes se perderem nas estradas.2

O mito existe pelo menos desde o fim do século XVIII ou começo do XIX.2

§Papel do mito[editar | editar código-fonte]

A função desta "divindade" era o controle, sabedoria, e manuseios de tudo que estava relacionado às plantas medicinais, como guardião das sabedorias e técnicas de preparo e uso de chá, beberagens e outros medicamentos feitos a partir de plantas.

Como suas qualidades eram as da farmacopeia, também era atribuído, a ele, o domínio das matas onde guardava estas ervas sagradas, e costumava confundir as pessoas que não pediam a ele a autorização para a coleta destas ervas.

§Na cultura popular[editar | editar código-fonte]

§Literatura[editar | editar código-fonte]

"Retrato do Saci-pererê" (2007) por J. Marconi

O primeiro escritor a se voltar para a figura do saci-pererê foi Monteiro Lobato, que realizou uma pesquisa entre os leitores do jornal O Estado de S. Paulo. Com o título de "Mitologia Brasílica – Inquérito sobre o Saci-Pererê", Lobato colheu respostas dos leitores do jornal que narravam as versões do mito, no ano de 1917. O resultado foi a publicação, no ano seguinte, da obra O Saci-Pererê: resultado de um inquérito, primeiro livro do escritor.6 .

Mais tarde, em 1921, o autor voltaria a recorrer ao personagem, no livro O Saci, seu segundo trabalho dedicado à literatura infantil.

§Histórias em quadrinhos[editar | editar código-fonte]

O quadrinhista Ziraldo criou em 1958 a série Turma do Pererê, em que o Saci contracena com o índio Tininim, a onça-pintada Galileu e outros personagens. As histórias foram originalmente publicadas na revista O Cruzeiro7 .

§Cinema e Televisão[editar | editar código-fonte]

O primeiro ator a representar o papel foi Paulo Matozinho, no filme O Saci, adaptado do livro infantil de Lobato. A produção de 1951 da Brasiliense Filmes foi dirigida por Rodolfo Nanni8 .

Na televisão, as séries que adaptaram a obra de Monteiro Lobato em 1977 e 2007 tiveram Romeu Evaristo e Fabrício Boliveira, respectivamente, interpretando o personagem. O cantor Jorge Benjor também encarnou o saci no especial Pirlimpimpim, de 1982. Em Pirlimpimpim 2, de 1984, foi a vez de Genivaldo dos Santos vestir a carapuça9 .

Na adaptação para a tevê das histórias de Ziraldo, o papel de Pererê coube a Sílvio Guindane.

§Música[editar | editar código-fonte]

Em 1912, o compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos escreveu a marcha "Saci", quinta parte da sua suíte para piano "Petizada" (W048). A composição, assim como as outras da mesma peça, é inspirada no folclore musical brasileiro10 .

Francisco Mignone também deu o nome de "Saci" à sexta parte dos seus "Estudos Transcendentais" para piano, de 1931. 11

O maestro Edmundo Villani-Cortes voltou a lhe dar vida em obras como "Primeira folha do diário do saci" (para piano, 1994)12 , "Terceira folha

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