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SANEAMENTO - IDH

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Por:   •  22/10/2014  •  1.122 Palavras (5 Páginas)  •  414 Visualizações

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TRABALHO DE SANEAMENTO

Questão: Você foi contratado como secretario municipal de saúde. Seu município fica próximo a uma fronteira estadual e, estudando o Atlas do IDH voce percebeu que os indicadores relacionados à saúde do seu município são diferentes dos seus vizinhos. Proponha um debate, baseado nos dados disponíveis, para tentar explicar esta situação e uma possível política para reduzir os problemas detectados. (dica: ver indicadores na dimensão vulnerabilidade). Complete o estudo com dados do censo 2010 ou PNAD 2012, caso ache necessário. Tente entender as várias dimensões do problema: educação, renda, etc.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a qualidade de vida está relacionada à percepção que os indivíduos possuem sobre sua posição na vida, no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações (GASPAROTO E ALPINO, 2012).

Neste sentido, para que os indivíduos obtenham qualidade de vida, é necessário que sejam considerados alguns indicadores que contribuem para o desenvolvimento das comunidades, tais como desenvolvimento humano, demografia, educação, renda, trabalho, habitação, vulnerabilidade e população.

No que se refere ao desenvolvimento humano, sabe-se que este está associado ao processo de ampliação das liberdades das pessoas, no que tange suas capacidades e as oportunidades a seu dispor, para que elas possam escolher a vida que desejam ter. Deste modo, para que seja avaliado o desenvolvimento humano de uma comunidade, leva-se em consideração o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), uma medida adotada pela Organização das Nações Unidas que têm como objetivo avaliar a população em três aspectos principais: saúde, educação e renda (ATLAS BRASIL, 2013).

Há no Brasil bastante desigualdade em relação ao IDH, onde algumas regiões apresentam índices consideráveis e outros abaixo do ideal. Para que estes sejam avaliados, considera-se o IDHM – Índice de desenvolvimento humano municipal. O município de Macururé, na Bahia, apresenta IDHM crescente desde as últimas duas décadas, sendo em 1991, igual à 0.282, em 2000, 0.392 e, em 2010, igual à 0.604. Este último sendo considerado mediano, mas ainda abaixo do IDH do país, igual à 0.727 (ATLAS BRASIL, 2013).

Para que haja melhoras no IDHM desta região, é interessante que sejam pensadas intervenções que estimulem o aumento da qualidade de vida dos seus habitantes, tais como intervenções associadas ao indicador vulnerabilidade.

No que se refere à habitação, considerando os índices obtidos no ano de 2010, cerca de 13,88% da população deste município sobrevive em domicílios que não possuem energia elétrica; 8,73% dos habitantes moram em domicílios com paredes inadequadas e, 29,71% sobrevivem em domicílios com abastecimento de água e esgotamento sanitário inadequados. As más condições de abastecimento de água e saneamento podem estar relacionadas à doenças infectoparasitárias, de importância epidemiológica, tais como: Diarréias, Febres Entéricas, Hepatite A, Dengue, Febre Amarela, Leishmanioses, Filariose Linfática, Malária, Doenças de Chagas, Esquitossomose, Leptospirose, Doenças dos olhos, Tracoma, Conjutivites, Doenças de pele, Micoses superficiais, Helmintíases, Teníases (FONSECA E VASCONCELOS, 2011).

Sobre o indicador educação, trabalho e renda, baseados nos resultados obtidos no ano de 2010, cerca de 35,27% pessoas sobrevivem em domicílios onde ninguém possui ensino fundamental completo; 23,91% de pessoas na faixa etária entre quinze e vinte e quatro anos de idade não estudam e nem trabalham e são vulneráveis à pobreza; 57,40% das pessoas com dezoito anos ou mais não possuem ensino fundamental completo mas encontram-se em alguma ocupação formal; 27,05% das pessoas sobrevivem em domicílios vulneráveis à pobreza onde nenhuma delas apresentam ensino fundamental completo; 9,07% das pessoas vivem em domicílios vulneráveis à pobreza e são dependentes de idosos; e, 1,79% das pessoas vulneráveis à pobreza gastam mais de uma hora até o trabalho.

Em relação às taxas de analfabetismo no Brasil, o Censo demográfico do IBGE (2010) afirma que apesar de estar em redução, a área rural ainda apresenta índices mais elevados. Este fato pode estar associado à dificuldade de acesso à escola, à distância entre o estabelecimento e o local de ensino, e ao envolvimento precoce das crianças na força de trabalho, o que as impede de frequentar a escola.

Sobre os indicadores relacionados às crianças, nos dados obtidos em 2010, sabe-se que neste município, em cada mil crianças nascidas vivas, cerca de 27.70 não irão sobreviver ao primeiro ano de vida; 35,01% são

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